28 de maio de 2022

TODO AMOR DEMANDA UMA MAGIA, UMA MÍSTICA

Todo amor demanda uma magia, uma mística que só os amantes sabem sentir e compreender esse fenômeno. Custou muito para eu chegar a essa conclusão. Penso que toda pessoa que ama deve dizer: “Amo pelo prazer que tenho quando estou ao seu lado. Amo pelo desejo de viver esse mistério com você”. Não existe amor onde não existe desejo e excitação, pois a mística do amor está no encontro dos dois corpos. Não há explicação para o que acontece entre quatro paredes. Ambos são tomados por uma atmosfera divina no momento do êxtase.

Não há vontade de desistir desse abismo atraente, que soa insondável, que penetra no proibido, que se esforça por segurar o impalpável amor e ver no invisível, sentir a presença da divindade e, é nesse momento que se encontra o alívio ilimitado transcendental desse amor.

Segundo Leo Buscaglia, um dos maiores escritores acerca do Amor nos últimos tempos, que coincidentemente faleceu aos 74 anos no dia dos namorados, 12 de junho de 1998. Ele dizia que: “viver no amor é o maior desafio da vida. Exige mais sutileza, flexibilidade, sensibilidade, compreensão, aceitação, tolerância, conhecimento e força, muito mais que em qualquer outro esforço ou emoção, pois o amor e o mundo de hoje atuam como se fossem duas grandes forças contraditórias".

Por outro lado, a pessoa deve saber que só sendo vulnerável pode verdadeiramente oferecer e aceitar amor. Ao mesmo tempo sabemos que se revelarmos através dessa vulnerabilidade na vida diária, em geral corremos o risco de sermos explorados. Quanto mais sensível for tanto o homem quanto a mulher, maior possibilidade existe para uma frustração amorosa trágica e mortífera. Como dizia o poeta Gonzaguinha: “há um lado carente dizendo que sim. E essa vida da gente gritando que não”.

O verdadeiro amor é algo cósmico, místico, único e sem repetição, esse tipo de amor não se pode fazer aleatoriamente, uma segunda ou terceira edição, ele está para além do nosso alcance, é algo que nos acontece e não está em nosso poder fazer com que aconteça pela segunda ou terceira vez. Algo o partiu e como um delicado cristal da alma que amava não há conserto. O verdadeiro amor não aparece todos os dias ao gosto do consumidor, como imaginamos.

Portanto, quem acredita na possibilidade de curar um amor arrumando outro, está completamente equivocado. Isto só vem provar a horripilante superficialidade com que tratava o amor anterior. Contudo, é no amor romântico que reside o segredo da alegria que sempre acompanha a vida. A vida, quando plena, é exuberante em alegria, por conta dessa mística do amor romântico, tende a fazer com que enxerguemos que estamos em estado de alma gêmea, ligadas para sempre, mesmo na distância.     

26 de maio de 2022

SOMOS LEVADOS PELOS PRECONCEITOS QUE CULTIVAMOS

Aprendemos a pensar sobre as amizades como sendo um forte elo emocional entre pessoas, que se caracteriza pela ausência de interesse sexual, ao menos de forma explícita. Nessa perspectiva, a amizade corresponderia ao fenômeno do amor, livre de ingredientes eróticos. Por outro lado, à amizade desapareceria, transformando-se em relacionamento amoroso. Gosto de pensar na amizade como um ato de amor entre os humanos. No entanto, cabe registrar o caráter extremamente dramático, relacionado com a ruptura dos elos de amizade, em especial quando ela se dá por uma inesperada decepção com algum amigo. Além da frustração pelo fim da relação gratificante, resta o gosto amargo de não se poder confiar em mais ninguém, uma espécie de decepção com as pessoas. Sobra também à desconfiança em relação a nós mesmos, que pensávamos ter um critério apurado, para saber quem é o outro e, de repente, somos surpreendidos por um grave erro de avaliação.

