31 de outubro de 2024

QUANDO ALGUÉM TE PERDE O LUTO JÁ PASSOU

Quando a pessoa vai se separar da outra, ela pode ter sofrido o luto antes. A relação foi tão desgastante, foi tão irritante, houve tantas discussões, tantas brigas sem razão, tantos desentendimentos, tantas implicâncias, misturada com ciúmes, que a pessoa vai se despedindo aos poucos da outra. A relação afetiva vai se desgastando, até ao ponto de não sobrar mais nada. Até o respeito acabou!

Quando chega nesse ponto que o amor termina, a relação conjugal vira uma cadeia fria, uma vida marcada de obrigações, porque afinal de contas a ideia que se faz do casamento, que é para sempre. As pessoas com o tempo não percebem mais essa relação, não percebe mais o outro. Seja em qualquer relação afetiva.

Quando uma relação amorosa acaba, não resta mais nada para sofrer. Chegou ao fim! A pessoa nem sofre mais por esse amor, simplesmente acabou! Muito pelo contrário, ela se sente aliviada, por tudo que suportou dessa relação tóxica. Naturalmente, passou a relação inteira sofrendo, penando e a separação acaba sendo um reencontro consigo mesma.

As pessoas, principalmente depois de algum tempo juntas, têm dificuldades para dizer, por exemplo: “agora eu não te amo mais”. Eu conheço histórias em que pessoas levaram anos para se convencer de que não estavam mais interessado um no outro. Não precisa, necessariamente, ter que amar a mesma pessoa a vida inteira. Você ama a vida inteira pessoas diferentes.   

O reencontro comigo mesma, lhe faz enxergar que o outro era exatamente o contrário do que você imaginava. Ontem era uma dor, só de pensar que poderia não ter mais esse amor. Hoje é um alívio em saber que não quer mais essa pessoa em sua vida. Um amor que só serve para provocar brigas e cobranças. Portanto, somos egoístas até no momento de amar.

26 de outubro de 2024

COMPREENDER OS COMPORTAMENTOS SUBCONSCIENTES

O nosso subconsciente é como uma corrente subterrânea que molda silenciosamente nossas escolhas e ações. Essa força oculta pode ser tanto uma aliada quanto uma adversária na busca pela vida que desejamos. A partir daí, criamos padrões de pensamento que, embora possam parecer inofensivos, moldam nossa compreensão do que é "normal" e "ideal".

Consequentemente, aceitamos essas narrativas sem nos questionar, adotando crenças que podem nos impedir de explorar nosso potencial máximo. Para conseguir identificar essas influências, é necessário ter uma objetividade única e uma habilidade para questionar as verdades que são amplamente aceitas.

A insatisfação interior que muitos de nós sentimos, pode ser a consequência de vivermos uma narrativa que não é verdadeiramente nossa, mas sim uma imposição da cultura predominante. O subconsciente absorve essas mensagens, guiando nossas escolhas de carreira, relacionamentos e objetivos sem que a gente perceba. É fundamental reconhecer que o subconsciente não é apenas um espectador passivo, mas uma força que molda ativamente nossa realidade.

Ao compreender os comportamentos subconscientes que nos impedem de viver a vida desejada, ganhamos o poder de desafiar e reformular essas narrativas internalizadas. A mudança começa quando questionamos as suposições e exploramos alternativas que refletem genuinamente nossos desejos mais profundos.

19 de outubro de 2024

INVEJA É UM SENTIMENTO DE ÓDIO

Inveja é um sentimento de ódio, pesar ou desgosto provocado pelo bem-estar, prosperidade ou felicidade de outra pessoa. É também um desejo forte de possuir ou desfrutar de algo que outra pessoa tem. A palavra "inveja" vem do latim invidia, que deriva do verbo invidere, que significa "olhar mal" ou "olhar com descontentamento".

A inveja é diferente do ciúme, que está relacionado com relações triangulares e consiste no medo de perder uma relação para outra pessoa. Só que na inveja temos uma sensação de humilhação, de depreciação do outro. A pessoa que nutre a inveja pelo outro, sente-se por baixo, incomodada com as qualidades e o brilho daquela pessoa. O outro se torna insuportável aos olhos do invejoso.

Humilhado, ferido na sua vaidade, e com tendências fortes para a agressividade, desenvolve uma reação de raiva, de revolta contra aquele que provoca a inveja. Portanto, começa aqui uma perseguição implacável contra o invejável que está causando esse desconforto todo no invejoso.

Agindo com um “requinte” de crueldade incrível para que possa destruir o outro que é o seu objeto de admiração e para alcançar seu objetivo expõe o outro ao ridículo perante amigos e à sociedade, sem nenhum pudor para com a privacidade de ambos. Por isso é preciso muita força de vontade para enxergar os nossos defeitos, que são muitos.

A pessoa que tem como meta construir a felicidade ao lado de quem realmente se ama, precisa evoluir muito para aceitar as suas limitações. Conhecer a si mesma e trabalhar seriamente no processo de crescimento individual se quiser chegar a uma boa autoestima. Relacionar-se, com qualidade, é também admirar o outro com maturidade.

13 de outubro de 2024

NÃO IMPORTA QUANTOS ANOS AINDA TENHO

Quantos anos ainda tenho? O que importa isso? Tenho a idade que escolho e que sinto! A idade em que posso gritar sem temor o que penso, fazer o que desejo sem receio de errar, pois trago comigo a experiência dos anos vividos e a força inabalável das minhas convicções. Não importa quantos anos ainda tenho, não quero saber disso!

