18 de julho de 2021

O MAIS DIFÍCIL É AMAR O TEU PRÓXIMO

Madre Teresa de Calcutá (1910-1997) ou Santa Teresa de Calcutá, foi uma religiosa e missionária católica de etnia albanesa naturalizada indiana, fundadora da congregação das Missionárias da Caridade, cujo carisma é o serviço aos mais pobres dos pobres por meio da vivência do Evangelho de Jesus Cristo. Ela dizia algo que vale pensar: “o difícil é amar o próximo, amar quem está longe é fácil”. Ficar tocado ou chocado porque pessoas estão sem socorro em alguns momentos. Ficar absolutamente entristecido, porque pessoas que são vitimadas por um acidente ou pela contaminação do covid-19, ou quem sabe por uma doença degenerativa, ou por fome. Isto importa e chama-se compaixão.

Mas, amar o próximo que é mais difícil, aquela pessoa que está a sua volta, na sua cidade, na sua convivência diária, ou seja, na sua circunstância. Por isso eu volto exatamente a essa ideia, parodiando Fernando Pessoa: “tudo vale a pensa se a alma não é pequena”. E uma alma se apequena quando ela fica restrita, guardada dentro de si. Em pleno 2021 estamos vivendo uma pandemia devastadora. Varias pessoas que nós conhecíamos e admirávamos, partiram, algumas o foram por conta do vírus e outros por outras doenças.

Certa vez eu li uma frase do escritor e jornalista Gilberto Dimenstein (1956-2020, vitima do covid-19), que nunca mais esqueci sobre o que é solidariedade. Ele dizia que na vida: “quando você vem andando com uma vela acesa nas mãos e encontra uma outra pessoa que vem com uma vela apagada nas mãos e você cede a chama com tua vela, ambos ficam mais iluminados”. Isto implica em solidariedade. Afinal, parte daquilo que é a partilhar, representa exatamente a nossa condição, de nós iluminarmos cada vez mais a nossa trajetória. É através do amor e do respeito que nos solidarizamos.

Portanto, a única saída para que a gente persista e vá buscar e acima de tudo, não perca a vitalidade que a esperança carrega é lembrada na frase do filósofo, poeta e escritor norte-americano Ralph Waldo Emerson (1803-1882): “torna-ti necessário a alguém”. Quando isso acontece dizemos que a vida fez sentido e estamos realizados, tem tudo a ver com nossas buscas. Ao tornarmo-nos necessário a alguém, dessa forma nossa vida irá fazer todo sentido. Como dizia o escritor francês e autor do Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry (1900-1944): “cada um é responsável por todos. Cada um é o único responsável. Cada um é o único responsável por todos”. Ou seja, tu és responsável por aquilo que cativas. Ele está sugerindo que a gente participe do cuidado da nossa vida e a vida de outras pessoas.   

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