15 de fevereiro de 2018

RESPIRAÇÃO E ANGÚSTIA TEM TUDO A VER

Claramente cidadãos de uma grande cidade, são submetidos a situações que podem levar ao estresse, angústia e ansiedade. O transito tumultuado, o corre e corre dos que não podem se atrasar. As metas e competições no trabalho, o medo do desemprego. Tudo isso sem falar na própria modernidade, que trouxe facilidade sim, mas que acabou acelerando ainda mais o ritmo de vida das pessoas. Neste tumulto diário como é possível encontrar paz?

O que dizia o mestre Buda? Segundo ele pregava, que o caminho mais direto, não necessariamente o mais simples, para encontrar a paz interior ou a iluminação, é estar presente à própria respiração. O conselho é tão simples, que é difícil de levar a sério. Como assim? Quer dizer que se eu perceber a minha respiração fico em paz? Fica! O problema é ficar presente a ela o tempo todo. Porque a respiração é o nosso automatismo mais antigo. A primeira coisa que a gente faz quando nasce é respirar.

A respiração é a única função vegetativa que está sujeita ao controle da vontade. Posso respirar por querer, posso respirar mais por querer ou não respirar por querer. Já com o coração não posso fazer isso, com o estomago, a vesícula, bexiga e demais órgãos do corpo humano. Nenhuma outra função orgânica posso controlar por querer. Com a respiração eu posso. Qualquer agitação interior seja raiva, medo, susto ou estresse, perturba a nossa respiração.

Nós começamos a nos preparar, muitas vezes inconscientemente, mas o nosso corpo está continuamente se preparando para responder aos acontecimentos externos. Como ameaças, perigos eminentes, pensamentos difíceis, com frequência isso nos deixa agitados e a respiração fica ofegante e seriamente comprometida. De modo que se consigo harmonizar a respiração, tudo isso se atenua por uma razão fundamental. A respiração é urgentemente necessária o tempo inteiro, para equilibrar a mente e as nossas emoções.

No entanto, a perturbação mental é verbal, espiritual, visceral e invisível. Ao passo que a respiração está no peito e posso coloca-la em ordem rítmica e aos poucos perceber também, que a mente fica em paz. Vale lembrar, que não há regras e nem formulas para uma respiração que nos leva a paz. Não importa o jeito como respira, o importante é ter certeza que está respirando, isto é, estar presente a minha respiração. O principal está sendo cuidado. Ninguém morre de maus pensamentos, mas se apertarem o seu pescoço e te asfixiar, pode vir ao óbito. Tendo em vista, que os maus pensamentos também é uma espécie de asfixia, mas posso harmonizá-lo através da respiração.

Portanto, os maus pensamentos atrapalha os sentimentos, as emoções e principalmente a respiração. Só que parar pensamento não é tão simples assim, parar a emoção é impossível, mas cuidar da respiração é possível, com paciência, com jeito e muita persistência. Com certeza é o melhor caminho para atenuar a angústia, cujo sintoma é uma dor no peito, que atravanca a respiração. Aquele aperto que nos sufoca. Contudo, respirar serenamente pode ser o primeiro degrau para encontrar a paz. Respire com calma o máximo de vezes que puder. Expanda o peito e solte o ar devagar, sinta a respiração. Vai melhora muito o estado mental e trazer a paz. Então, por que não gozar dessa paz? 

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