16 de março de 2019

O PROFESSOR REFÉM DO SISTEMA

Há uma necessidade urgente de mudanças na educação brasileira. Discute-se frequentemente a respeito do processo educativo. Existe aqueles que defendem os alunos, outros tantos o professor. Ainda existem aqueles favoráveis ao conteúdo. Acredita-se que no centro do processo educativo esteja um “projeto social”. A sociedade brasileira nesse sentido torna-se democrática e cidadã, fundamentada na igualdade entre os indivíduos e na formação ética pautada no respeito. Conforme o filósofo francês, Jean Jacques Rousseau (1712-1778), analisou as razões das desigualdades sociais. Segundo ele, argumentava: “o ser humano é naturalmente bom por natureza, mas ao conviver em sociedade ele se corrompe, gerando desigualdade, a tirania e escravidão”.

Por outro lado, o Ministério da Educação é quase que exclusivamente, uma obrigação para com a “instrução” e muito pouco de “educação”. Nem o governo nem as igrejas tratam seriamente a questão da educação, no sentido verdadeiro da palavra, educar e formar cidadãos. O governo interessa-se pela instrução técnica e a igreja limita-se à simples moralização. No entanto, não se observa avanço em nenhum dos seguimentos. A instrução e a moralização tornam o homem realmente melhor. Mas, não educa.

Segundo o filósofo, teólogo e educador Humberto Rohden (1893-1981), argumenta no seu livro: “Educação do Homem Integral”, que instrução torna o homem erudito, meio robotizado, só serve para si mesmo. A moralização torna o ser humano altruísta. A erudição e o altruísmo não são ensino verdadeiro, porque não educa. Pois, não passam de condicionamento psíquico. Altruísmo é uma forma de egoísmo sublimado, aquele que espera recompensa após a morte. A erudição torna o homem técnico e conteudista. O homem realmente educado é bom, ele não espera recompensa por ser bom, nem no presente e nem mesmo após a morte, como prega as religiões de dominação cristã.

Portanto, o governo e a igreja tiveram sua culpa por omissão. Limitaram-se aos fatos, não se interessaram pelos valores. Estudos revelam que sem os valores humanos e espirituais, não há educação integral como: “amor, respeito, justiça e honestidade, que são valores primordiais para a criação da consciência crítica, e não simples descobertas da ciência, nem altruísmo moral. Segundo o físico teórico e filósofo alemão Albert Einstein (1879-1955) argumentava que: “o homem de ciência, descobre os fatos da natureza, mas o homem de consciência realiza valores dentro de si mesmo”. Contudo, o nosso professor continua refém do sistema, por incompetência dos governantes.   

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