29 de julho de 2022

AMOR É UMA PALAVRA QUE QUASE PERDEU O SENTIDO

Amor é uma palavra que na nossa cultura quase perdeu o sentido. Há uma história muito interessante, sobre o Rabino israelense-americano Abraham Twerski (1930-2021). Ele passou por um jovem, que estava claramente se deliciando com um prato de peixe que comia. Então, ele disse ao jovem:

Por que você está comendo esse peixe?” O jovem respondeu: “Porque eu amo peixe!”. Ao que o Rabino lhe retrucou: “Ah, você ama o peixe e por isso você o tirou da água, o matou e o ferveu? Não me diga que ama o peixe. Você ama a você mesmo. E porque o peixe é gostoso, em sua opinião, você o tirou da água, o matou e o ferveu”.

Muito do que se chama de “amor” é “amor de peixe”. E então. Um casal de Jovens se apaixona, os jovens se apaixonam, o que isso significa? Isso significa que ele viu nessa mulher, alguém que ele creu que poderia prover todas as suas necessidades emocionais e físicas, e ela sentiu que esse homem poderia lhe fazer o mesmo.

Isso foi amor. Mas ambos estão olhando para as próprias necessidades. Não é amor um pelo outro. A outra pessoa se torna um veículo para a minha satisfação. Muito do que chamam de “amor” é “amor de peixe”. E um amor externo não é sobre o que vou receber, mas sobre o que eu vou dar. Havia um professor de ética, o Rabino ortodoxo Eliyahu Eliezer Dessler (1892-1953), que disse que as pessoas cometem um erro grave ao pensar que você dá àqueles que você ama.

Portanto, a verdadeira resposta para o amor que está se perdendo é: você ama aqueles a quem você dá. E seu argumento é, que se eu dou algo a você, eu me investi em você. E já que o amor-próprio é algo natural, todos amam a si mesmos, agora que parte de mim está em você, há uma parte de mim em você que eu amo. Então, o amor verdadeiro é um amor que “”, não que “recebe”.

19 de julho de 2022

O DIÁLOGO SE CONSTRÓI DE FORMA ÉTICA E SOLIDÁRIA

O diálogo se constrói de forma ética e solidária. A palavra, substrato do diálogo, é o instrumento mais eficaz para a democratização dos saberes, para a resolução de conflitos, para a interação entre os povos e para consolidação do desenvolvimento cultural, técnico e científico que impulsiona o processo civilizatório.

Só ao ser humano foi dada a capacidade de dialogar, o que faz do diálogo uma característica única na comunicação humana. Pressupõe a reciprocidade existencial e ao mesmo tempo as diferenças e as semelhanças, que nos tornam pessoas mais interessantes. O diálogo é a base e o ponto de partida para compreendermos o outro.

É que torna viável o entendimento entre duas ou mais pessoas. Denota respeito e capacidade de compreensão dos problemas, sobretudo, porque o dialogo é racional e consciente. Por outro lado, o respeito além de racional está no plano do espiritual e, é até mais importante que o amor. Conheço pessoas que odeia o diálogo. Por que será que algumas pessoas fogem do diálogo? Será por medo de revelar a sua verdadeira identidade?

O diálogo é a ponte que une as pessoas e, em especial os casais. Quando um casal aprende a demonstrar através do diálogo o que espera um do outro, o que gosta e o que não agrada, a relação fica mais verdadeira e tende a durar. Entretanto, o medo de conversar é uma semente que vai crescendo na relação e, com o passar dos anos, vai corroendo os sentimentos e essa união supostamente estável, chega ao fim.

Portanto, muitas vezes, quando um dos amantes resolve falar, ambos terminam descobrindo que já estão vivendo em mundos tão distantes e tão diferentes que às vezes é tarde demais para reativar o encanto. Pois a semente do amor foi sufocada pelo veneno das mentiras, da hipocrisia e até da omissão. Tendo em vista, que o diálogo pode acontecer de diversas maneiras, até mesmo através dos olhares, palavras e atitudes, são formas de dialogar.

8 de julho de 2022

A VIDA É MOVIMENTO E IMPERMANÊNCIA

Algum tempo atras, alguém me disse que sentia medo de ser feliz. Essa fala me chamou muito atenção. Comecei a refletir o por que essa pessoa teria medo da felicidade? Fiquei pensando o quanto não faz sentido termos medo da felicidade. Se algo de bom te acontece, agradece e aproveita! Parece simples, mas conheço gente apegada ao sofrimento, que se acostuma às lamúrias da vitimização, e mesmo quando a vida apresenta oportunidades vibrantes, continua cravada na dor do passado.

Lembrei de um trecho do livro “Olhando para a Alma das Crianças”, em que Bert Hellinger, escreve: “Vou contar uma história. Alguém estava viajando de trem num vagão-leito. Estava no leito debaixo e, em cima, havia alguém que ficava dizendo: Estou com tanta fome, estou com tanta fome”. O passageiro debaixo foi até o vagão restaurante e lhe trouxe algo para comer. Passado algum tempo, o passageiro de cima, começou novamente: “Eu estava com tanta fome, eu estava com tanta fome”.

Aqui vai uma pergunta: como você lida com as experiências positivas da sua vida? Agradece e aproveita? Sente culpa pelas alegrias que recebeu? Tem medo de perder os momentos bons? Saboreia cada experiência positiva com entrega e leveza? Você se permite ser feliz?

Certa vez conversei com uma pessoa muito próxima, que se sentia culpada por estar feliz. Tudo estava correndo bem em sua vida, mas a jovem tinha receio de que algo ruim poderia acontecer. E por que não aproveitar e celebrar as bênçãos da vida? Por que o medo de ser feliz? Por que não, simplesmente desfrutar o presente que o momento presente oferece? Talvez por medo de perder o momento feliz, perde-se a oportunidade de desfrutá-lo.

E a melhor forma de agradecer por um bom momento, é vive-lo plenamente! Tudo passa, é verdade, mas você guardará no seu coração uma história de felicidade e poderá se abrir para novas oportunidades de criar sorrisos! A vida é movimento. A vida é impermanência. A felicidade não é uma bolinha estática que se pode guardar em uma caixinha. A alegria é feita de bolinhas de sabão, efêmera, mas sempre se pode assoprar.

Portanto, diante de algo bom a “psicologia positiva”, sob orientação da psicóloga e escritora Gabi Ribas, que nos inspira a intensificar e ampliar o nosso bem estar, através da vivência do "savoring", que significa saborear e apreciar as experiências positivas no momento presente. Procura receber as bênçãos da vida com os braços abertos, sem medo de ser feliz! A alegria traz a sensação de estar em paz com a vida, e o universo agradece cada despertar para a conexão com a felicidade! Enfim, viva a plenitude. Viva o presente. Você merece ser feliz! Não desista nunca!

POEMA INSTANTE DO POETA JORGE LUÍS BORGES

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria ...