18 de agosto de 2013

OLHAR COM AMOR É ANTES DE TUDO SER AMIGO

Olhar com amor o meu semelhante é antes de tudo um convite a sua amizade, porque o verdadeiro amor nasce a partir dessa amizade constituida. Primeiro tenho o amigo e em seguida a possibilidade de amá-lo com toda a força do meu ser. Aprendi com a experiência, que a única maneira de se ter um amigo é ser um deles. Aprender em primeiro lugar a nos conhecer como pessoas que vive dentro de uma civilização e a partir daí, compreender o outro na sua totalidade. Estabelecer relações de empatia e compaixão é criar vínculos afetivos. Não há quem nunca vai precisar de um amigo. Somos felizes só de saber que é possível se ter amigo pautado na confiança e no respeito. Tudo depende de como conduzimos essa amizade. Consolidar com a nossa essência e ao mesmo tempo justificar o porque somos chamados de seres humanos.
Para fundamentar o que aqui vou dizer, pretendo construir essa reflexão baseada no conhecimento empirico. Todos nós sabemos que em algum momento de nossas vidas conhecemos ou iremos conhecer pessoas maravilhosas e iluminadas, que certamente vai mudar a nossa vida e nos ascender com seu brilho. Existem pessoas que nos deixam muito felizes pelo simples fato de um dia terem cruzados o nosso caminho. Sem falar daquela pessoa que chamamos de amigo e que hoje percorre ao nosso lado, vendo muitas noites de luas cheias passarem, sem ter virado lobisomem, mas que transformaram nossas vidas num paraiso de ternura e alegria. Enquanto outras pessoas apenas vemos entre um passo e outro.
Temos o hábito de considerar e chamar todas as pessoas de amigos. No entanto, há varios tipos de amigos. Para ilustrar cada um deles vou usar o exemplo das folhas de uma robusta árvore. Tendo em vista o emprego que fazemos para fundamentar as heranças genéticas e hereditária de uma família ao denominá-la de árvore genealógica.
O primeiro que nasce do broto dessa árvore é o amigo pai e a amiga mãe. O papel deles é nos mostrar o que é a vida, o que é viver. Em seguida vem o amigo irmão com quem dividimos o nosso espaço para que ele floresça como nós. Passamos a conhecer toda a família de folhas, a qual respeitamos e desejamos todo o bem do mundo. Mas com o andar da carroagem o destino nos apresenta outros amigos, os quais não sabíamos que iriam cruzar o nosso caminho. Se apresentaram como pessoas sinceras, verdadeiras, que na caminhada nos conquistaram. Eles sabem quando não estamos bem, sabem o que e como nos fazer feliz.
Seguramente pode acontecer que um desses amigos do genero masculino ou feminino, provoca um clique em nosso coração e ai passamos a chamá-lo de amigo intimo ou de meu amor. Não sabemos ao certo quando isso acontece e nem porque acontece. Simplesmente nos pegamos pessando e desejando essa tal pessoa. O que sabemos é que esse encontro muda nossa vida, da brilho ao nossos olhos, traz melodias ao nossos ouvidos, principalmente, quando te chama de meu bem. Nossas pernas fica tremula a cada encontro, palpitações em nosso coração. Ficamos a beira de sofrer um ataque cardiáco de tanta emoção.
Por outro lado, há amigos por um tempo, talvez um período de férias, por um dia ou quem sabe por uma noite de amor. Esses costumam colocar muito sorrisos em nossa face, durante o tempo que estamos por perto. Por falar em perto, não podemos esquecer dos amigos distantes, que estão ausentes. Aqueles que ficam na ponta dos galhos, mas quando o vento sopra, sempre aparecem novamente entre uma folha e outra. O tempo passa, o verão se vai, o outono se aproxima, e perdemos algumas de nossas folhas. Algumas nascem no outro verão e outras permanecem por muitas estações. Mas o que nos deixa mais feliz é que as que cairam continuam por perto, continuam alimentanto nossa raiz com alegria e ternura. São lembranças vivas de momentos maravilhosos enquanto cruzaram pelo nosso caminho. Não há como esquecê-las.
Portanto, desejo a todas as folhas vivas dessa árvore, muita paz, saúde, sabedoria, serenidade e amor. Hoje e sempre, simplesmente porque cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas não há os que não deixaram nada. Esta é a maior responsabilidade de nossa vida. É a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso. Contudo, aprendemos que só vamos ter amigos de fato se agirmos como um amigo de verdade. 

11 de agosto de 2013

A BIOQUÍMICA DO AMOR

Os estudos sobre a bioquímica do corpo comprovam que quando duas substâncias químicas ativas são submetidas à influência de determinado elemento, seja o calor, seja a água ou a eletricidade, ocorre uma reação química, isto é, todo processo depende do intercâmbio entre formas de energias. O mesmo acontece quando duas pessoas se encontram por acaso, podem sentir-se atraídas instantaneamente ou somente tempos depois. Há algo em nosso corpo que estimula e desperta sensações mobilizadoras. Através desta linguagem corporal, os dois envolvidos se desejam e se excitam cada vez mais e procuram estar juntos por mais tempo e se possível para sempre.

