25 de setembro de 2023

TANTO NO AMOR COMO NA VIDA HÁ UM IMPULSO DIVINO

O amor é a nossa imagem e manifestação da vida. Tanto no amor como na vida, estamos sujeitos às mesmas revoluções e mudanças. A nossa existência é resplandecente, permeada de momentos alegres e cheia de esperanças, pelo simples fato de sermos felizes por amar. Este agradabilíssimo estado leva-nos a procurar outros bens muito mais sólidos para continuar a viver.

Não nos contentamos por estar vivo, considerando a vida com o fato de subsistirmos, queremos progredir, ocupamo-nos com os meios para nos aperfeiçoarmos e para assegurar a nossa boa sorte. Se houver amor melhora ainda, aumenta a nossa esperança na vida. Amor e vida caminham juntos, nutrindo um ao outro, se por algum motivo não for assim, não há prazer nas conquistas.

Tudo está insatisfeito e sem vida, deixando a desejar. Esta incompletude é que nos vai exterminando aos poucos. Como diz a música “Morro de Saudade” do poeta e compositor Gonzaguinha (1945-1991): “ó fantasia da minha vida, meu sonho gostoso, meu gozo. Ó minha estrela, essa saudade me deixa assim tão nervoso”.

Procuramos a proteção divina, mostrando-nos solícitos aos nossos semelhantes e não aguentamos que outros queiram o mesmo que temos em vista. Será porque somos egoístas? Este estímulo de continuar a existir acumula-nos de mil trabalhos e esforços que logo se apagam quando alcançamos o desejado.

Todas as nossas paixões ficam então satisfeitas e nem por sombras podemos imaginar que a nossa felicidade tenha fim. No entanto, esta felicidade raramente dura muito e fadiga-se da graça da novidade. Para possuirmos o que desejamos não paramos de desejar mais e mais.

Habituamo-nos ao que temos, mas os mesmos haveres não conservam o seu preço, como nem sempre nos tocam do mesmo modo. Mas, há uma energia que nos impulsiona e nos toca profundamente, impedindo de nos acomodar ou desistir. Nossa força poderosa que nos mantêm vivos e atuantes está no amor e nesse impulso divino.

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