De modo que a observação serve de deixa, para reafirmamos a importância de distinguirmos entre um verdadeiro elo de amizade e as ligações superficiais com pessoas conhecidas, que muitos, chamam de amigos. Amizade é coisa séria; já os conhecidos são muitos e, quase sempre, nem os conhecemos bem. Podemos ter uma impressão favorável de muitos deles, e até mesmo desenvolver um relacionamento íntimo. Mas amigo é aquele em quem confiamos plenamente. Como regra, a amizade não envolve coisas práticas, a não ser pequenas trocas de favores, ou de ajuda em situações dramáticas. A amizade deveria ser importante na escolha de parceiros e sócios em geral, mais isso não corresponde aos fatos.

No entanto, por puro preconceito ou por medo, o homem e a mulher deixam de parecer atraentes um para o outro, em função da amizade. Era assim no passado, quando o uso da palavra amigo determinava que a sexualidade inexistisse. Gostar de estar junto, de trocar ideias sobre as coisas relevantes e as sem importância, achar graça na forma do outro ser, jeito de falar, rir, etc. Tudo isso, em princípio, deveria despertar o desejo de intimidade. Seria mais razoável termos intimidade com pessoa amiga e confiável do que com alguém desconhecido. Na vida real, as coisas não acontecem assim por variadas e complexas razões. Somos mais apegados aos preconceitos do que pensamos. E amizade é algo que, por princípio, não inclui sexo. Ao pensar em intimidade entre amigos, surgem dois medos. O óbvio é o de perdemos o amigo, por algum tipo de contratempo; e o outro, talvez o mais importante, é o de que a amizade, com a introdução do elemento erótico, torna-se uma “paixão” fulminante. Além de fascinante, a paixão pode ser o indicador que o amor paira serenamente no coração de ambos.

Portanto, quando as pessoas tornam-se mais maduras e mais independentes, elas conseguem ver em seus parceiros amorosos, seus melhores amigos. Isso porque os apaixonados foram escolhidos, segundo os mesmos critérios que costumamos usar, para estabelecer elos de amizade solidas como: “a busca de afinidades de caráter, gostos, interesses e, é claro, aquela simpatia pelo jeito de ser um do outro, que é tão encantador e tão difícil de ser definido”. Nesta paixão ainda entra o ingrediente erótico, que como regra, ausente nas boas escolhas sentimentais. É preciso ter cuidado, pois o sexo não raramente, prejudica os ingredientes essenciais, para uma rica e solida amizade. Mas com uma boa dose de amor e respeito de um pelo outro, conseguem harmonizar e transformar o encontro, numa gostosa aventura com sabor de cereja.

23 de maio de 2022

DENTRO DE NÓS HÁ UMA COISA QUE NÃO TEM NOME

Só escrevo por uma razão muito simples. Escrevo para compreender alguma coisa do mundo e da vida. Escrevo como se tivesse uma necessidade de explicar porque a nossa sociedade se encontra tão enferma. Talvez por ser educador, não posso fazer nada que venha a envergonhar a criança que já fui um dia.

As palavras contidas nos meus escritos estão sempre ali à espera de uma voz que as ressuscitem, que as despertem. As palavras estão nos textos para ser acordadas e melhor utilizadas. É a minha consciência que determina o meu ser social ou talvez, o meu ser social que determina a minha consciência?

Sou movido por uma força sobrenatural, que me arrasta para um abismo de compaixão por aqueles, assim como eu também tem sentimentos. Acredito que só o amor faz as pessoas evoluírem espiritualmente. A capacidade de sentir amor faz com que as pessoas melhorem como ser humano.  Existem pessoas andando por aí sem rumo, falando de morte, desespero, solidão, dor e sofrimento.

Portanto, somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos. Sem memória não existimos. Sem responsabilidade talvez não mereçamos existir. Porém, dentro de nós há uma coisa que não tem nome e essa coisa é o que somos.

17 de maio de 2022

A QUEM PERTENCE A NOSSA PAZ?