Alguns dizem que estou velho, outros afirmam que estou no auge. Mas não são os números que definem a minha vida, não é o que dizem, mas sim o que o meu coração sente e o que a minha mente dita. Tenho os anos suficientes para gritar minhas verdades, fazer o que quero, reconhecer velhos erros, corrigir rotas e valorizar vitórias.

Já não preciso ouvir: “Você ainda é jovem demais”, ou “Você está velho demais, o seu tempo já passou”. Quem lhe disse que o meu tempo já passou? E o que é o tempo? Tenho a idade em que as coisas são vistas com serenidade, mas com o desejo incessante de continuar crescendo.

Tenho a idade em que os sonhos podem ser tocados com os dedos, e as ilusões se transformam em esperança. Tenho a idade em que o amor, às vezes, é uma chama ardente, ansioso para se consumir no fogo de uma paixão. Outras vezes, é um porto de paz, como o pôr do sol que se reflete nas águas tranquilas do mar.

Quantos anos ainda tenho? Não preciso contar, pois os desejos que alcancei, os triunfos que obtive, e as lágrimas que derramei pelas ilusões perdidas, valem mais do que qualquer número. O que importa se fiz sessenta, setenta ou mais? O que realmente importa é a idade que sinto, a força que tenho para viver sem medo,

Quero seguir meu caminho com a experiência adquirida e o vigor dos meus sonhos. Quantos anos ainda tenho? Isso não importa! Tenho os anos suficientes para não temer mais nada, e para fazer o que quero e sinto. Mas, qual é a sua idade? Não importa quantos anos ainda tenho, porque aprendi a valorizar o essencial e a carregar comigo apenas o que realmente importa!

7 de outubro de 2024

DO TOQUE AO ÊXTASE CÓSMICO

Todos nós gostamos de abraçar e tocar nosso próximo, mas tocar com amor que é uma raridade na sociedade contemporânea. Abraçar ou tocar o outro com mais amor é uma experiência de contato profundamente humano e extremamente enriquecedor que une os amantes e fortalece a relação, porque nos da chance de partilhar experiências inefáveis. E o sexo é uma das formas mais completas de toque. Segundo alguns pesquisadores, o tato é a linguagem específica do sexo.

Entretanto, tocar significa estimular certos receptores sensoriais da pele, propiciando as excitações adequadas ao orgasmo durante o intercurso sexual para homens e mulheres. Nas mulheres, por exemplo, os pelos pubianos, quando estimulados em sua base, servem para produzir certas alterações quimiocondutoras nas terminações nervosas, que inervam diretamente a pele, que induzem a uma intensificação da excitação sexual. Além de proteger o órgão genital feminino. Por outro lado, algumas mulheres buscam freneticamente no contato físico, compensação para as suas inseguranças emocionais. Esse tipo de comportamento pode enfraquecer as relações afetivas.

Para os orientais, o amor entre duas pessoas realizado através do ato sexual é uma expressão da existência de elevada qualidade, a mais completa forma de toque, que permite ao ser humano a vivência do êxtase cósmico e com ele a percepção da sua transcendência. Por isso dedicam-se a praticar gesto e movimento com a finalidade de tornar o ato sexual mais demorado. No Kama Sutra, livro sagrado dos brâmanes da Índia, publicado cinco mil anos antes Cristo, já se manifestava a preocupação de favorecer o prazer, indicando sessenta e quatro posturas favorecedoras da sexualidade com maior integração entre homem e mulher. Uma forma de prolongar o prazer sexual.

Segundo o autor do Kama Sutra, o filósofo indiano Vatzyayana, que viveu entre os séculos IV e VI antes de Cristo, compilou inúmeras sugestões a fim de que os seres humanos de seu tempo tirassem o melhor proveito das experiências sexuais através de um estado de relaxamento e gozo intenso. Tendo em vista, que o sexo não é apenas um em si mesmo, é uma energia vibrante e poderosa que nos leva ao estado de transcendência e sabedoria. É o viver um no outro. Isso reforça o velho conhecimento tântrico, prática chinesa milenar, bem como outros conhecimentos orientais, ampliando o estado de felicidade e serenidade que experimentam os amantes.  

São raríssimos os casais em que o sentimento extasiante se revela, numa atração que acontece, como entre dois polos de um imã. É evidente a necessidade de unificação, fusão. Por isso que ambos querem ficar juntos, unidos durante horas seguidas. Buscam cumprir a lei de afinidade na qual o amor tem como objetivo interligar os seres amados em todos os níveis: desde corporal, mental e espiritual. A partir daí, a transcendência, isto é, a consciência entre os amantes pode ser vivenciada intensamente.

Todavia, é uma explosão de galáxias. O êxtase cósmico. É o big-bang dos apaixonados. Eu diria: a inundação da autoconsciência. Há um alumbramento. Os amantes tornam-se iluminados. Ficam mais belos. Por isso é impossível esconder o estado amoroso quando ele acontece. Durante os relacionamentos orgásticos, as energias positivas emanadas da dupla amorosa evadem-se e beneficiam o ambiente, deixando um clima de alegria e bem estar. Não há espaço para insegurança.

Portanto, experiência como essa ainda é incomum em nossa civilização. É bom que se diga que não tem nada a ver com promiscuidade ou sexo como descarga de tensão ou sofisticação. Toda a nossa vida é uma busca de amor; entretanto, poucos estão preparados para a entrega e doação que esse ato exige. Amor de verdade não se encontra fácil por aí todos os dias. Para descobrir amor demanda sensibilidade. O amor deixa a pessoa mais plena, leve e conciliada com a vida e com a Divindade Cósmica.

QUAL A IMPORTÂNCIA DE TER UM PROJETO DE VIDA?

Pessoas que não têm um projeto de vida veem um mundo cinza, sem cor. Porque elas simplesmente existem, leva a sua rotina no modo automático,...