22 de dezembro de 2013

OS ENCANTOS DO NATAL

Apesar de todo avanço científico e tecnológico alcançado pelo homem, dia vinte e cinco de dezembro ainda é natal. O menino Jesus que nasceu nesse dia há mais de dois mil anos, deve estar preocupado com o mundo em que viveu e, apesar de toda a Sua imensa sabedoria não deve estar entendendo.  Ele não deve entender, por exemplo, como é que os mesmos homens nesse dia do natal, que se cumprimentam de coração aberto, com um sorriso nos lábios e passam pelo encantamento do natal, todos prontos para começar a batalha entre si novamente, completamente desprovido de generosidade, condescendência, afeto e até mesmo de bondade. Por que agimos assim?

Jesus que nasceu no dia vinte e cinco de dezembro do ano zero de nossa história, não pode entender porque o natal funciona apenas como uma trégua, na imensa desigualdade social em que vivemos sem falar das discórdias familiares, da guerra que o homem trava todos os dias contra o seu semelhante e contra si mesmo. Mas Jesus Cristo que viveu entre nós e é o símbolo da esperança ainda não perdeu a própria esperança. A esperança de que o homem um dia perceba que a trégua é o certo e o normal e, que a guerra é um grande equívoco.

Entretanto, a mensagem que Jesus nos deixou foi a seguinte: “Cumpra o projeto que Deus determinou que é de amar sempre o seu próximo, demonstrando gestos de gentileza e respeito. Ser justo e não julgar o outro pelas suas fraquezas. Pensar muito sobre suas ações. Sentir o que realmente sente, pois você é um ser de amor. Meditar muito sobre esse sentimento, meditar sobre suas inclinações e possibilidades de ser feliz. Procure fazer o mais que puder para esse amor permanecer entre os seres humanos. Para então, aperfeiçoar-se nesse projeto de vida, até que possa devolver para Deus a sua imagem e semelhança que um dia Ele estampou em cada um de nós, quando aqui chegamos”.

Portanto, não compreendo os mistérios da vida e nem suas razões. Só espero estar certo no que penso e sinto. Que é continuar a cultivar o amor pelo meu semelhante, que na verdade é Você o meu próximo. Quero um mundo melhor para todos nós. Talvez, então nesse dia, o ser humano inverta os seus valores atuais e coloque ordem nesta casa chamada Planeta Terra. E daí possa, finalmente, todos viverem em Paz. Um FELIZ NATAL a todos, no verdadeiro sentido que essa palavra carrega.

18 de dezembro de 2013

A CONSCIÊNCIA DO EXISTIR

Descobri que leva-se um certo tempo para construir a confiança e apenas segundos para destruí-las, e que posso fazer coisas em um instante, das quais me arrependo pelo resto da vida. Aprendi que a verdadeira amizade continua a crescer mesmo a longa distância. E o que importa não é o que se tem na vida, mas o que tenho da vida. E que os bons amigos são como a família que posso escolher. Aprendi que não tenho que mudar de amigos se compreender que os amigos mudam. Perceber que meu melhor amigo quando juntos posso fazer qualquer coisa, ou nada, mas, sobretudo terei bons momentos juntos. Descobri que essas pessoas queridas, são iluminadas e que prontamente sou tomado pelo seu brilho. Elas entram na vida da gente e deixam sinais, são como músicas. Como a sonoridade do vento no final de uma tarde. Amigos são como música, que foram compostas para serem ouvidas, sentidas, compreendidas e interpretadas, como uma melodia.

Descobri algumas vezes que a pessoa que você espera que o chute quando cai, é uma das pessoas que vai ajudá-lo a levantar-se. Aprendi que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tive e o que aprendi com esse conhecimento empírico, do que os aniversários celebrados. Aprendi que nunca  se deve dizer à uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes quanto essa  fala, já que ela poderia tornar-se uma tragédia, caso elas acreditassem nisso.

Quando fui perseguido por uma diretora de escola pública, em seguida dispensado do magistério em 2009, eu sabia que precisava criar uma nova forma de vida. Mudei minha maneira de pensar sobre o que é viver. Deixei para trás a esfera das realizações e entrei para o mundo do prazer da escrita, do relaxamento no meio de tantas maravilhas que vim a descobrir com a literatura. Senti o corpo atingir o auge da minha força, que agora começa a perdê-la. É nesse momento que se identifica, não com o corpo que está começando a decair, mas, com a consciência da qual ele é um veículo. Contemplo esse corpo como um veículo. O corpo é como a lâmpada que leva a luz. Sou a luz da qual o meu corpo é a lâmpada. Com ele transporto minha consciência.   

Por conseguinte, a metáfora do corpo como um veículo da consciência, quando identifico-me com essa consciência posso observar o meu corpo decair, como um carro velho. Contudo, é algo que todos nós esperamos, e aos poucos vamos nos desintegrando. É nesse momento que a consciência reencontra a consciência cósmica. Portanto, devemos sempre tratar com atenção e gentileza, as pessoas queridas que realmente amamos, proferindo palavras amorosas, pois pode ser que seja a última vez que a veremos.

