27 de janeiro de 2022

NA MOLDURA DA VIDA HÁ UM OLHAR SERENO

Na moldura da vida, clara e simples, sou aquilo que todos sabem e conhecem de mim. Sou um degustador do amor pela vida. O poeta quando escreve, faz amor com as palavras. As metáforas me encantam, por isso escrevo. Uns vivem e outros desvivem. Dá-se em casamento em sonoras bodas e gozosos gemidos na reinvenção da vida. A vida é sempre a mesma para todos, mas a moldura da vida é diferente para cada um. No entanto, há um olhar sereno. A vida põe delicadeza e elegância. Põe suspiros de candura pelos caminhos. Eternizar esse nada é tudo que nos resta no jardim da esperança.

As luzes encantam o mundo, numa anarquia de raios atirados ao mais escondido da manhã adâmica. Rochedos rasgando águas, chamando o ajuste das árvores. Na sombra o espírito do tempo chora a sinfonia de águas e luzes. O bom é saber-se que, todo dia, o mundo recomeça em lugares perdidos. É nas flores que brota o suave pensamento da divindade. Cores pintando nos campos o passeio do espírito que sopra onde quer. Põem na manhã o perfume e a beleza que antes dormiram no ventre da terra. Esse amor que é dado de graça é semeado no vento, nas cachoeiras e no eclipse da lua. Amor não se troca. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo.

Portanto, o personagem bíblico Salomão que significa “o pacifico”, que tem origem no hebraico “Shalom” que significa “Paz”, era filho de Davi, foi o terceiro rei dos judeus e levou Israel ao seu poder máximo. Foi um amante e apreciador da natureza. Com ele aprendemos a olhar os lírios do campo. Assim como, olhamos para todas as almas coloridas do campo, pois nenhum rei atingiu sua emocionada elegância. Elegâncias das miudezas que envolvem o mundo com pensamentos divinos. Muitos verdes, muitas luzes, rios e pássaros. Contudo, foram com essas flores aladas que entoamos a beleza e a magia dos cânticos, que rabiscam no céu e na terra o rosto do infinito. É aonde mora o Amor. No infinito de cada um.

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