9 de abril de 2021

A METÁFORA DO JARRO REVELA NOSSA HUMANIDADE

Cada pessoa é única e especial, só depende de abrirmos nosso coração. Minha saudosa mãezinha Dona Lazinha (1904-2010), adorava contar uma história sobre uma senhora idosa. Esta senhora idosa, moradora antiga de Rubião Junior, distrito de Botucatu - SP, possuía dois grandes jarros, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas. Um dos jarros era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da mina d’água até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio. Por longo tempo, a coisa foi em frente assim mesmo, com a senhora que chegava a casa com somente um jarro e meio de água. Naturalmente o jarro perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre jarro rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.

Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser rachado, o jarro falou com a senhora durante o caminho: “Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa”. A senhorinha sorriu: “Você reparou que lindas flores têm somente do teu lado do caminhoEu sempre soube do teu defeito e, portanto, plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu as regavasPor dois anos pude recolher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria tido aquelas maravilhas na minha casa”.

Portanto, temos que nos tornar mais confiantes com o nosso próprio nível de discernimento e acreditar mais em nós mesmos. Cada um de nós tem o próprio defeito. Mas o defeito que cada um de nós temos, é que faz com que nossa convivência seja interessante e gratificante. É preciso aceitar cada um pelo que é, e descobrir o que tem de bom nele. Assim começamos a viver com mais honra e com mais respeito uns pelos outros. Somos todos humanos e a lógica é dominar o animal dentro de cada um. O animal ainda não aprendeu a se unir com seu aspecto divino. O animal que nos habita, está cheio de medo. Temos que decidir conquistar o animal, para que ele não se expresse mais com seus medos. Mas para que o divino se expresse com amor e atitudes cooperativas. Assim teremos um novo mundo. Contudo, compreender e entender o outro são sinônimos de humildade e compaixão. Sobretudo, por ser o amor à essência da alma e da vida.

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