20 de dezembro de 2018

DAS APARÊNCIAS ÀS IDEIAS PERFEITAS

Quando falamos das aparências e do mundo das ideias perfeitas, nos remetemos a Platão (427-347 a.C.). Platão foi um filósofo grego da antiguidade, considerado um dos principais pensadores da história da filosofia. Ele pertencia a uma das mais nobres famílias ateniense. Elaborou a teoria das ideias, pela qual procurou explicar o processo do conhecimento como a passagem do mundo das sombras, das aparências, ou seja, o nosso mundo sensível, dos sentidos, ao mundo das ideias e essências. Esse lado espiritual que temos. No mundo das aparências os objetos sensíveis geram as opiniões. De modo que, o conhecimento é formado no mundo racional das ideias, onde o ser é absoluto, eterno e imutável. Portanto, somos corpo e alma. Há uma centelha divina em cada um de nós.

O Mito da Caverna ilustra bem essa teoria platônica do processo desenvolvido pelo conhecimento humano. Na política, Platão imaginou uma sociedade ideal, governada por Reis e Filósofos. Pessoas libertas da caverna das ilusões e com o mais alto conhecimento do mundo das ideias. Para Platão, essas impressões sensíveis são responsáveis pela “opinião”, em grego = “doxa”, que temos da realidade. Entretanto, o conhecimento para ser autêntico, deve ultrapassar a esfera das impressões sensoriais, isto é, dos sentidos, da opinião e penetrar na esfera racional da sabedoria, ou seja, no mundo das ideias. De modo que a filosofia platônica, não tem as opiniões como base, somente os fatos.

Portanto, para atingir esse mundo, o homem não pode ter apenas “amor às opiniões” (filodoxia) precisa possuir um “amor ao saber” (filosofia). Sendo assim, chegamos à conclusão de que as opiniões se formam no mundo apresentado pelos sentidos, enquanto que o conhecimento pertence ao mundo eterno, isto é, ao mundo das ideias inatas. A opinião por exemplo; gera preconceito além de tratar de coisas do mundo das sombras, das aparências. No mundo das ideias, segundo Platão é que mora a justiça, a bondade, a coragem, a sabedoria e a serenidade. Contudo, praticar filosofia significa explorar o seu universo interior. Vale lembrar, que a gênese da filosofia é antes de tudo discutir a vida.

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