17 de julho de 2019

ESTAMOS NUMA ENCRUZILHADA HISTÓRICA

Estamos vivendo numa encruzilhada histórica e não damos conta que mais do que nunca o país continua em nossas mãos. Na verdade, tudo se discute neste país, porém, menos uma coisa não se discute. Não se discute, por exemplo; se a democracia faz parte da nova política. No entanto, ela está aí, como se fosse uma espécie de santa no altar, de quem nós esperamos um milagre. Mas, que está aí como referência a uma suposta democracia. E ninguém notou que estamos vivendo uma democracia sequestrada, condicionada e amputada.

Por conseguinte, como podemos então, continuar a falar em democracia se aquele que efetivamente governa o país e que são eleitos pelo povo não gosta de pobre. Pois, até agora esse governo não percebeu, que a grande maioria do povo brasileiro é pobre e vive quase abaixo da linha de pobreza. Para não dizer de miseráveis. Quem colocou esse governo, não foi essa população que vive a margem da miséria? Onde está então a democracia? Parece que o futuro vai nos comprometer se não houver mudanças radicais e significativas na postura dessa nova política. Que de nova não tem nada. Veja a que ponto chegamos. Aqui está novamente a nossa subsistência em questão. Só o tempo dirá.

Para fundamentar o que estou dizendo, o nosso presidente disse durante uma sessão solene na “Câmara dos Deputados”, “que o Brasil precisa passar por uma quimioterapia (substâncias químicas para tratamento de enfermidades, como o câncer), para que ele não pereça, estamos fazendo juntos essa quimioterapia, alguns pouquíssimo ainda reage”. Depois dessa comparação absurda, indico o livro: “A Doença Como Metáfora”, da autora Susan Sontag (1933-2004), uma das intelectuais mais influentes e polêmicas de nossa época. Mergulhou no estudo das doenças para compreender suas metáforas em nossa cultura. O interessante é que o livro trata dessa mania de associar doenças aos fatos.  

Portanto, essa mania de associar a situação do país, com doença como o câncer é uma coisa horrorosa e estupida. Proveniente de um governo fraco, truculento e incompetente. Os males do país são cometidos por políticos corruptos e por um governo refém da classe dominante. Frequentemente, de alguma forma consciente, percebemos como está agindo esse governo em sete meses de gestão. Ao passo que ninguém tem câncer por que quer. Existe sempre um juízo de natureza moral implícito aqui. Primeiro que é injusto justificar o nosso sofrimento, aos erros cometidos no passado e que continua no presente com esse governo. E o mais grave, não faz sentido ficar ameaçando as pessoas como se elas fossem culpadas. Talvez por acreditar que com a nova política tudo seria diferente.

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