8 de julho de 2019

ENTRE OS DOIS MUNDOS ESTÃO OS HUMANOS

Segundo o filósofo grego Platão (427-347 a.C.), acreditava que o mundo que conhecemos não é o verdadeiro. De modo que vivemos entre dois mundos, o da aparência e o das ideias. Para ele a realidade não está no que podemos ver e tocar, ouvir e perceber. A verdade para Platão é o que não se modifica nunca, o que é permanente, eterno, sempre será, por estar numa dimensão espiritual onde só a razão pode tocar. Contudo, podemos afirmar que o amor é dos deuses. Quando se ama é na essência que o amor se faz encarnado.

Para o filósofo pré-socrático Parmênides (530-460 a.C.), desde o nascimento até a morte somos únicos na essência. Mas como encontrar essa verdade? Na filosofia de Platão existem dois mundos: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso redor, através dos cinco sentidos, é o chamado mundo das aparências. O outro é o mundo das idéias, onde tudo é perfeito e imutável. Não podemos tocá-lo, ele não é concreto. Só o pensamento pode atingir essas ideias. Para entender melhor, a gente precisa conhecer a alegoria que Platão criou: “O Mito da Caverna”.

De modo que, para Platão a maior parte dos humanos se encontra prisioneira da caverna. Isto foi dito a mais de 23 séculos. Imagine um grupo de prisioneiros que nasceu no interior de uma caverna escura. Eles estão acorrentados de costas para a entrada da caverna e só podem olhar para a parede do fundo. A luz que entra na caverna projeta nessa parede as sombras e nada mais. Os prisioneiros acham que elas são a realidade. Nunca viram a luz. A vida das pessoas na modernidade para Platão é como dos prisioneiros do Mito, acorrentados no fundo da Caverna.

Portanto, vemos as coisas que conhecemos como se fossem reais, mas não passa de sombras, pura ilusão. Vemos, mais não enxergamos o que é comum nos dias de hoje. Como disse Platão, a verdade está fora da caverna, no mundo das ideias, onde há luz. Ou seja, é preciso desconfiar do que os nossos olhos e ouvidos dizem. Devemos nos guiar pelo pensamento e pela razão. Foi em torno dessa ideia que nasceu a filosofia (século V a.C.).

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