12 de dezembro de 2013

SATISFAÇÃO EM SER LIVRE

A partir do momento em que não se sente livre para sentir o que se sente, ficamos vulneráveis e à mercê de doenças psicossomáticas. Significa a negação das emoções, que é um querer concreto do ser humano. O não aceitarmos na nossa totalidade. O fato de negarmos o que sentimos culmina numa insatisfação, pois a energia emocional continua procurando uma forma de ser liberada. O fato de não estarmos familiarizado com nosso mundo interior e de mantermos nosso foco no mundo exterior, faz com que tenhamos pouca liberdade em permitir sentir ou não nossos sentimentos. Por outro lado, quando o mundo externo não permite que nos expressemos, acabamos por nos bloquear internamente também. Se formos proibidos de expressar a raiva, podemos acumular mágoas, ressentimentos e até mesmo desenvolver outros sintomas físicos ou psíquicos.

Porém, sentir e não poder expressar, contém um grau de frustração diante da liberdade. A pessoa tem permissão para sentir, mas não para deixar claro esse sentimento. O que os outros vão pensar se eu mostrar meus sentimentos? Seja ele positivo ou negativo. Entretanto, temos permissão para sentir, falar, mas não para agir em função do que sentimos. Nosso sentimento fica dissociado da nossa conduta, muitas vezes por não ter aprendido a tomar decisões baseadas nas emoções.

Agir no impulso da emoção, sem controle é típico de quem coleciona determinadas emoções segundo a psicóloga e educadora Ana Maria Cohen, que acrescenta. “Pode-se trocá-las por explosões, brigas, vingança ou mesmo homicídio e suicídio”. A ação baseada no impulso, embora caracterize uma liberdade maior, não é isenta de problemas. Se tiver raiva contida, explode, não importando onde ou com quem. Se tiver medo, paralisa ou foge, agindo impulsivamente. Isso já é um indicador que a pessoa tem um problema emocional de fato.

Portanto, apesar de parecer natural sabermos avaliar nossas sensações e sentimentos, não é bem assim que ocorre. Para tanto, é preciso, em primeiro lugar, saber sentir nosso próprio corpo. Prestar atenção nas sensações, uma habilidade da mente de nos conectarmos com a realidade, pois por meio dela percebemos o que está ocorrendo, tanto em nosso corpo como em nossa mente. Contudo, visualizar, sentir e agir quando conveniente, respeitando o outro e a si mesmo, é o próximo passo na direção da liberdade emocional. Isso acontece quando, ao sentir e poder verbalizar, a pessoa resolve se é conveniente ou não manifestar a emoção e qual a melhor forma de expressá-la. Como diz  o filósofo alemão Arthur Schopenharuer (1788-1870): “quem vive deseja, quem deseja sofre, a vida é dor”.  

8 de dezembro de 2013

SE FOR PARA SER FELIZ

Se for para esquentar, que seja no sol, de preferência ao lado de alguém especial. Se for para enganar, que seja o estômago. Se for para chorar, que chore de alegria. Se for para mentir, que seja a idade. Se for para roubar, que roube um beijo da pessoa amada. Se for para perder, que se perca o medo de revelar o amor que sente pelo outro. Se for para cair, que seja na gargalhada. Se for para existir a guerra, que seja de travesseiros com aquela pessoa especial. Se existir a fome, que seja de amor. Se for para ser feliz, que seja o tempo todo. Se possível ao lado da pessoa que te emociona. Porque o amor não é um sentimento qualquer, que se acha facilmente todos os dias da vida, como se imagina que seja. Se quisermos a felicidade, temos que correr atrás e não esperar que ela bata a nossa porta. Isto é, se for para ser feliz é claro!

Portanto, ou nos confortamos com a falta de alguma coisa em nossas vidas ou lutamos para realizar todos os nossos desejos e prazer com a vida. Quem não consegue compreender um gesto, o valor de um silêncio, aquilo que nos faz falta para o nosso corpo e nossa alma. Assim como aquele bilhetinho carinhoso que postamos para alguém especial. Tampouco compreenderá o que é ser feliz. Porque para ser feliz não precisa de longas explicações. Basta simplesmente se deixar levar como um barco a vela em alto mar. O espírito que sopra esse barco lhe conduzirá ao encontro do outro DNA. Pois a escolha do outro é feita através do DNA, a chamada química. É ele que vai carimbar e selar esse amor, como um pacto de sangue. A natureza é sábia e por isso tem a sua lógica natural.

6 de dezembro de 2013

O PENSAMENTO É O DIÁLOGO DA ALMA

Só ao seres humanos é dado a possibilidade de dialogar, o que faz do diálogo uma característica própria e única da natureza humana. Assim como a capacidade de fazer perguntas objetivas, visando sempre a busca do conhecimento, estabelecendo relações e comunicando ao outro através da linguagem oral ou escrita. Contudo, o acesso ao pensamento e a representação das ideias se da no diálogo aberto e franco. No entanto, o diálogo é a troca de ideias, é formar novas ideias a partir de um novo conceito.
A nossa capacidade de se dirigir e de dialogar com o outro, nos torna igual, estabelecendo assim uma relação, e esse comunicar com o outro através da linguagem nos permite o acesso ao pensamento e a representação do mundo das ideias. Todavia, o diálogo pressupõe a reciprocidade existencial e esta pressupõe a diferença e ao mesmo tempo a semelhança, já que é devido à diferença que podemos enriquecer com a comunicação. Através do diálogo alargamos os horizontes da exigência do pensamento, pois para se responder e argumentar as ideias tem de se fazer uso constante do raciocínio.
Os Diálogos de Platão (427-347 a.C.), nos mostra todo o processo de elaboração do pensamento, e a dialética não é mais do que a arte de raciocinar ou de dialogar. É discutir as razões das próprias ações, num pensar diferente. Tendo em vista, que nas objeções de Sócrates (470-399 a.C.), obrigam o seu interlocutor a procurar uma verdade que este pensava já possuir. Da opinião a verdade, do particular ao universal, o diálogo é o próprio caminho do pensar crítico. Tendo em vista, que a filosofia antiga não tem as opiniões como base, somente os fatos.
Para Platão, o pensamento é o diálogo da alma consigo mesma. Vou além, penso ser um diálogo entre as almas e não como afirma o mestre. Como ele dizia: “Só te ama, aquele que ama a tua alma”. Aqui implica um diálogo entre duas almas, compartilhando da mesma essência. Por conseguinte, a filosofia contemporânea, assim como a fenomenologia dão ao diálogo uma importância primordial, porque ele é constitutivo de um mundo verdadeiramente humano, isto é, de um mundo comum mas composto de diferenças e diversidades.
Portanto, para que o diálogo torna viável o entendimento entre as pessoas e casais numa relação afetiva, o diferencial que marca essa relação são os valores que ambos acreditam e trazem como experiência de vida. Contudo, se as pessoas pautarem suas vidas na ética e nos princípios morais, e comungarem esses valores, o diálogo funciona. Porque o diálogo é racional e os valores estão além da razão. Os valores estão no terreno da consciência cósmica, na totalidade do ser. É reconhecer no outro a minha identidade humana. Enfim, o que faz o ser humano realmente bom é a consciência do seu ser e a vivência do seu agir. Fora disso temos um ser humano egoísta e diluído pela indiferença. 

1 de dezembro de 2013

EDUCAÇÃO COMO SINÔNIMO DE ESPERANÇA

Em nosso país ninguém duvida da necessidade e da urgência de rever a nossa educação, enquanto instrumento de transformação de um povo. Dentre as muitas carências existentes no contexto nacional, a educação está entre as primeiras necessidades sociais. São milhões de brasileiros que sobrevivem abaixo da linha de pobreza. Um país economicamente rico, com um povo pobre e basicamente analfabeto. Nesta circunstância triste e cruel, será preciso pensar num projeto educacional sério, efetivo que demonstre resultados. Todavia, não basta dar escola para todos, será preciso pensar em desenvolver no interior das escolas publicas um ensino de qualidade que vá eliminando, gradativamente, a velha dualidade da educação publica e privada. Precisa-se de uma escola que possa ser frequentada por todos. Pobres e ricos sem qualquer distinção de raça, cor, religião ou sexo, como estabelece a Constituição Federativa Brasileira.

Em que consiste a educação hoje? Que modalidade ou aspecto dela é mais interessante? Quem realiza a educação como um processo? Quais são as metas ou fins a que se propõe a educação? A educação não é algo que se possa fazer de fora para dentro da pessoa, como uma imposição. A educação é uma realidade vital e condicionada por circunstâncias concretas e chamada a superá-la a partir da própria situação em que se encontra o sujeito da educação. No caso aqui exposto, o sujeito é o aluno. A pergunta correta a se fazer é a seguinte: “A escola da resposta às necessidades presentes?” “Nosso sistema educativo continua sendo para o aluno um sistema educativo que o atrai e o estimule?”

A educação é normalmente considerada nos diferentes países, como uma das prioridades a ser atendida nos planos dos governantes como principal necessidade social. Mas, esse mesmo pressuposto assinalado acima não demonstra nem de longe, a importância de rever e melhorar o modelo educacional que ai está. Tarefa nem um pouco fácil para esse grupo de seres humanos, que são nossos educadores, que dão suas vidas para que a educação permaneça viva no seu leito quase terminal.

Portanto, a educação deve ser pensada de dentro para fora do indivíduo, caso ainda deseja os nossos governantes, ver um ensino de qualidade e um povo civilizado. Tendo em vista, que nenhum Ministério de Educação do mundo, perguntou o que as crianças e jovens gostariam de estudar e aprender. Até porque ninguém e muito menos os governos, estão interessados em ouvir os estudantes, o que de fato pensam e sentem sobre a atual e famigerada educação que aí está. Se desejarmos um dia ser grandes em matéria de educação e conhecimento. Se realmente quisermos ser civilizados, primeiro temos que ser educados.   

POEMA INSTANTE DO POETA JORGE LUÍS BORGES

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria ...