24 de agosto de 2025

O AMOR NÃO DESAPARECE, ELE SÓ MUDA DE ROSTO

Antes de conhecer Bruce Willis, Demi Moore não vivia, ela sobrevivia. Sua infância foi uma sequência de feridas: doenças, indiferença dos pais, crueldades de terceiros. Na juventude, solidão, drogas, uma vida vazia. Ela sabia sorrir, mas por trás desse sorriso havia um grito. E de repente, em 1987, ele surgiu em sua vida. Quem?

Bruce não foi apenas um marido para ela. Ele foi o primeiro homem a tratá-la com respeito. Que não a humilhou, não a traiu, não a abandonou, mas sim, a protegeu, deu apoio, aqueceu com seu afeto. Com ele, ela sentiu-se segura pela primeira vez. Com ele, ela compreendeu o que era ter um companheiro, ter um lar.

Eles se casaram, criaram três filhas juntos, compartilharam alegrias e dificuldades, construíram algo que parecia impossível de ser destruído. E mesmo quando o casamento deles terminou, a proximidade permaneceu. Eles continuaram a criar os filhos juntos, a celebrar festas, a se reunir em torno da mesma mesa, e entre eles sempre se manteve o respeito e a ternura que raramente sobrevive ao divórcio.

Agora, tudo mudou. A doença, pouco a pouco, está tirando de Bruce o mais precioso, a memória, a claridade, a capacidade de ser o homem forte que sempre foi. Mas ao lado dele está, mais uma vez, Demi. Só que agora ela é o apoio e a memória que ele está perdendo.

Ela segura sua mão quando ele se perde em seus pensamentos, guarda sua paz, protege a dignidade que a doença tenta roubar. Ela faz isso não por pena e nem por obrigação. Ela o faz porque o amor que ele lhe deu um dia, deixou uma marca eterna em seu coração. Porque quando alguém realmente te vê, quando te aceita sem condições e te ama, isso não se esquece jamais.

Hoje, quando Demi Moore abraça Bruce Willis, ela o faz com a mesma ternura que um dia a salvou. Já se passaram mais de vinte anos desde que o casamento deles terminou, mas a história deles nunca acabou. O verdadeiro amor nem sempre dura do mesmo jeito a vida toda. Às vezes, ele morre como paixão, mas renasce como carinho. Às vezes desaparece como casamento, mas permanece como fidelidade. Ele nunca vai embora para sempre. Ele apenas aprende a viver de um jeito novo.

E o que Demi faz hoje prova que o amor não são apenas votos no dia do casamento. É estar ao lado em silêncio quando não há mais palavras. É estar presente quando todos os outros vão embora. É segurar a mão quando a pessoa já não se lembra mais de quem é. Porque, o verdadeiro amor não desaparece. Ele apenas muda de rosto para continuar a proteger.

17 de agosto de 2025

SE UM DIA A LEMBRANÇA ME ABANDONAR

Talvez um dia eu me esqueça, dos nomes, dos lugares, dos porquês. Talvez minhas mãos não saibam mais onde pousar. E meus olhos vagueiem por rostos familiares sem encontrar abrigo no reconhecimento. Talvez eu não saiba mais quem eu sou.

Mas ainda assim, terá valido a pena ser. Porque a história que vivemos não depende só da memória. Ela mora em outros. Mora em quem ouviu meu riso e se sentiu mais leve. Em quem chorou comigo e se sentiu menos só. Em quem eu toquei com presença, com cuidado, com verdade.

Se um dia a lembrança me abandonar, espero que o amor que dei ainda permaneça. Porque o amor não se apaga. E quando já não puder contar a minha própria história, que ela continue sendo contada por quem fui abrigo. Por quem fui passagem, nesse trem da vida. Por quem me amou, mesmo quando eu já não sabia mais o que era amor.

É por isso que vale a pena viver com inteireza. Porque mesmo quando tudo se desfaz, a parte de nós que se fez amor permanece. E essa parte! Bem, essa parte ninguém esquece. Dai contarei sobre o que de mais belo já vivi, o amor. E todas as minhas histórias se tornarão apenas mais uma.

10 de agosto de 2025

PAI NÃO É PARA SEMPRE, MAS PODE SER

Pai não é para sempre. Mas o que um pai faz pode ser. Às vezes é um gesto. Às vezes o silêncio. Às vezes é um erro cheio de boas intenções. Tem pai que ensinou com palavras, e tem pai que ensinou o jeito de abrir o portão. Tem filho que espera o pai mudar. Mas, às vezes o que precisa mudar é o nosso olhar para com o nosso pai.

Ninguém sai ileso da paternidade, nem quem oferece e nem quem recebe. Tem pai que tentou acertar e errou. Tem pai que se afastou tentando proteger. E tem pai que fez o que dava, o que tinha e no tempo que podia. Se você é pai como eu, entenda isso. O que você está construindo agora, vai ser como você será lembrado ou esquecido para sempre.

Nada tem o efeito mais forte numa criança que uma vida não vivida dos pais. Então, viva, sinta, demonstra. Porque amanhã não é garantia. E você, que é filho, ouve o que vou te falar, ainda dá tempo. Tempo de parar de esperar um pai imaginário, e se entregar e enxergar o homem real que você tem do seu lado.

Tempo de lembrar-se de uma ligação que vale mais que um orgulho. Um abraço improvisado, vale mais que qualquer presente, caro. Porque tem filho que só entendeu o valor do pai, quando não dava mais tempo. Tempo de dizer. Obrigado pai. Às vezes a gente banaliza o que já é um milagre e só percebe o quanto era sagrado, quando não tem mais volta. Se ele ainda está aqui com você, aproveita.

Se ele errou, perdoa! Se ele não foi tudo o que você queria, reconhece o que ele conseguiu ser para você e para quem estava do teu lado. Amor de pai, não precisa ser perfeito. Ele só precisa ser vivo. Inventa um café da manhã, manda um áudio para ele, marca uma bobeira e vão fazer nada juntos. Sai por aí andando, conversando qualquer bobagem. Porque ele já criou uma coisa, um milagre. Ele criou você. E agora talvez seja a sua vez de criar algo por ele.

Porque às vezes o herói que te salvou não usava capa. Ele usava um chinelo qualquer, com aquele jeitão dele, uma carteira meio gasta. E um coração às vezes cansado, que cansou de tentar. Se ele já foi, que essa reflexão seja o teu abraço. Mas se ele ainda está aqui me responda com esse coração aberto. Abre ele para mim agora. O que é que ainda dá tempo de você viver com ele? Pensa! O que é que ainda dá tempo de viver com seu pai? É bom pensar nisso e agir rápido! Nada é por acaso nessa reflexão. 

Feliz dia dos Pais!

3 de agosto de 2025

A ARTE DE VIVER É UMA HABILIDADE RARA

A velhice não aceita despreparo. Ela não chega com delicadeza, e quem a espera de mãos vazias, sente o peso da dependência. Prepare-se. Tenha algo guardado, um teto seguro, um carro à disposição. Mas acima de tudo: que tudo isso seja seu. Porque envelhecer com dignidade exige autonomia.

Não reescreva seus bens. Não confie cegamente que alguém cuidará de você como você cuida de si. Seja leve: menos posses, mais paz. Quanto mais coisas você tem, mais elas te exigem e, se não perceber, passam a te possuir.

A arte de viver é uma habilidade rara. É saber dormir profundamente, comer com prazer, rir com liberdade — e não se deixar consumir pelas preocupações. Lembre-se: neste mundo, nada é realmente nosso.

E quanto menos pertencermos às coisas, mais livres será por dentro. A verdadeira prisão é a do apego. E a liberdade começa quando aprendemos a viver com o essencial.

O PRESSUPOSTO DO AMOR É VIVER EM HARMONIA

Se o pressuposto do amor é amar e viver em harmonia, então, por que sofremos tanto por amor? Por que maltratamos e machucamos o nosso amor? ...