14 de abril de 2016

A REALIDADE SUPERA A FICÇÃO NA POLÍTICA

É difícil de acreditar no que estamos assistindo na política brasileira em pleno século XXI. Estamos todos a assistir uma luta pelo poder, ou seja, uma luta de classe política, todos agarrados como um bando de macacos numa penca de banana. De certo modo, o discurso que vem aumentando a cada semana é que não deve ficar nem a presidente e nem o seu vice no poder. Vamos raciocinar um pouco, usando a lógica. Se todos são corruptos em Brasília, por que fazer o impeachment só de um presidente? Neste caso, como ficam os outros dois presidentes, no congresso e no senado? O que assistimo é um atacando o outro. Isto não é luta de classe, ou seja, disputa pelo poder? A conversa batida sem muito efeito da presidente é: o que culminou no golpe foi o juiz deixar vazar as informações sobre os supostos envolvidos. É evidente que não foi isso.

O que está gerando golpe é o aparecimento de algumas verdades. E isto incomoda muito o governo. Dizer que esse mal estar no congresso está atrapalhando o bom andamento da presidente, é remendar uma situação em detrimento de outra. De modo, que tudo isso não passa de uma mentira. Porque a inclusão social que o governo implantou está virando fumaça. As pessoas estão na miséria, e agora pior, estão voltando a morar na favela. O que estamos assistindo é uma subversão de valores morais de tudo que era moral. Uma briga de poder onde todas as bases estão usando o mesmo argumento. Uma briga de poder muito forte. Como dizia o bordão: “o povo que se exploda”, na caricatura do personagem político Justo Veríssimo que odiava pobre. Vivido pelo saudoso Chico Anysio, entre outros tantos personagens político, que encaixa perfeitamente no momento atual. A realidade superando a ficção criada pelo nosso saudoso humorista. É quase uma profecia política.

Todavia, o Palácio do Planalto, é o lugar onde se governa o país, e que virou palanque de comício e promoção do ego de alguns, isso é quase uma improbidade administrativa. Jogo de poder. E os fatos vão se sucedendo e vão atropelando a política. Este processo político está totalmente politizado de todos os lados. Até parece que é uma vocação da democracia politizar tudo. Quando o povo chega a esse ponto por culpa do governo, estão todos mergulhados numa crise de representação, nesse sentido, a politização é total. O que fazem os presidentes em Brasília? Absolutamente nada! Alguma coisa sim! Fazem fofocas um do outro.

Está patente que existe abuso de poder. Não saberia precisar se isto é crime de responsabilidade política ou quebra de decoro dos presidentes e parlamentares em exercício. Mas, do ponto de vista ético posso dizer que todos estão encrencados, pelo menos diante da opinião publica. Exatamente porque há um conflito de interesses. Nesse sentido, estão usando um espaço que não deveria, para fazer suas campanhas políticas em benefício do seu ego. E o povo como fica? É uma discussão específica. O papel do deputado nestes casos não é dizer com quem está a verdade. Seu papel é explorar através de argumentos e chegar à veracidade dos fatos. Digo mais, explorar com maestria e dignidade. É sair da obscuridade e se revelar um profundo pesquisador político, com bons argumentos que vai prevalecer perante a opinião publica. E não essa vergonha e descaramento nacional que assistimos. Somos povo, mas, não somos burro. Com todo respeito que tenho pelo animal, mas, senhores deputados, ficam espertos nos seus currais, que seu tempo está terminando.

Curiosamente o presidente da câmara dos deputados em Brasília, tentou barrar os depoimentos ao pedir a impugnação de oito testemunhas de acusação. A defesa dele até recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas o pedido foi negado pela ministra do Supremo. Este episódio causou um mal estar dentro do Conselho de Ética. Houve reclamação do presidente da casa, pelas manobras política do deputado da câmara. Parece que nada abala esse homem, tamanho o cinismo. Se ele vier a ser presidente da republica, será uma situação kafkiana. Acho que nem Franz Kafka (1883-1924) imaginou uma situação desta na política. O cara é um gênio do mal, pois, com toda a comprovação documental contra ele, que é beneficiário de milhões de dólares no exterior, que nunca declarou esse dinheiro, mesmo assim, continua presidindo a câmara dos deputados.

A minha pergunta é a seguinte: Até quando a justiça vai tolerar esse comportamento? Há um pedido do procurador geral da justiça, solicitando seu afastamento. Há uma denuncia oferecida contra ele. É um escárnio continuar essa situação, típico de um fisiologismo clássico. No entanto, este presidente que desempenha dentro desse Circo que é a câmara dos deputados em Brasília, um papel importante desde o ano passado (2015). Paira nesse congresso um clima de tensão e desconforto. Muito parecido com uma panela de pressão pronta para explodir. Acredito que ele deve ter uma malha de poder constituída internamente, que se ele cair arrasta mais gente junto. É importante pontuar que a política tem figuras como esse e que faz parte do seu universo político todo tipo de manobra e safadeza. Belo exemplo esses canalhas estão dando para o país e seu povo. 

Portanto, quando uma sociedade perde suas referências morais, tanto no campo da política, como no campo religioso, a intolerância assume o lugar da Ética. Nós povo, estamos sendo enganados, estamos todos sendo acachapados pelos nossos representantes políticos. Mas, cada povo tem o governo que merece. Só depende de nós aceitarmos ou não. Essa corja foi colocada lá por nós. Em vez das pessoas assumirem esse protagonismo de torcida de futebol, um atacando o outro porque pensa diferente. Ainda tem aqueles mais ignorantes, que vão para as redes sociais atacar outros grupos, como se fossem rivais. O imbecil não percebe que estamos todos no mesmo barco, só falta afundar. Ninguém pergunta: o que os canalhas do congresso estão fazendo conosco? Os malandros do picadeiro de Brasília estão se divertindo com a nossa cara de palhaço. Contudo, o idiota ainda vai para as redes sociais encher o saco daquele que pensa. Esquece que somos todos brasileiros. Será que ninguém acredita que estamos todos ferrados? Por que não perguntamos nas redes sociais, como vamos sair dessa? A Arca de Noé não afunda só para aqueles que governam, junto com eles vai toda uma geração de brasileiros. A primeira lei da natureza é a tolerância, já que temos uma porção de erros e fraquezas. Enfim, não quero fome e nem desemprego. Quero mais é educação. 

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