22 de abril de 2020

A VIDA É BELA PARA QUEM A AMA

Amar a vida é saber conviver com os seres vivos. O pior modo de viver seria através da guerra. Ou bem ou mal, prezamos pela vida. Algumas vezes a guerra é inevitável. Mas, nunca é bom. Bom mesmo é viver em paz. Nada melhor que acordar olhar a manhã e dizer a si mesmo: “Não há nada a temer. A vida é bela”. Nada pior do que estar na vida como um pesadelo, a cada instante a morte nos observa, dando gargalhadas. O mais baixo dos sentimentos humanos é o ódio. Não cria nada. Não traz felicidade, mas desgraça. Matar o filho do outro não faz reviver o teu irmão. Apenas gera mais ódio e fúria, e mais luto em tua própria casa.

A inteligência existe para tornar o homem melhor. Para fazê-lo compreensivo e cordato. Para que se entenda com os outros homens. Com a inteligência distinguimos o justo do injusto. A inteligência nos ensina. Que todos os homens têm direito a seu chão, à sua pátria e à liberdade de governar a sua vida. Nenhuma força é capaz de apagar a injustiça e domar o injustiçado. O caminho da paz é o entendimento, jamais a imposição e o terror. Quem de fato desejaria um futuro de desgraças e morticínio? Só um idiota aceita isso.

Até parece que nos querem destruir. Tirando os nossos direitos. O homem sonha com um futuro de paz e felicidade, que não nasce da violência, mas do diálogo. Todos os que se odeiam e se matam, alegam razões para isso. E ninguém os convencerá do contrário. Só chegarão a um acordo, quando se sentarem à mesa e disserem: “Esqueçamos as ofensas passadas”.

Em 2003 algo parecido foi escrito por Ferreira Gullar (1930-2016), um dos maiores poetas brasileiros de todos os tempos, Ferreira Gullar morreu aos 86 anos, foi militante do Partido Comunista Brasileiro e, exilado pela ditadura militar, viveu na União Soviética, no Chile e na Argentina. Desiludiu-se do socialismo em todas as suas formas e morreu achando o capitalismo “invencível”.

Portanto, em dez mil anos de história nunca tivemos um ano de paz na terra, é um ódio espantoso, um querendo destruir o outro, de maneira sórdida e covarde. No aniversário de São Paulo no dia 25 de janeiro de 2009, Ferreira Gullar escreveu um artigo na Folha de São Paulo fazendo menção a Israel e Palestina que trazia como título: “As Razões do Ódio”. O texto mostrava dois estados, para dois povos que se odeiavam. Qual a relação existente com o Brasil de hoje e o texto em questão?   

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