5 de setembro de 2020

CONTINUA A CORRUPÇÃO E A DESTRUIÇÃO DO BRASIL

Acabei de ler um livro sobre como combater a corrupção sem destruir o país. O livro: “O Espetáculo da Corrupção”, cujo autor é o advogado e filósofo Walfrido Warde, que faz uma radiografia sobre os efeitos devastadores dos crimes de colarinho branco no Brasil e analisa os equívocos do sistema criado para enfrentar a roubalheira. Ele explica que não precisamos destruir o capitalismo brasileiro para combater a corrupção, não precisamos destruir as empresas para punir os empresários corruptos e tampouco precisamos destruir a política para prender os políticos corruptos.

De modo que é uma obra para corajosos: ao mesmo tempo contra a imoralidade e contra o moralismo barato. Nos últimos anos, a Lava Jato, segundo o autor, ruiu os pilares de uma política brasileira repleta de gangues, conchavos e relações pútridas com as principais e mais importantes organizações empresariais brasileiras, muitas delas com enorme capacidade de corromper agentes públicos. Na sua conclusão, parece um bom resultado, mas está longe disso. A Lava Jato e seus protagonistas acusaram, processaram e mandaram prender maus políticos e maus empresários, mas também arruinaram grandes empresas e, com isso, enfraqueceram mercados fundamentais para a economia brasileira.

Como ele afirma, “era ruim com as organizações empresariais criminosas. Ficou pior sem elas.” O livro aponta a direção para duas frentes. De um lado, mostra o quanto a corrupção deve ser combatida, pois é imoral e gera ineficiência e pobreza, ainda que não impeça o crescimento econômico. O modo que o Brasil escolheu para combater corrupção, porém, arrasou setores inteiros da economia – sem acabar com o problema.

Portanto, mais do que propor uma crítica à Lava Jato, Walfrido Warde apresenta soluções para que o processo de combate à corrupção se aperfeiçoe e possa superar os terríveis efeitos colaterais que produzEste livro: O Espetáculo da Corrupção é, portanto, uma expressão patriótica em prol da democracia, da justiça social, da dignidade e do desenvolvimento econômico e humano do Brasil.

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