Se o pressuposto do amor é
amar e viver em harmonia, então, por que sofremos tanto por amor? Por que
maltratamos e machucamos o nosso amor? Será que desconhecemos a importância do
amor para a nossa vida? A palavra amor tem mais sentido para nós humanos do que
qualquer outra palavra.
Quando estamos diante de
alguém que nos desperta emoção ou encantamento, está aí a gênese do amor. Somos
tomados por uma ternura que nos convida a uma fusão. Esse despertar começa
brando, suave e macio e, aos poucos, vai contaminando todo o nosso ser, da
cabeça aos pés. Somos tomados por um torpor, uma sensação de prazer à vista.
O estado mais gostoso da
vida é quando estamos encantados por alguém. Já no primeiro olhar sentimos algo
tocar o nosso coração de uma forma diferente. Parece que o corpo caminha sem
destino em uma fauna de prazeres, enquanto a razão despenca do penhasco para os
braços da divindade. É isso que o amor nos faz sentir.
É como uma taça de vinho, ficamos
totalmente embriagados nesta atmosfera romântica. Sentimos que o amor tem duas
funções: primeiro leva-nos à descoberta de nós mesmo enquanto humanos capazes
de amar e ser amado. A segunda nos põe em contato com a divindade, a
eternidade, o infinito ou o ilimitado. Isto só se dá entre duas pessoas que se
proponham a viver um romance ou um caso de amor.
Na vida, se há amor, tudo se
dá num estado de poesia. Sobretudo, por ser a vida um grande orgasmo do
Criador. Uma vida bem vivida deve ser envolvida por outras vidas que amam a
vida. Porque no amor, os momentos são eternos, pessoas são únicas e a vida é
uma só, então, vamos aproveitar bem tudo que o nosso coração sentir. Pois da
vida nada se leva a não ser a vida que se leva!
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