Quando
a pessoa vai se separar da outra, ela pode ter sofrido o luto antes. A relação
foi tão desgastante, foi tão irritante, houve tantas discussões, tantas brigas
sem razão, tantos desentendimentos, tantas implicâncias, misturada com ciúmes,
que a pessoa vai se despedindo aos poucos da outra. A relação afetiva vai se
desgastando, até ao ponto de não sobrar mais nada. Até o respeito acabou!
Quando
chega nesse ponto que o amor termina, a relação conjugal vira uma cadeia
fria, uma vida marcada de obrigações, porque afinal de contas a ideia que se faz do casamento, que é para sempre. As pessoas com o tempo não percebem mais essa relação,
não percebe mais o outro. Seja em qualquer relação afetiva.
Quando
uma relação amorosa acaba, não resta mais nada para sofrer. Chegou ao fim! A
pessoa nem sofre mais por esse amor, simplesmente acabou! Muito pelo contrário,
ela se sente aliviada, por tudo que suportou dessa relação tóxica. Naturalmente,
passou a relação inteira sofrendo, penando e a separação acaba sendo um
reencontro consigo mesma.
As
pessoas, principalmente depois de algum tempo juntas, têm dificuldades para
dizer, por exemplo: “agora eu não te amo
mais”. Eu conheço histórias em que pessoas levaram anos para se convencer
de que não estavam mais interessado um no outro. Não precisa, necessariamente, ter que amar a
mesma pessoa a vida inteira. Você ama a vida inteira pessoas diferentes.
O
reencontro comigo mesma, lhe faz enxergar que o outro era exatamente o
contrário do que você imaginava. Ontem era uma dor, só de pensar que poderia não
ter mais esse amor. Hoje é um alívio em saber que não quer mais essa pessoa em
sua vida. Um amor que só serve para provocar brigas e cobranças. Portanto, somos
egoístas até no momento de amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário