24 de dezembro de 2015

JESUS: O FILÓSOFO DO AMOR

Apesar de todo avanço científico e tecnológico alcançado no mundo contemporâneo, hoje assistimos a mecanização do homem e a espiritualização das máquinas. Estamos perdendo o verdadeiro sentido da vida, esquecemos-nos do verdadeiro significado do Natal. Este homem chamado Jesus que nasceu a mais de dois mil anos, deve estar preocupado com o mundo em que viveu. Apesar da sua imensa sabedoria, não deve estar entendendo o que está acontecendo conosco. Ele não está entendo, por exemplo: como é que as pessoas se cumprimentam de coração aberto e com um sorriso nos lábios e que passado pelo encantamento do Natal, estão prontos para começar a guerra novamente, contra tudo e contra todos. Vivemos num mundo completamente desprovido de generosidade, condescendência, afeto e compaixão pelo nosso semelhante.

Jesus que nasceu no ano zero da nossa história, não pode entender porque o Natal funciona apenas como uma trégua, onde as pessoas trocam presentes sem nenhum significado espiritual, apenas para nutrir o ego um do outro e aquecer o capitalismo. Muito comum nesta época do ano às mesas fartas, sobrando comida, quando na verdade, um terço da população no mundo morre de fome. Vivemos uma imensa desigualdade social, sem falar das discórdias familiares e sociais. Esquecemos que o destino une e separa pessoas que amamos, mas mesmo ele sendo tão cruel, é incapaz de fazer com que nos esquecemos de pessoas que por algum momento nos fizeram felizes. A guerra que travamos todos os dias contra o nosso semelhante não tem o menor sentido. Desqualificamos o lado divino do ser humano ensinado por Jesus. Ele que viveu entre nós e é o símbolo da nossa esperança, ainda não perdeu a própria esperança nos seus filhos. A esperança de que um dia o ser humano perceba que a trégua é o certo e o normal e que a guerra é um grande equívoco.

Por conseguinte, Jesus nos ensinou a amar o próximo como um roteiro de vida feliz e fraterna. Cada pessoa é a linguagem de Deus. Aprendi que o amor é aquele companheiro que gosta de conversar. Ame sempre o seu semelhante. Demonstre gestos de respeito e gentileza. Seja justo e não julgue o outro pelas suas fraquezas ou porque ele é diferente. Pense muito sobre suas ações. Procure sentir o que realmente sente pela vida. Não se deixe perturbar pelo amor que sente por alguém, pois somos um ser de amor. Meditar muito sobre esse sentimento, meditar sobre suas inclinações e possibilidades de ser feliz no amor. Procure fazer o mais que puder por esse amor. Contudo, aperfeiçoar-se neste projeto de vida, para quando fechar o ciclo aqui na terra possa devolver a Deus, esse dom de amar que um dia Ele estampou em nós quando aqui chegamos. Só espero estar certo no que penso e sinto. Quero um mundo melhor e mais humano para todos nós.

Portanto, o que vale pena é não ser inimigo de ninguém. Se alguém não gosta de você o problema é dele. Mas quando você não gosta de alguém o problema é seu. Faça o que quiser, vai se arrepender de qualquer maneira. Quero citar o educador negro Burger Ferrater Washington que diz: “não permitirei que ninguém me degrade a ponto de me obrigar a odiá-lo”. Seja qual for à circunstância o amor é o sublime elixir da plenitude. Como disse Jesus: “amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. O importante é amar, não importa se não é amado. Quando se vive na plenitude do amor a gente se cuida e se prepara para uma vida feliz. Somente quando se ama é capaz de perdoar, porque percebemos as dificuldades que existe para abandonar nossas imperfeições. Enfim, tornar-se a tolerância, a compreensão e a fraternidade o referencial do amor. Para o filósofo o amor é a alma da vida, o oxigênio que nos mantém vivo. 

Um comentário:

  1. Eduardo Morais !Esse texto é muito profundo ...Pena que a humanidade não entendeu o amor que ele transmitiu, porque se entendesse ,seria um mundo diferente .Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo !Isso diz tudo !

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