Alguns estudiosos do comportamento humano afirmam que existe uma química sexual que promove esses encontros. Todavia, entre os pares românticos, parece dominar uma energia muito forte e envolvente, projetando qualidades mais excitantes, que são percebidos no momento em que estão ocorrendo trocas calorosas e prazenteiras. Olhares que se cruzam, o coração que passa a bater mais forte, nosso comportamento muda diante da pessoa pela qual nos sentimos atraídos. Os estudos comprovam que o fenômeno da atração sexual é uma forma de metacomunicação que pode facilmente ser identificado. Descobriu-se que as fêmeas dos macacos, produzem nos seus órgãos genitais uma substância química chamada copulina, que aparece quando a fêmea está no cio, indicando o seu estado de prontidão sexual, substância esta, que tem a propriedade de atrair o macho.

Com os seres humanos não é muito diferente. Existe um aroma corporal, um cheiro especial que atrai a companhia certa, assim como também pode repelir a pessoa indesejável. Segundo George Dodd, do Instituto de Pesquisas Olfativas da Universidade de Warwick, lançou um extrato de feromônio, trata-se de uma sustância sintética, muito próximo do feromônio individual de cada pessoa que ajuda a reforçar a tese de que esse cheiro desperta a libido em ambos. Para o pesquisador, esses feromônios são uma linguagem inconsciente poderosíssima, pois são portadores de mensagem que estimulam o desejo sexual atuando na psique humana. Descobriu-se que certos perfumes misturados com feromônios naturais dos animais, tais como o almíscar e o castóreo, retirado do cervo-almiscarado, uma substância de forte odor, secretada por uma glândula dos animais e de algumas plantas de odor similar, assim como também do castor. Esses odores exercem forte atração sexual para os humanos e, por isso as indústrias de perfumes passaram a ter grande interesse nas pesquisas sobre feromônios, também chamados cheiros de amor.

Entretanto, a descoberta dos feromônios humanos corrobora com essa atração energética, já bem conhecida, que demonstra existir uma relação entre hormônios e as energias emitidas pelas pessoas. Alguns estudos feitos vêm demonstrando que o sistema energético está diretamente relacionado com o sistema glandular. Desse modo, as moléculas odoríferas carregam cargas energéticas peculiares a cada ser humano. Porém, a nossa pele não emana somente cheiros, mas também energias específicas identificadoras da personalidade integral de cada pessoa. Todavia, o relacionamento afetivo sexual não é tão somente corporal. Existem outros fatores que interagem e determina o processo de atração, isto implica que o ser humano não é apenas o seu corpo. Algo nele o transcende.

Por conseguinte, os psicoterapeutas de orientação reichiana sabem pela experiência clínica que sem a eliminação de bloqueios inibidores é impossível à viabilidade do relaxamento orgástico total. Aprendemos desde muito cedo com a nossa educação repressora, a sermos enrijecidos, duros, calculistas, severamente reprimidos e controladores demais para poder ter flexibilidade necessária a interações tão profundas e gratificantes. Os bloqueios emocionais erguem-se como uma blindagem. Contudo, preferimos viver com medo da entrega prazenteira e orgástica e, agimos contra a nossa própria natureza. Deixamos de sentir o prazer que nosso corpo nos da, que é verdadeira benção da natureza aos seres que se reproduzem por meio de copulação. Cada pessoa traz uma carga genética hereditária, portanto, toda sua estrutura é psicossomática. Diz a física moderna: “a energia existe em todo o universo e é indestrutível, isto é, qualquer manifestação na terra é de natureza energética”.

Segundo o psiquiatra, psicoterapeuta e estudioso da bioenergética, John Pierrakos (1921-2001), que foi discípulo e colaborador de Wilhelm Reich (1897-1957), propôs o principio da reciprocidade onde pressupõe a existência de uma força vital idêntica. Todas as formas energéticas existentes interatuam trocando ou retendo substâncias necessárias a sua manifestação de vida, em geral são atividades denominadas elétricas ou eletromagnéticas. Contudo, somos atraídos pelo outro por essa energia magnética que nos leva ao equilíbrio para que assim, a nossa sexualidade se manifeste livre. Tendo em vista que somos um corpo informado de uma espiritualidade energética. Porém, num dado momento esse corpo sofrerá a morte real, mas, a sua energia continuará viva na memória de alguém, que um dia foi por esse corpo atraído.

Portanto, para os orientais o sexo é transcendência, para os ocidentais, de modo geral, ainda é bicho temido e fator de controle. Basta observar como muita gente ainda hoje, toma conta da vida sexual dos outros. Fala-se muito do amor, mas é proibido realizar o amor como ele de fato se apresenta na natureza. Pois hoje sabemos que muitas das doenças propagam-se devido à impossibilidade de realização amorosa. Nossa civilização precisa aprender os caminhos do amor. Quem aprende a amar o semelhante, seja mulher ou homem, torna-se capaz de entender o amor na sua totalidade, torna-se capaz de distribuir cuidado e atenção a um número cada vez maior de pessoas. Contudo, na cadeia evolutiva o sentimento transforma-se em cuidado com todos os membros da família humana, independente de raça, cor, origem, partido político, religião, bem como a todos os seres vivos, animais e plantas. A história nos tem mostrado grandes exemplos de fraternidade, de pessoas como Galileu Galilei, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Louis Pasteur, Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Chico Xavier, e tantos outros que seguem na opção do anonimato. Agem por altruísmo, movem-se como cidadãos do Universo. Enfim, para quem descobriu as práticas assistenciais do amor universal não existe solidão, pois alcançou a auto-cura através de estados expandidos da consciência cósmica. A bioquímica representa o olho sobre a terra que percebe e interpreta a realidade do amor máximo, fundindo, conectando, vibrando energia e consciência cósmica a cada ser humano.

POEMA INSTANTE DO POETA JORGE LUÍS BORGES

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria ...