11 de agosto de 2013

A BIOQUÍMICA DO AMOR

Os estudos sobre a bioquímica do corpo comprovam que quando duas substâncias químicas ativas são submetidas à influência de determinado elemento, seja o calor, seja a água ou a eletricidade, ocorre uma reação química, isto é, todo processo depende do intercâmbio entre formas de energias. O mesmo acontece quando duas pessoas se encontram por acaso, podem sentir-se atraídas instantaneamente ou somente tempos depois. Há algo em nosso corpo que estimula e desperta sensações mobilizadoras. Através desta linguagem corporal, os dois envolvidos se desejam e se excitam cada vez mais e procuram estar juntos por mais tempo e se possível para sempre.

Alguns estudiosos do comportamento humano afirmam que existe uma química sexual que promove esses encontros. Todavia, entre os pares românticos, parece dominar uma energia muito forte e envolvente, projetando qualidades mais excitantes, que são percebidos no momento em que estão ocorrendo trocas calorosas e prazenteiras. Olhares que se cruzam, o coração que passa a bater mais forte, nosso comportamento muda diante da pessoa pela qual nos sentimos atraídos. Os estudos comprovam que o fenômeno da atração sexual é uma forma de metacomunicação que pode facilmente ser identificado. Descobriu-se que as fêmeas dos macacos, produzem nos seus órgãos genitais uma substância química chamada copulina, que aparece quando a fêmea está no cio, indicando o seu estado de prontidão sexual, substância esta, que tem a propriedade de atrair o macho.

Com os seres humanos não é muito diferente. Existe um aroma corporal, um cheiro especial que atrai a companhia certa, assim como também pode repelir a pessoa indesejável. Segundo George Dodd, do Instituto de Pesquisas Olfativas da Universidade de Warwick, lançou um extrato de feromônio, trata-se de uma sustância sintética, muito próximo do feromônio individual de cada pessoa que ajuda a reforçar a tese de que esse cheiro desperta a libido em ambos. Para o pesquisador, esses feromônios são uma linguagem inconsciente poderosíssima, pois são portadores de mensagem que estimulam o desejo sexual atuando na psique humana. Descobriu-se que certos perfumes misturados com feromônios naturais dos animais, tais como o almíscar e o castóreo, retirado do cervo-almiscarado, uma substância de forte odor, secretada por uma glândula dos animais e de algumas plantas de odor similar, assim como também do castor. Esses odores exercem forte atração sexual para os humanos e, por isso as indústrias de perfumes passaram a ter grande interesse nas pesquisas sobre feromônios, também chamados cheiros de amor.

Entretanto, a descoberta dos feromônios humanos corrobora com essa atração energética, já bem conhecida, que demonstra existir uma relação entre hormônios e as energias emitidas pelas pessoas. Alguns estudos feitos vêm demonstrando que o sistema energético está diretamente relacionado com o sistema glandular. Desse modo, as moléculas odoríferas carregam cargas energéticas peculiares a cada ser humano. Porém, a nossa pele não emana somente cheiros, mas também energias específicas identificadoras da personalidade integral de cada pessoa. Todavia, o relacionamento afetivo sexual não é tão somente corporal. Existem outros fatores que interagem e determina o processo de atração, isto implica que o ser humano não é apenas o seu corpo. Algo nele o transcende.

Por conseguinte, os psicoterapeutas de orientação reichiana sabem pela experiência clínica que sem a eliminação de bloqueios inibidores é impossível à viabilidade do relaxamento orgástico total. Aprendemos desde muito cedo com a nossa educação repressora, a sermos enrijecidos, duros, calculistas, severamente reprimidos e controladores demais para poder ter flexibilidade necessária a interações tão profundas e gratificantes. Os bloqueios emocionais erguem-se como uma blindagem. Contudo, preferimos viver com medo da entrega prazenteira e orgástica e, agimos contra a nossa própria natureza. Deixamos de sentir o prazer que nosso corpo nos da, que é verdadeira benção da natureza aos seres que se reproduzem por meio de copulação. Cada pessoa traz uma carga genética hereditária, portanto, toda sua estrutura é psicossomática. Diz a física moderna: “a energia existe em todo o universo e é indestrutível, isto é, qualquer manifestação na terra é de natureza energética”.

Segundo o psiquiatra, psicoterapeuta e estudioso da bioenergética, John Pierrakos (1921-2001), que foi discípulo e colaborador de Wilhelm Reich (1897-1957), propôs o principio da reciprocidade onde pressupõe a existência de uma força vital idêntica. Todas as formas energéticas existentes interatuam trocando ou retendo substâncias necessárias a sua manifestação de vida, em geral são atividades denominadas elétricas ou eletromagnéticas. Contudo, somos atraídos pelo outro por essa energia magnética que nos leva ao equilíbrio para que assim, a nossa sexualidade se manifeste livre. Tendo em vista que somos um corpo informado de uma espiritualidade energética. Porém, num dado momento esse corpo sofrerá a morte real, mas, a sua energia continuará viva na memória de alguém, que um dia foi por esse corpo atraído.

Portanto, para os orientais o sexo é transcendência, para os ocidentais, de modo geral, ainda é bicho temido e fator de controle. Basta observar como muita gente ainda hoje, toma conta da vida sexual dos outros. Fala-se muito do amor, mas é proibido realizar o amor como ele de fato se apresenta na natureza. Pois hoje sabemos que muitas das doenças propagam-se devido à impossibilidade de realização amorosa. Nossa civilização precisa aprender os caminhos do amor. Quem aprende a amar o semelhante, seja mulher ou homem, torna-se capaz de entender o amor na sua totalidade, torna-se capaz de distribuir cuidado e atenção a um número cada vez maior de pessoas. Contudo, na cadeia evolutiva o sentimento transforma-se em cuidado com todos os membros da família humana, independente de raça, cor, origem, partido político, religião, bem como a todos os seres vivos, animais e plantas. A história nos tem mostrado grandes exemplos de fraternidade, de pessoas como Galileu Galilei, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Louis Pasteur, Tereza de Calcutá, Irmã Dulce, Chico Xavier, e tantos outros que seguem na opção do anonimato. Agem por altruísmo, movem-se como cidadãos do Universo. Enfim, para quem descobriu as práticas assistenciais do amor universal não existe solidão, pois alcançou a auto-cura através de estados expandidos da consciência cósmica. A bioquímica representa o olho sobre a terra que percebe e interpreta a realidade do amor máximo, fundindo, conectando, vibrando energia e consciência cósmica a cada ser humano.

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