29 de abril de 2018

ENTRE O MEDO E A ESPERANÇA

A esperança é a sensação motivadora que nos mantém vivos. Somos motivados a ter uma vida plena, um estado maior de vivência, uma libertação da tristeza eterna, acreditar no amor que transforma as pessoas e o mundo. Olhar para o outro com o coração é um gesto de amor, cria-se uma expectativa conciliadora. Na verdade, essa expectativa que temos é a nossa esperança de que podemos fazer algo de bom, para a saúde mental da humanidade. O mundo que nos espera não está por ser conquistado com a força, mas construído com amor. Mas se vivemos num estado de passividade e de espera, isto não é esperança e sim resignação. É deixar morrer o que existe de mais sagrado na essência humana. De modo que, a esperança é um elemento decisivo em qualquer tentativa para ocasionar mudanças pessoais e sociais na direção de uma consciência cósmica.

Todavia, ser aberto para o amor, acreditar no amor, ter esperança e procurar viver na plenitude do amor, é necessário reunir todas as nossas forças, aquele potencial adormecido até então. Porém, essa é uma situação raramente experimentada pelas pessoas na vida real. Quando o amor surge, além de negar esse sentimento, as pessoas não sabem muito bem como lidar, por medo de sofrer. No entanto, foi por medo que crucificaram “Jesus Cristo”, foi por medo que deram um tiro em “Mahatma Gandhi”, foi por medo que decapitaram o filósofo inglês “Thomas Morus”, foi por medo que mataram o ativista norte-americano “Martin Luther King”, e foi por medo que envenenaram o filósofo grego “Sócrates”. Enfim, a sociedade tem pouco espaço para a honestidade, para a ternura, para a bondade e, principalmente, para o amor. Medo de que seus membros descubram a importância do amor para suas vidas.

Entretanto, há um sentimento de apatia corroendo o coração da humanidade, como muito bem assinalou o sociólogo e pesquisador polonês Zygmunt Bauman, no seu texto: “Pós Modernidade”, fazendo uma radiografia das relações humanas, onde cada vez mais está em moda o “Amor Líquido”. Nada é feito para durar, nem as amizades. Parece que o amor ficou fora de moda e o sexo casual tornou-se mais atraente. Ele é apreciado por muitas pessoas, e também faz parte dessa visão "aristocrática". É importante entender que ela privilegia umas poucas minorias e desfavorece a grande maioria. Por exemplo, aquelas pessoas mais sincera, mais fiel ao seu sentimento, que falam a verdade, as que não gostam de fofocas, que não atendem as exigências do mercado de consumo, do corpo sarado, bonitinha e sexy. Quem não reúne esses pré-requisitos, seguramente são marginalizados.

Portanto, o amor é como uma planta florida, que perfuma tudo ao seu redor com a esperança, até as ruínas e turbulências eventuais que nos abate. Vejo o amor como um ninho, onde a felicidade das pessoas, atraídas por esse sentimento, constrói-se pedacinho por pedacinho, através de esforços mútuos e de muita compreensão um pelo outro. Contudo, a boa relação é quando alguém aceita o seu passado, apoia o seu presente e motiva o seu futuro. Para isso é importante que o amor seja íntimo, para que perdure. Ao desatar os cadeados que lhe prende aos seus medos, estarás livre para amar e ser amado. A felicidade que estava perdida no espaço de tempo se tornara visível aos seus olhos. E ao enfatizar o seu decreto de liberdade, subirá aos mais altos montes, e enxergará os novos horizontes. Por conseguinte, a esperança é a única arma mais poderosa que o medo, e quando bem usada, pode ser letal. “Sabemos o que somos, mas não sabemos o que poderemos ser.” (William Shakespeare).

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