21 de setembro de 2021

O AMOR POTENCIALIZA O DESABROCHAR PARA A VIDA

A flor simboliza a vida, que traz esperança e potencializa o amor que em nós desabrocha para o milagre da vida. Por outro lado, considerando que toda a mulher pode ser comparada a uma flor e que desta flor brota o amor que transforma em frutos e que ao amadurecer ele cai e após passar por um período, vem à semente da qual vai brotar outra árvore com novas flores e frutos.

No entanto, o ciclo se perpetua e a vida segue seu curso naturalmente. A natureza detesta a igualdade, cada flor no campo é diferente e única, não existem duas rosas iguais, mesmo entre as de uma mesma variedade. No amor também funciona assim, ele surge como único. Quando descobrimos o amor, aceitamos esse desafio de caminhar de mãos dadas, absolutamente tomados por esse impulso de vida. Agora somos “Eu e Tu”, juntos sofremos e juntos existimos, pela força dessa atração vital, recriaremos um ao outro. Até que a morte nos encontre e desfaça tudo.      

Amar não consiste em sentir que se ama, mas em querer amar. Sobretudo, porque fazemos parte da mesma natureza humana, por isso alimentamo-nos do mesmo sentimento chamado amor. É o prazer de um espírito que penetra na natureza, nela adivinhando o espírito que a anima. A natureza é sábia e nela encontra-se o espírito do amor encarnado.

Porém, neste universo natural surge esse sentimento como uma proposta de comunhão. É o amor brotando como a força de uma flor, tão intenso que cada qual participa da vida um do outro, como o espírito que anima a própria natureza. Qualquer separação dessa força que brota no interior de cada pessoa, representa um dilaceramento de vidas.

Entretanto, esse amor que potencializa vem da força do espírito que move a natureza. Por ser o amor autêntico, criador e inventivo, ele vivifica além de libertar das indiferenças que nos extermina sem piedade. O amor é um projeto que se abre ao infinito do outro, que nos faz sentir-se renovados, a ponto de causar prazer íntimo ao outro e a nós mesmo no cumprimento de nossas possibilidades mutuas, na serenidade e na luta por um “viver juntos”.

Como a flor que enfeita e embeleza a natureza, cabe a nós a preocupação ativa pela vida e crescimento daquilo que amamos. É muito difícil respeitar uma pessoa que sempre enganamos e amar alguém que não respeitamos. O amor não convive com falta de respeito e nem acusações que o desabone. Todavia, se uma pessoa nos diz que ama as flores e vemos que ela se esqueceu de regá-las, não acreditamos em seu amor pelas flores.

Segundo o pai da psicanálise Sigmund Freud (1856-1939), argumenta que uma paciente sua sonha com um arranjo de flores, misturando violeta com lírios e cravos. Na linguagem da psicanálise, os lírios representam a “pureza”, os cravos o “desejo carnal” e por ultimo, não menos importante, as violetas como a necessidade inconsciente da mulher de ser “violentada” pelo seu homem.

Seria isso mesmo? Sabemos que numa relação sexual envolve certo sadomasoquismo. Pois a propósito, aqui trocaremos a mulher violentada, por estimulada pelo seu homem na busca do amor romântico. Tendo em vista, que o homem se prende aos estímulos físicos e a mulher aos estímulos românticos. Estabelecida essa junção a potencia amor se encarna. Agora existem duas almas em pleno êxtase.

Portanto, a coisa mais humana e sincera que temos que fazer em vida é aprender a dizer nossas convicções e sentimentos honestos e a viver com as consequências. Essa é a primeira exigência do amor e nos torna vulneráveis as outras pessoas que podem nos ridicularizar. Mas nossa vulnerabilidade é a única coisa que podemos dar ao outro. Contudo, nós mesmos seremos amados por pouco tempo e depois esquecidos. Mas o amor terá sido suficiente. Existe uma terra da “vida e uma terra da “morte e a ponte é o “amor, a nossa única sobrevivência, o nosso único significado existencial.   


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