19 de maio de 2013

AMOR POR TELEPATIA

A função do amor é despertar a consciência de cada pessoa no sentido de romper fronteiras, seja qual for, permitindo a fusão entre as consciências envolvidas. Gerando, contudo, essa força que nos aproxima e nos atrai rumo a novos ideais. Porém, este sentimento chamado amor, que não sabemos exatamente qual seria a sua melhor definição. Mas, sabemos que é um sentimento profundo e essencial a vida, embora pouco falado e pouco estudado nas escolas e principalmente nas universidades, onde se concentra à força jovem, terreno fértil para semear o amor. Por se tratar de uma manifestação humana, merecia uma atenção especial. Tendo em vista, que o ser humano não se reconhece somente pela racionalidade, mas também pelos sentimentos. Existe em cada pessoa uma integração nítida e harmonizada entre pensar e sentir que lhes garante a condição de transcendência, como vem demonstrando os estudos ao longo desses anos, sobre a capacidade e alcance da nossa mente humana.

Na música “mania de você” de Rita Lee, a letra nos diz o seguinte: “A gente faz amor por telepatia”. Não sei dizer exatamente se quando a cantora compôs essa letra, pensou realmente na existência desse tipo de comunicação entre as pessoas. Entretanto, a verdade é que esse fenômeno extra-sensorial chamada telepatia existe e manifesta de fato. Muito estudado e demonstrado pela parapsicologia, a telepatia é a capacidade que nós humanos temos para captar a distância o que acontece com nossos entes queridos. São pressentimentos ligados as pessoas do nosso circulo afetivo. Por exemplo: pais, filhos, namorados e amigos mais próximos. Telepatia é uma palavra que vem do grego, patheia = sofrimentos ou doenças e tele = distância. Isto é, sofrer ou sentir a distância o que alguém ligado a mim está pensando ou sentindo naquele momento. Segundo a parapsicologia, essas manifestações acontecem muito em momentos tristes, onde usamos todas as forças do nosso pensamento, sempre ligados a alguém que amamos muito ou de pessoas muito próximas do nosso circulo afetivo.

Todavia, quem já não pensou em uma pessoa que não via há muito tempo e de repente do nada a pessoa aparece ou telefona. Quantas vezes a gente não está andando pelas ruas pensando numa determinada pessoa e de repente ao virar a esquina tromba com a mesma, e logo vem àquela velha frase: “você não morre mais”, estava pensando em você. Às vezes o outro não acredita muito. Mas é a mais pura verdade, essas coisas acontecem de fato. E principalmente entre os amantes esses fenômenos extra-sensoriais são mais comuns. Por que será? Talvez porque só o amor constitui a linguagem universal eficaz para esse tipo de comunicação integrada. Entendo que só o amor tem o poder de eliminar as fronteiras entre as consciências afetivas. Quem eu amo habita em mim e eu nele. Há um intercambio psíquico muito profundo entre nós.

Entretanto, a linguagem universal do amor nos coloca em igualdade, contudo, desmanchando as barreiras etnocêntricas, avançando na compreensão do ser amado e distribuindo a paz entre todos os seres humanos. Muitas dessas comunicações amorosas entre os apaixonados efetivam-se através dos olhares que transmite, com grande exatidão, pensamentos e sentimentos, porque os olhos tornam evidentes as atividades da consciência mais intima de cada um. Nossos olhos revelam o que pensamos e sentimos. Como diz um adágio popular: “os olhos são as janelas da alma”.

Portanto, o amor da forma e movimenta a vida. Ele representa a força integradora do viver em harmonia, que expressa afinidade de um ser com os demais seres do universo. Por se alojar na essência, o amor é invisível ao olhar menos apurado, mas seu rastro permanece em toda a parte, perceptível a aqueles que com ele se identificam. Contudo, essa dinâmica do amor permite o desenvolvimento das consciências e, estas somam qualidades entre si quando estão amando. Essa força poderosa do amor justifica a humanização do ser humano, orientando sua expansão para estágios mais elevados de espiritualidade e consciência. Enfim, a experiência mais profunda do ser humano é o amor, por ser uma vivência única.     

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