30 de dezembro de 2019

A CONSCIÊNCIA DO MEU EXISTIR TORNA-ME DIGNO

Descobri que leva-se um certo tempo para construir a confiança e apenas segundos para destruí-las, e que posso fazer coisas em um instante, das quais me arrependo pelo resto da vida. Aprendi que a verdadeira amizade continua a crescer mesmo a longa distância. E o que importa não é o que se tem na vida, mas o que tenho da vida. E que os bons amigos são como a família que posso escolher. Aprendi que não tenho que mudar de amigos se compreender que os amigos mudam. Perceber que meu melhor amigo quando juntos posso fazer qualquer coisa, ou nada, mas, sobretudo terei bons momentos juntos. Descobri que essas pessoas queridas, são iluminadas e que prontamente sou tomado pelo seu brilho. Elas entram na vida da gente e deixam sinais, são como músicas. Como a sonoridade do vento no final de uma tarde. Amigos são como música, que foram compostas para serem ouvidas, sentidas, compreendidas e interpretadas, como uma melodia.

Descobri algumas vezes que a pessoa que você espera que o chute quando cai, é uma das pessoas que vai ajudá-lo a levantar-se. Aprendi que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tive e o que aprendi com esse conhecimento empírico, do que os aniversários celebrados. Aprendi que nunca  se deve dizer à uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes quanto essa  fala, já que ela poderia tornar-se uma tragédia, caso ela venha acreditar nisso.

Depois de muitos fracassos na vida, mudei minha perspectiva e maneira de pensar sobre o que é viver. Deixei para trás a esfera das realizações frustradas e entrei para o mundo fantástico e promissor da escrita, com sabedoria e dedicação vim a descobrir com a literatura a importância do conhecimento e da consciência do meu existir. Senti o corpo atingir o auge da minha força, que agora começa a perdê-la. É nesse momento que se identifica, não com o corpo que está começando um novo ciclo, mas, com a consciência da qual ele é um veículo. Contemplo esse corpo como a extensão do meu pensamento e sentimento. O corpo é como a lâmpada que leva a luz à minha alma. Sou a luz da qual o meu corpo é a lâmpada. Com ele transporto minha consciência para o infinito aonde só a alma acalça.   

Portanto, a metáfora do corpo como um veículo da consciência, quando identifico-me com essa consciência posso observar o meu corpo decair, como uma maquina depois de muito uso. Contudo, é algo que todos nós esperamos, e aos poucos vamos nos desintegrando. É nesse momento que a consciência reencontra a consciência cósmica. Por conseguinte, devemos sempre tratar com atenção e gentileza, as pessoas queridas que realmente amamos, proferindo palavras amorosas, pois pode ser que seja a última vez que a veremos. Ser humano não se descarta. Quem não consegue compreender um gesto, o valor de um silêncio, aquilo que nos faz falta para o nosso corpo e nossa alma. Assim como aquele bilhetinho carinhoso que postamos para alguém especial. Tampouco compreenderá o que é ser feliz. Deixe simplesmente se levar como um barco a vela em alto mar. O espírito que sopra esse barco lhe conduzirá ao encontro do outro, a chamada química ou lei da atração. É nesse encontro humano que carimbamos e selamos a nossa passagem pelo mundo. A natureza é sábia e por isso tem a sua lógica natural.

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