22 de setembro de 2020

AS ÁRVORES SEMPRE ME ATRAÍRAM

Em homenagem ao dia da árvore (21/09), aproveito para falar um pouco da minha relação com essas plantinhas. Aprendi que proteger a árvore é valorizar a vida. Posso dizer que minha infância foi de muitas aventuras, pois nasci e cresci entre meio a natureza no quintal de casa, em íntima relação com as árvores frutíferas e dividindo as frutas com os passarinhos. A minha memória de criança feliz, porém sofrida, não poderia deixar de estar repleta de experiências gostosas as sombras de tantas árvores, entre elas algumas frutíferas. Como as mangueiras e jabuticabeiras. Por exemplo: chupar mangas e jabuticabas no pé, era a minha maior alegria, além dos balanços e as sombras paradisíacas.

Lembro-me como se fosse hoje, parecia que as árvores realmente precisavam das crianças, quando na verdade, elas realmente precisavam da nossa proteção sim. A primeira árvore que plantei na minha vida, foi no dia 21 de setembro de 1959, quanto eu contava com apenas 8 anos, sob o olhar e a orientação de Dona “Maria Dallaqua Borgatto” (in-memoriam), funcionária e nossa orientadora nos cuidados com as plantinhas do Grupo Escolar Prof. Gustavo Dias de Assunção, em Rubião Junior distrito de Botucatu SP, onde passei toda a minha infância e parte da juventude. Talvez é por isso que as árvores sempre me atraíram.

De modo que, fui marcado por um gosto especial pelas sombras das árvores, com frondes arredondadas, a variedade do seu verde, a sombra aconchegante, o cheiro das flores, os frutos, a ondulação dos galhos, mais intensa ou menos intensa em função da sua resistência ao vento. As boas vindas que suas sombras sempre nos davam, inclusive aos passarinhos de todas as cores e cantadores. Havia bichos de todas as espécies que visitavam e repousavam sobre suas sombras, assim como nos galhos.

Portanto, todos os anos o meu contado com o inverno lá em Rubião, a caminho da escola Prof. Gustavo Dias de Assunção, era marcado por manhãs de céu azul, de sol manso e de frio intenso, caminhando através das árvores nas trilhas, procurando o lado banhado pelo sol, de lábios ressecados de frio. Carregando um embornal de pano, levando ali um caderno, lápis, caneta e o lanche de pão com ovo. Além de levar uma coisa muito importante. O que toda criança leva para a escola é: “esperança” e “sonhos”. Porém, cabe a nós professores permitir que a criança continue a sonhar. Contudo, a árvore plantada por mim, no dia 21 de setembro de 1959. Na minha memória isso tem um significado de um sonho realizado, que as palavras não explicam. 

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