8 de abril de 2013

O VERDADEIRO AMOR SÓ CRIA, NUNCA DESTRÓI

Aprender a amar é estar em constante transformação. Esse processo é sem fim, até que a morte nos encontre. Porém, nesta vida tudo passa muito rápido, principalmente, para aquele que um dia se expôs na tentativa de tocar o coração de alguém, para juntos amar. No entanto, o amor tem braços aberto, se você fechar os braços ao amor está apenas abraçando a si mesmo. Se você sente alguma coisa de verdade, deixa que o outro conheça o seu sentimento, porque o amor é interpessoal, não depende só de nós. O amor é como um espelho, quando você ama uma pessoa, se transforma no espelho dela e ela no seu, juntos refletem o amor que sentem e nesta experiência ambos enxergam e experimentam a Divindade Cósmica.

O amor é um encontro íntimo e maravilhoso, é a maior experiência que um ser humano pode ter na vida. Conhecemos muito pouco do amor, por isso estamos constantemente desafiando esse sentimento tão nobre. Se desejares amar é claro que deves mover-se para o amor. É muito triste ver nascer um amor tão sublime e verdadeiro, com tamanha expectativa e esperança que traz, contudo, fracasse com tanta regularidade. Todavia, se isso acontecesse com qualquer outra atividade, todos estariam ansiosos por saber das razões do fracasso, por aprender como poderia fazer para melhorar e não deixar morrer o sonho. Para o amor viramos as costas, como se ele fosse uma coisa banal, que aparece todos os dias ao gosto do consumidor. Jogamos o amor no lixo como algo descartável. Na verdade, estamos cavando a nossa própria destruição desprezando esse sentimento.

Entretanto, o amor é à força de maior intensidade que move o nosso coração. Todas as lutas e dores humanas tiveram por origem o amor. O grande sábio hindu e libertador da Índia Mahatma Gandhi (1869-1948), fala-nos da grandeza deste sentimento como fator de remédio para terminar com as divergências entre as pessoas: “Quando o homem chega à plenitude do amor, neutraliza o ódio de milhões de pessoas”. No mesmo texto mais adiante, continua o mestre indiano: “A minha fé mais profunda é que podemos mudar o mundo pela verdade e pelo amor”. Tendo em vista, que a cultura humana somente realiza no plano material, conduzida com o espírito de orgulho e apoiada exclusivamente na forma sórdida de exploração do outro, sem piedade e amor, contudo, constituímos o maior flagelo dos tempos modernos.

Deve, portanto, toda pessoa de cultura e de nobres sentimentos irradiar fortes pensamentos de bondades, já que o pensamento é uma coisa viva e pode cair sobre uma pessoa inspirando-a no bem quando ela só pensava no mal, e assim podemos atenuar o flagelo de incompreensões que avassala a humanidade. O estado mais gostoso de experimentar na vida é o do encantamento que sentimos quando estamos amando. O primeiro efeito do amor é inspirar um grande respeito, ter veneração pela pessoa que se ama. A felicidade que sentimos do amor emana mais de nós próprios do que do ser a quem amamos. Quando machucamos o outro, somos nós que sentimos a dor, no peito e na consciência. Quando se ama verdadeiramente, irradia para a pessoa amada o que chamamos de sentimento do outro e o que mais nos agrada nesse amor é quando ele vem do que quando ele vai, porque não notamos que procede de nós mesmos. São dois corpos unidos num só sentimento pela Divindade.

O mais lindo no amor é a perfeição dessas duas almas e desses dois corações que se copulam, numa só alma e num só coração através do amor que sentem. Quando se amam são dois corações magnéticos: o que se move em um faz mover o outro, pois é um só impulso que age em ambos. O amor se configura na plenitude de todos os mortais, assim como a luz é o primeiro amor da vida. Por acaso não será o amor a luz da vida? Entendo o amor como poesia dos nossos sentidos. Ou é sublime, ou ele não existe. Quando o amor existe, existe para todo o sempre e aumenta cada vez mais, porque ele nos irradia vida. Todavia, é o amor que ilumina as nossas vidas, que torna grande tudo o que vislumbramos, é no calor desse amor que nos engrandecemos. Por isso o amor é a chama da vida.

O amor que dedicamos a alguém, mesmo que não seja correspondido, é para nós um benefício, mesmo sem ser amado, viver esse amor é uma grande felicidade. O amor é como uma planta florida que perfuma tudo com a sua esperança, até as ruínas e turbulências eventuais que nos abate. Vejo o amor como um ninho, onde a felicidade de duas pessoas atraídas pelo amor se constrói pedacinho por pedacinho, através de esforços mútuos e de muita compreensão um com o outro. É preciso que o amor seja tão íntimo que se torne eterno, para que perdure, é necessário penetrar na essência um do outro.

Portanto, não há nada no céu nem na terra, mais doce, forte, sublime, delicioso, completo e nem melhor que o amor. O amor nasce de Deus e não descansa se não na Divindade, elevando-se acima de todas as criaturas porque nos foi dado como um dom. Quem ama corre, voa, vive alegre, é livre e nada o perturba. O amor muitas vezes não sabe limitar-se, mas vai além de todos os limites. Só quem ama pode compreender as vozes do amor. Grande clamor faz nos ouvidos da pessoa amada, aquele ardente afeto de que se acha penetrada a alma, quando um diz ao outro: “Estamos tomados profundamente por esse amor, porque só enxergo através dos seus olhos, minha amada querida”. Alcançamos aquele estágio do sublime amor, onde termina o Tu e o Eu para começar o nosso amor. Contudo, o amor só constrói e nos transforma em seres felizes e abençoados por Deus.                   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POEMA INSTANTE DO POETA JORGE LUÍS BORGES

Se eu pudesse viver novamente a minha vida, na próxima trataria de cometer mais erros. Não tentaria ser tão perfeito, relaxaria mais. Seria ...