31 de maio de 2018

CONECTAR NO TANTRA PARA UMA VIDA PLENA

Com a correria do dia a dia e muito do nosso esforço e energia consumida com trabalho e outras responsabilidade, esquecemo-nos de nós, das nossas carências afetivas. Achamos desnecessário e custoso, ficamos na espera que as coisas se resolvam por si só. Todavia, deixamos de lado e perdemos um tempo precioso de aprofundar nosso conhecimento sobre a nossa sexualidade e compreender nossas emoções e melhorar nossas relações interpessoais e afetivas. Investimos tempo e dinheiro em coisas materiais e supérfluas, esquecemo-nos do espiritual como se nossa essência não fosse importante.

Há um enorme preconceito e desconhecimento sobre o quanto é possível aprender, evoluir e aperfeiçoar nossa forma de se relacionar afetiva e sexualmente. As pessoas têm medo de conversar, quando o assunto é amor e sexo. São poucos os que investem afetivamente em coisas do coração, principalmente, quando isso está relacionado com amor e sexo. Há uma tendência em falar mal do amor que sentem e condenar o sexo por falta de conhecimento da própria sexualidade. Ao praticar o Tantra, a pessoa vai aprender como melhorar e apropriar-se de forma mais produtiva e afetiva da sua energia sexual. Tantra é uma palavra sânscrito: “Tan”, que significa expansão e “Tra”, libertação. De modo que, essa filosofia Hindu, tem como principio resgatar a sexualidade e a naturalidade do seu corpo através do prazer, do toque e da sensibilidade que nele ira despertar no momento do encontro amoroso.

No entanto, a grande dificuldade em conseguir se conectar com o prazer e o corpo, está associado a conceitos sobre o que é certo e o que é errado, quanto ao que se pode experimentar em relação à sexualidade. O medo faz com que as pessoas mergulhem a cara no trabalho e ocupações diversas, com isso enterra todas as possibilidades de sentir prazer no corpo, que é o nosso passaporte para uma vida plena. A pessoa não consegue ver o corpo como extensão do seu “Ser”. Vive com medo de assumir a própria sexualidade e viver com medo é viver pela metade. Até mesmo o encontro amoroso fica comprometido. Ambos vão percebendo com o tempo, que está faltando algo a mais para se chegar ao ponto elevado do ápice das carícias e do contato íntimo. A desconexão torna-se evidente pelo simples fato de não sentirem essa intimidade um com o outro. As pessoas na sua maioria vivem uma relação sexual primaria, monótona e primitiva de péssima qualidade sem nenhum comprometimento um com o outro. Vale lembrar, que praticar sexo é uma escolha e ter prazer é uma possibilidade.

Portanto, ao conectar com o Tantra, o individuo sofrerá uma mudança de comportamento. O sexo não deve permanecer sexo, será transformado em amor, assim como o amor não deve permanecer amor, mas transformado em luz, ou seja, uma experiência imediata com a divindade, no ultimo e supremo cume místico. Contudo, nesse momento fica só o ato e desaparecem os atores. Ao amar seja o amor. Não é o seu amor, não é o meu amor, não é o amor de alguém mais. É simplesmente o amor que tomou conta da essência humana. Porém, quando você não está ali é porque está nas mãos da “fonte”, da corrente “Suprema”, desapareceu e tornou-se apenas energia irradiando “luz” ao “Ser”. Quando sua mente é sexo você explora o outro. Quando você ama, o outro se torna único e ímpar na sua vida. Quando você se entrega completamente neste amor, esquecendo-se de si, a pessoa amada desaparece e, se nesse momento houver somente o amor fluindo, então “Shiva” diz: “a vida eterna é sua”. É nesta hora o tempo desaparece. Como dizia sabiamente o poeta: “Que não seja imortal posto o que é chamas, mas, que seja infinito enquanto dure”.

(“Shiva” é um dos deuses supremos do hinduísmo, conhecido também como o destruidor e regenerador da energia vital; significa o “benéfico”, aquele que faz o bem)

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