25 de julho de 2024

COMO É QUE A SUA SOLIDÃO SE COMPORTA?

Entre as muitas coisas profundas que o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse foi: "Não importa o que fizeram com você. O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você." Pare e leia novamente! E pense! Você lamenta essa maldade que a vida está fazendo com você, a solidão? Se Sartre está certo, essa maldade pode ser o lugar onde você vai plantar o seu jardim.

Como é que a sua solidão se comporta? Ou, talvez, dando um giro na pergunta: Como você se comporta com a sua solidão? O que é que você está fazendo com a sua solidão? Quando você a lamenta, você está dizendo que gostaria de se livrar dela, que ela é um sofrimento, uma doença, uma inimiga.

Aprenda isso: as coisas são os nomes que lhe damos. Se chamar minha solidão de inimiga, ela será minha inimiga. Mas será possível chamá-la de amiga? O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, acha que sim:

"Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim!"

21 de julho de 2024

VOCÊ PENSA O QUE FALA OU FALA O QUE PENSA?

Se meu coração pudesse dizer tudo que sente. Se minha mente pudesse falar tudo que pensa. Eu surpreenderia muita gente. E por falar a verdade ganharia uma sentença judicial. Não é sempre que é preciso falar tudo que pensa, lembre-se que as pessoas também têm sentimentos.

Considero-me um pensador livre que procura não falar tudo o que pensa, mas penso em tudo o que falo. Uma mulher de verdade e inteligente, não tem medo de falar o que pensa, pois ela sempre pensa antes de falar. Uma mulher quando passa dos 30 anos, ela tem atitudes que apenas no olhar percebemos.

Todavia, a mulher inteligente não precisa ser vulgar para conquistar ninguém, ela seduz com roupas apropriadas, com assuntos interessantes, e com um olhar predominante. Me cansão essas beldades metidas a besta, cheias de jovialidade e saradas. As mulheres maduras são até mais intensas, mas na medida certa.

Mulheres inteligentes deixam de serem meninas, quando não se importam mais com o que os outros vão pensar. Mulheres deixam de serem mulheres, quando o seu amor pela vida acaba. Portanto, que todas as mulheres não se esqueçam: "amem como uma menina, e se entreguem aos seus prazeres como uma mulher".

16 de julho de 2024

O HISTORIADOR COMO FOTÓGRAFO DA MORTE

Este artigo propõe uma reflexão sobre o fotógrafo como metáfora do papel do historiador. A fotografia nos convida a apreciar a simplicidade e a encontrar a poesia no ordinário, revelando a profundidade que muitas vezes passa despercebida. É uma forma de expressão que nos permite criar memórias vívidas e contar histórias poderosas com apenas uma imagem.

É possível compreender o historiador como aquele que se utiliza de rastros e vestígios para a construção de imagens por meio das quais as pessoas podem entrar em choque com o seu passado anacrônico, que hoje não existe mais. O que existe é o historiador como fotógrafo da morte. A fotografia, em sua essência, possui o poder de eternizar instantes que não existe mais.

Ao congelar o tempo, revela a beleza oculta nas pequenas coisas. É nessa capacidade de pausar a realidade que reside à magia e encanto da fotografia. Através desse conhecimento que o fotógrafo pode transmitir com profundidade e sensibilidade a essência de um momento, transcendendo a mera técnica e capturando a alma do que é fotografado.

Fotografia nos faz lembrar o passado em preto em branco que colorimos com a saudade do tempo de criança. Faz-nos sorrir com bons momentos vividos no presente, passado nos faz pensar no futuro idealizar, por em pratica aquele momento pensado que se torna presente na vida da gente. Fotografar é segurar os sentidos das emoções: O canto dos pássaros, o cheiro das flores. Os raios de sol, o molhado da chuva.

7 de julho de 2024

A METÁFORA DO JARRO REVELA NOSSA HUMANIDADE

Cada pessoa é única e especial, só depende de abrirmos nosso coração. Minha saudosa mãezinha Dona Lazinha (1904-2010), adorava contar uma história sobre uma senhora idosa. Essa idosa possuía dois grandes jarros, cada um suspenso na extremidade de uma vara que ela carregava nas costas.

Um dos jarros era rachado e o outro era perfeito. Este último estava sempre cheio de água ao fim da longa caminhada da mina d’água até a casa, enquanto aquele rachado chegava meio vazio. Naturalmente o jarro perfeito era muito orgulhoso do próprio resultado e o pobre jarro rachado tinha vergonha do seu defeito, de conseguir fazer só a metade daquilo que deveria fazer.

Depois de dois anos, refletindo sobre a própria amarga derrota de ser rachado, o jarro falou com a senhora durante o caminho: “Tenho vergonha de mim mesmo, porque esta rachadura que eu tenho me faz perder metade da água durante o caminho até a sua casa”. A senhora sorriu: “Você reparou que lindas flores têm somente do teu lado do caminho”?

Continuou a idosa: “Eu sempre soube do teu defeito e, portanto, plantei sementes de flores na beira da estrada do teu lado. E todos os dias, enquanto a gente voltava, tu as regava. Por dois anos pude colher aquelas belíssimas flores para enfeitar a mesa. Se tu não fosses como és, eu não teria colhido aquelas maravilhosas flores que enfeita a minha casa”.

Cada um de nós tem o próprio defeito. É preciso aceitar cada um pelo que é, e descobrir o que tem de bom nele. Assim começamos a viver com mais honra e com mais respeito uns pelos outros. Assim teremos um novo mundo. Contudo, compreender e entender o outro são sinônimos de humildade e compaixão. Sobretudo, por ser o amor à essência da alma e da vida.

QUAL É O PROPÓSITO DA LEITURA?

Li muitos livros, mas esqueci da maioria deles. Disse o aluno ao seu Mestre.   Mas então, qual é o propósito da leitura? Esta foi à pergunta...