15 de julho de 2020

EDUCAÇÃO COMO MEIO DE TRANSFORMAÇÃO

Em nosso país ninguém duvida da necessidade e da urgência de rever a nossa educação, enquanto instrumento de transformação de um povo. Dentre as muitas carências existentes no contexto nacional, a educação está entre as primeiras necessidades sociais. São milhões de brasileiros que sobrevivem abaixo da linha de pobreza. Um país economicamente rico, com um povo pobre e basicamente analfabeto. Nesta circunstância triste e cruel, será preciso pensar num projeto educacional sério, efetivo que demonstre resultados. Todavia, não basta dar escola para todos, será preciso, isto sim, pensar em desenvolver no interior das escolas publicas, um ensino de qualidade que vá eliminando, gradativamente, a velha dualidade da educação publica e privada. Precisa-se de uma escola que possa ser frequentada por todos. Pobres e ricos sem qualquer distinção de raça, cor, religião ou sexo, como estabelece a Constituição Federativa Brasileira.

Em que consiste a educação hoje? Que modalidade ou aspecto dela é mais interessante? Quem realiza a educação como um processo? Quais são as metas ou fins a que se propõe a educação? A educação não é algo que se possa fazer de fora para dentro da pessoa, como uma imposição. Não é um construir sistemático e científico a priori de um grupo de políticos, ou seja, politiqueiros metidos a entender do assunto educação, que propõe algo como roupa feita, sem provar antes, pronta para ser usada. A educação é uma realidade vital e condicionada por circunstâncias concretas e chamada a superá-la a partir da própria situação em que se encontra o sujeito da educação. No caso aqui exposto, o sujeito é o aluno. A pergunta correta a se fazer é a seguinte: “A escola da resposta as necessidades presentes?” “Nosso sistema educativo continua sendo para o aluno um sistema educativo que o atrai?”

A educação é normalmente considerada nos diferentes países, como uma das prioridades a ser atendida nos planos dos governantes como principal necessidade social. Mas, esse mesmo pressuposto assinalado acima não demonstra nem de longe a importância de rever e melhorar o modelo educacional que ai está. De modo que, deixa tranquila algumas consciências e muito intranquila outras, como dos profissionais da educação. Que estão completamente perdidos e abandonados. Só o governo não sabe que a educação é um tema atual, mas, ainda não civilizado e muito menos assimilado por ele. Um dizer de todos, mas, um fazer de poucos. Uma preocupação da maioria que estão no poder, e um grande desafio que é enfrentado primordialmente, por um grupo de educadores sérios e comprometidos com o sistema de ensino, lutando para que um pequeno grupo de alunos que realmente estão interessados no processo de aprendizagem. Tarefa nem um pouco fácil para esse grupo de seres humanos, que dão suas vidas para que a educação permaneça viva no seu leito quase terminal.

Portanto, visivelmente Milton Ribeiro, o novo Ministro da Educação, está sendo nomeado pela sua condição religiosa. Se fosse pelo currículo, há uma legião de educadores por aí com currículo, até melhor que o dele. Educação não é lugar para se cuidar de religião. Lugar para se cuidar de religião é na igreja. Considerando que religião e estado estão separados desde a República. Obviamente, de novo, tem tudo para dar errado. O problema é que a informação já chega torta. O novo ministro, não passa de um aceno do governo à bancada evangélica. Está na hora de começarmos a nivelar por baixo se desejamos um dia ser de fato grandes em matéria de educação e conhecimento. Se quisermos ser um povo civilizado, primeiro temos que ser educados.   

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