A quem pertence a nossa paz? De quem é a nossa tranquilidade de espírito? Se for nossa, quem pode tirar? Quem pode me ofender? Como se explica o ressentimento pelo qual algumas pessoas são afetadas? Uma verdade fundamental que ilumina a nossa vida e deixar os ressentimentos para trás, é exercitar o poder espiritual sobre nossa vida. Pois, ninguém tem esse poder de ofender o outro sem que o permita. A menos que passe uma procuração para ser ofendido e julgado. O que Jesus perguntou aos seus algoz: “Querem me condenar?” Ele percebeu o clima pesado. Não respondeu nada, passou no meio do povo e foi embora. Jesus não ficou pedindo: “Por favor me entenda, pelo amor de Deus não façam isso. Sou filho de Deus e vim para salvá-los”. Imagina que ele iria se humilhar a tanto. Tem pessoas que não adianta ficar pedindo compreensão. São portas fechadas e não estão preparadas para tamanha grandeza. São incapazes de gestos nobres, de generosidade. Gestos que se dispõe a sacrificar os próprios interesses em benefício do outro; magnanimidade. São bons para julgar e condenar, sem pensar no amanhã. 

O ensinamento budista tem um argumento muito interessante sobre a ofensa. Diz a filosofia budista que: “a ofensa é uma brasa que você atira na pessoa para queimá-la, como um fogo na mão que você quer queimar a pessoa o máximo possível, e talvez você consiga. Mas, em cem por cento dos casos, você queima a mão primeiro”. Quem ofende, revela insegurança e fraqueza de espírito. A questão é que sempre vamos encontrar alguém que aponte o dedo para nos execrar em nome da honra e da verdade. Que verdade? Quem pode dizer que conhece toda a verdade? Mas, tem pessoas que são convictas porque vivem de opiniões. Não adianta querer explicar, elas estão surdas e cegas. Só escutam a elas mesmas e muito mal. O próprio Jesus disse: “Pai perdoa, eles não sabem o que dizem, são ignorantes”. Geralmente, são pessoas amargas e mal resolvidas na sua subjetividade. Como dizia o saudoso Padre Léo: “Não adianta dar banho em porcos, o lugar deles é na lama”.

Entretanto, temos que pensar comparativamente, quem pode me ofender? Unicamente a quem eu der esse poder. Sendo assim, a ofensa torna-se um fracasso pessoal. Os Estoicos ensinam que não devemos se alterar diante das coisas que sejam desimportantes. Há poucas brigas muito importantes na nossa vida. Sendo a maioria por motivos fútil e banais. Contudo, existem pessoas rancorosas que nasceram para apontar os erros nos outros, e se esquecem dos próprios, os chamados falsos moralistas ressentidos. Alguns vivem dentro de igrejas e até praticam o ministério eucarístico cristão em suas comunidades. Não passa de uma representação social. Quando assumo o comando da minha vida, estou crescendo em Deus, de modo que a mentira é uma visão distorcida da realidade.

Portanto, todo ponto de vista é visto de um ponto. Somente vemos um pedaço da realidade e não a realidade toda. Se quer ser uma pessoa de coração bom, mergulhe no ágape da vida. Ninguém é bom o suficiente, enquanto não superar o mau que cresce dentro de si. Aquelas pessoas pequena por dentro é que se fazem fortes por fora, quando sabem que nos machucam. Quando começarmos a enxergar o nosso semelhante por um outro ângulo, começamos a enxergá-lo de um jeito novo e mais humano. Nesse momento recebemos uma graça linda de Deus, começamos a enxergar o outro com os olhos da esperança. Porque amar o outro é esperar em Deus.   


13 de maio de 2022

MATAR UM SONHO É MUTILAR A ALMA

A tua alma é uma luz, não a extingas. Tua alma é um santuário, não a profanes. Tua alma é um poema, não lhe roubes a poesia. Tua alma é um mistério, silencia-lhe os segredos. Tua alma é um arco íris, contempla-lhe os primores. Tua alma é um sopro de “Deus”, defende-lhe a vida divina. De modo que, quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma, todo o universo conspira a seu favor.  Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso. O sonho é o que temos como demais sagrado. Não o mate, porque isso é a tua alma. 

