11 de abril de 2019

POR MEDO OU ORGULHO NOS AFASTAMOS DO AMOR

Dizem os poetas que basta-nos apenas um minuto para encontrar uma pessoa especial. E mais ou menos uma hora para apreciá-la na sua totalidade. De modo que, precisamos somente de um dia para amá-la. E levamos uma vida inteira para esquecê-la. Por medo podemos nos afastar do amor, assim como por orgulho, nos afastamos de boas amizades. De modo que, viver com medo é viver pela metade. Porém, esse não é o nosso maior inimigo. O que realmente nos afeta é esse orgulho crônico que as pessoas fracas e medianas cultivam. Que elimina até a possibilidade de amizades solida e verdadeiras. Como dizia o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1927-2017): “o amor é mais falado do que vivido e por isso vivemos um tempo de secreta angústia”. 

No entanto, nada é feito para durar, não há nada de tão intenso que consiga permanecer e se tornar verdadeiramente necessário para os humanos. Tudo é transitório, até o amor. Não paramos para observar aquilo que experimentamos ao lado de pessoas maravilhosas que nos ascende e aquece com o seu calor humano. Sempre vamos ouvir alguém dizer: “eu sou assim mesmo, quem quiser que me ame como eu sou”. São pessoas que sempre vai achar uma justificativa para escapar do seu egoísmo. Está explicito nesta frase toda a sua arrogância e prepotência. Elas estão fechadas para o amor e nem um pouco receptivas com as relações amorosas. Sempre desconfiando de tudo e de todos. São pessoas difícil de convencer, pois, estão tomadas pelo medo e pelo orgulho.  Lembrando que sem diálogo não há entendimento e ambos saem da relação machucados. Evoluir afetivamente é o que mais se aproxima de boas amizades e de bons contatos íntimos. Toda relação é baseada nas afinidades.         

Portanto, o amor deriva da admiração e quando se perde esta admiração, perde-se o amor. Sendo assim, uma pessoa emocionalmente madura atrai relações entre pessoas mais parecidas, criando uma nova máxima “os semelhantes se aproximam”. O amor ganha conotação mais adulta, com aconchego intelectual, o que da um viés mais sofisticado para a relação. Há um respeito pela individualidade um do outro, tornando as duas partes como iguais e equilibradas. Contudo, podemos estar junto de uma pessoa por algum tempo, e não sentir nenhuma vibração. Não acontece nada, não da química, não há comunicação entre os corpos. Ao contrário, quando há afinidades, trocas de olhares e uma boa comunicação entre ambos, começa ocorrer um fenômeno que só pode ser chamado de amor perfeito. É um momento de iluminação a dois, a luz de um reflete o brilho do outro. Quando encontramos esta pessoa que nos transforme no melhor que podemos ser, temos aqui uma linda história de amor. Sempre desconfiei que: “uma vida sem amor é uma morte lenta”.

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