17 de setembro de 2020

CADA UM É SUA CÓPIA E SUA ESSÊNCIA

Segundo o filósofo grego Platão (427-347 a.C.), acreditava que o mundo que conhecemos não é o verdadeiro. Para ele a realidade não está no que podemos ver, tocar, ouvir e perceber. A verdade para Platão, é o que não se modifica nunca, o que é permanente, eterno, sempre será, por estar numa dimensão espiritual onde só a razão pode tocar. Contudo, podemos afirmar que o amor é dos deuses. Quando se ama é na essência que o amor se faz encarnado.

Entretanto, para o filósofo pré-socrático Parmênides (530-460 a.C.), desde o nascimento até a morte somos únicos na essência. Mas como encontrar essa verdade? Platão argumenta que existe dois mundo: o primeiro é aquele que podemos perceber ao nosso redor, com os nossos cinco sentidos, que ele chama o mundo das aparências. Outro é o mundo das idéias, onde tudo é perfeito e imutável. Não podemos tocá-lo, porque ele não é concreto. Só o pensamento pode atingir essas ideias. Para entender melhor, precisamos conhecer a história que Platão criou para explicar a evolução do processo do conhecimento em: “O Mito da Caverna”.

Portanto, Platão acreditava que para atingir a verdade e o bem, precisamos nos libertar da sedução dos sentidos. O prazer de olhar e desejar, o prazer de comprar. Hoje com a modernidade liquida estudada por Zygmunt Bauman (1925-2017), ao entrarmos num Shopping Center, podemos ficar hipnotizado pelas vitrines, pelas pessoas bonitas, que tem poder e status, ou por aqueles doces gostosos que tanto apreciamos. Na verdade, noventa e nove por cento do que existe nos Shopping não precisamos. Mas mesmo assim compramos, porque o consumo virou um suporte do exercício de poder. Se compro é porque posso, estou afirmando o meu poder perante o social.

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