Se tudo isto é tua alma, por que não fazes a tua vida à imagem e semelhança de tua alma? Certamente não foi o corpo que produziu a alma, e sim a alma que produz o corpo. É a alma espiritual que arquiteta o edifício material do teu ser. É a alma o principio ativo que domina o elemento passivo. É a alma que pensa e quer, que sente e ama, que imagina e recorda. É a alma que sobrevive imortal ao corpo mortal. É a alma que para uma vida nova ressuscita o corpo desfeito. No entanto, quem quiser vencer na vida deve fazer como os grandes sábios: “mesmo com a alma partida, ter um sorriso nos lábios”. As decepções existem para quem cria expectativas. Exatamente por não enxergar a vida com a alma.

Porém, se tudo isto faz a alma, por que das ao corpo as vinte e quatro horas do dia e nenhuma hora à alma? Por que não lhe das, em carinhosa solicitude ao menos uma hora por dia? Por que não a fazes respirar na atmosfera divina, quando desejosa de “Amor”? Tenha caridade para com tua alma, porque tua alma é tua vida. Você é tua alma. Todavia, o que está procurando é uma forma de experimentar o mundo onde se vive.

Portanto, que abra para a transcendência que o inspira. E que inspira a nós mesmos dentro do mundo. É isso que quer e é isso que a alma pede. Contudo, procuramos uma harmonia com o mistério que anima as coisas, que nos permita ver e sentir a presença divina. E saudar o “Criador” que existe dentro de você. Você é tua alma, você é a “divindade”. 

10 de maio de 2022

O MUNDO VISTO DE DENTRO

O conceito de “vontade de potência” foi criado por Friedrich Nietzsche (1844-1900), como base para o desenvolvimento de outras ideias. Trata-se de uma proposição ontológica que sustenta toda sua teoria, inclusive sua genealogia da moral é retirada das relações entre a vontade de potência.

Nietzsche toma inicialmente este conceito de Schopenhauer. A vontade é cega e insaciável, uma força que estaria para além dos nossos sentidos. Una, ela representa tudo que vemos, é o substrato que constitui a existência. Mas para Nietzsche, a vontade não está fora do mundo, ela se dá na relação, ou seja, é múltipla e se mostra como efetivação real. É impossível uma só força, uma força única e indivisível, a vontade de potência se diz sempre no plural. Sendo assim, o mundo seria esta luta constante, sem equilíbrio possível, apenas tensão que se prova pelo movimento, às vezes delicado, outras vezes violento.

A vida é vontade de potência, mas não se pode restringi-la apenas à vida orgânica; ela está presente em tudo, desde as reações químicas mais simples até à complexidade da psiquê humana (e é no ser vivo que a vontade de potência pode se expressar com mais força). Ela é aquela que procura expandir-se, superar-se, juntar-se a outras e se tornar maior. Tudo no mundo é vontade de potência porque todas as forças procuram a sua própria expansão. Neste campo de instabilidade e luta, jogo constante de forças instáveis, a permanência é banida junto com a identidade: neste mundo reina a diferença. Força como superação, como constante ir para além dos próprios limites.

A vontade se mostra como sede de dominar, fazer-se mais forte, constranger outras forças mais fracas e assimilá-las. Quanto pode uma força? A onda sonora que se expande, o ímã que atrai, a célula que se divide formando o tecido orgânico, o animal que subjuga o outro são exemplos desta vontade que não encontra um ponto de repouso, mas procura sempre conquistar mais. Cada força, quando dominante, abre novos horizontes, encontra novas passagens, cria novos caminhos.

Se, em física, potência é a capacidade de realizar trabalho; na filosofia, vontade de potência é a capacidade que a vontade tem de efetivar-se. Contra uma interpretação rasa de Darwin, Nietzsche argumenta que o homem não pode e não quer apenas conservar-se ou adaptar-se para sobreviver, só um homem doente desejaria isso; ele quer expandir-se, dominar, criar valores, dar sentidos próprios. Isto significa ser ativo no mundo, criar suas próprias condições de potência. É um efetivar-se no encontro com outras forças.

