31 de dezembro de 2012

ADMIRÁVEL IRMÃ NATUREZA

Gosto muito de apreciar o meu contato com a Natureza. Admiro-te e respeito, Natureza gentil, não como mãe, mas sim como irmã. Não como o filósofo pagão de Atenas, mas, sim como um poeta cristão de Assis (aqui faço referências a São Francisco de Assis, amante da Natureza – Itália). Não te chamo como os panteístas, mãe Natureza, porque não nasci do teu seio, chamo-te como uma teísta, porque temos o mesmo "Pai".

Irmã e amiga Natureza gentil que sempre me foste. Admirável irmã Natureza, quando a deslealdade e falta de respeito das pessoas me envenena a vida. Quando os Iscariotes me atraiçoam e fariseus me exploram. Quando de mim desertam amigos, porque de mim desertou o prestigio material. Enquanto minha alma grita por justiça, destempera a harmonia da vida.

Então irmã Natureza, eu me refugio em teus braços amigo. Entro no silencioso santuário da tua verde catedral. No meu silêncio consigo exprimir as minhas dores e fraquezas. Sinto que na essência estamos muito próximos. Pois todas as pessoas que amam na essência, deveriam aprender a perdoar, entender que somos limitados e falíveis em nossas ações. Erramos por querer acertar.

Nesse momento que estou interagindo com a irmã Natureza, essa mística atmosfera de tua solene quietude, algo me chama a atenção. Por entre o incenso que teus cálices vivos exalam. Por entre os hinos que teus cantores entoam. Por entre a liturgia multicor que tuas falhas ostentam ao som da música que os ventos dedilham nas harpas dos galhos ao ritmo suave dessa brisa que cadência o meu corpo.

Sonho feliz que tua alma sonha nos dias estivos, nas noites de luar. Minha alma ainda enferma restabelece aos poucos, entre teus braços Natureza irmã. Cicatrizam um pouco as chagas vivas do meu coração. Distendem-se aliviados, os nervos tensos de dor. Cessa o ruído do sangue nas delatadas veias do meu corpo. E a minha alma conversa com a tua alma Natureza gentil. Elas se estendem nesse colóquio silencioso, porque falam a língua do "Pai". Esse "Ser" que nos criou para vivermos em harmonia. Sei que não é Deusa, mas sei que é mensageira "Divina". Sabia Natureza de sublime e elevada grandeza, amiga querida do "Eterno", servidora do "Onipotente".

Portanto, sempre será por mim admirada e respeita, pois é sincera e fiel, acolhedora e íntima, querida irmã Natureza, que muito me inspira quando estou em teus braços. De mãos dadas vamos sentir a presença e a manifestação da "Divindade" tocando delicadamente a nossa "Essência". Contudo, vou seguir os caminhos da irmã Natureza, sem rancor pessoal, sem vingança ou algo parecido. Nesse ano que se inicia quero consolidar o "respeito" ao "amor" que tenho. Em sintonia com o "Ser Universal".               

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