29 de dezembro de 2015

OS MISERÁVEIS - VICTOR HUGO

O livro: “Os Miseráveis” de Victor Hugo (1802-1885), foi escrito em 1862 é uma narração de caráter social em que o misticismo, a fantasia e a denúncia das injustiças formam uma trama complexa, onde descreve vividamente, ao tempo de condenação, a injustiça social da França do século XIX. O livro conta a história de um criminoso que sai da prisão cheio de raiva. O romance é muito comovente e emocionante. Pois narra a triste história de Jean Valjean, um homem muito pobre que para salvar a família da fome é forçado a roubar um simples pão. Desde então é condenado e preso pela polícia.

Porém, quando está terminando de cumprir a pena ele foge e acaba sendo condenado novamente. Fez isso algumas vezes e infelizmente passou 19 anos preso por ter roubado apenas um pão. Ao ganhar a liberdade ele sai na cidade à procura de um lugar para dormir e se alimentar. Entretanto, é expulso de todas as hospedarias, pois os donos o consideravam como um dos piores bandidos já existentes. Para o autor, o mundo é o terreno onde se defrontam os mitos: “o bem e o mal, a bondade e a crueldade”.

Entretanto, após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados, Jean Valjean, com frio e fome ele bate à porta da casa de um Bispo é acolhido com dedicação, por mais que o Bispo soubesse de quem se tratava, mesmo assim, lhe dá comida e abrigo. No entanto, esse Bispo só tem uma riqueza na vida que são seus dois “castiçais de prata”. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba um dos castiçais e agride o seu benfeitor. Ele sai sem que o Bispo o perceba. Quando ele está saindo da cidade a policia o aborda e começa a revistar sua bolsa e encontra o castiçal e pergunta: onde ele arranjou aquele castiçal. Prontamente ele diz: foi o Bispo que me deu. A policia desconfia e o leva até a casa do Bispo, para confirmar essa história.

Chegando lá para a surpresa de todos inclusive do criminoso, o Bispo confirma que realmente deu o castiçal. O Bispo salva-o alegando que o castiçal de prata foi um presente e nessa altura dá-lhe o outro castiçal, repreendendo-o por ter saído com tanta pressa que se esqueceu de levar essas peças mais valiosas. Após esta demonstração de bondade, o Bispo o “lembra-se da promessa (que Valjean não tem nenhuma lembrança de ter feito), de usar a prata para tornar-se um homem honesto”.

Portanto, vale lembrar que a maioria dos seres humanos não é como esse Bispo. Mas, o Jean Valjean, quando ficou sozinho analisou esse gesto de generosidade do Bispo. De repente como um milagre, ele é tocado por aquelas palavras do Bispo e a partir daí ele se torna uma pessoa bem melhor. Tornou-se um empresário bem sucedido, dono de uma fábrica e um homem respeitado pela sua bondade, caridade e generosidade. Contudo, este gesto extremamente nobre do religioso, devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido. 

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