A vontade de potência não é a vontade querendo potência, não significa que a vontade deseja uma potência que não tem. A potência não é algo que possa ser representado. Para Nietzsche é exatamente o contrário: a potência é aquilo que quer na vontade. E o que é a potência? É um eterno dizer-sim. A potência se afirma na vontade quando diz “Sim” ao devir. É a afirmação pura de sua própria efetivação, a alegria provém da afirmação. E o sentido é o resultado destas forças.

E apenas através de Nietzsche, sendo completa e plena de si, a vontade de potência pode ser aquilo que dá sentido e cria valores. Ela cresce e se ultrapassa. Não há falta a ser preenchida, é excesso que transborda. Ela não busca, ela dá; não procura, cria; não aspira, compõe; não exige, inventa; não interpreta, fabrica. E este é o dever e direito do filósofo: criar valores.

Desta forma, estabelece-se uma hierarquia onde algumas forças são capazes de mandar e outras levadas a obedecer, a saúde do corpo depende disso. É com esta concepção de forças ativas e passivas que Nietzsche cria seu método genealógico e tenciona realizar a trans-valoração de todos os valores. Sua filosofia assume que é necessário ao homem moderno apropriar-se de sua vontade de potência para poder voltar a criar valores. Fazer experimentações, estabelecer novas hierarquias, ultrapassar os valores de seu tempo. Só assim poderá superar a si mesmo e livrar-se da camisa de força que a sociedade colocou em si há séculos. Só a vontade de potência permite uma análise imanente capaz de entender o mundo sem ceder a explicações metafísicas e é capaz de dar novos sentidos, superando os atuais.

2 de maio de 2022

UMA FRIA E DESCABIDA TRISTEZA QUE SEMPRE VEM

Demora, mas vem. Depois do encontro, da festa, do êxtase, das delícias em fila, dos sentimentos em fartura, da esperança vigorosa, da promessa de felicidade, do amor em seus indícios, da saudade e seus inícios, depois de tudo isso, quase sempre vem a tristeza nos fazer companhia. Uma fria e descabida tristeza que sempre vem.

No fim de tanta alegria perfeita dá as caras uma dura, cruel e implacável sensação de desalento. Depois das emoções superlativas vem um quase nada, um vazio dolorido, uma luz amarela, abatida, luzindo acanhada pela fresta da porta, como quem espia um estranho, o quarto do homem sozinho que tropeçou em seu amor iluminado pelo sol e morre de medo do escuro.

De vez em quando me acontece de ser triste. Vai ser assim para sempre? Como diz o jornalista e publicitário André Gomes: “é da vida e não precisa ficar triste por isso”. Depois passa é verdade. A angústia e a tristeza visitarão nossa alegria de quando em vez, como velhos vizinhos indesejados cobiçando nossa amizade, nossos bens maiores e nossos afetos. Então seremos como dois soldados em guerra contra o que nos ameaça, protegendo as costas um do outro.

Como dizia o filósofo, escritor e teólogo judeus Martin Buber (1878-1965): “seguiremos assim até voltarmos a ser nada senão Eu e Tu em nosso ontem, nosso hoje e nosso depois de amanhã”. Cabe acrescentar, perdidos em nosso caminho certo, seguindo honestos nosso rumo escolhido, cuidando de nós, tratando dos nossos. Vivendo o amor em sua longa e linda e eterna imperfeição.

Portanto, essa coisa de não ter felicidade o tempo todo, se passa com todo mundo. Vira e mexe passa com aqueles que estão entre nós. E quando nos faz tristes, nos mostra o quanto podemos ser muito, mais muito mais felizes. É só uma questão de serenidade e sabedoria, para perceber que a felicidade está dentro de cada um, basta olhar para dentro de si mesmo.

POEMA INSTANTE DO POETA JORGE LUÍS BORGES

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria ...