12 de dezembro de 2021

OS IMPULSOS INSTINTIVOS COMO VONTADE DE VIVER

Na medida em que o individuo vai ampliando, aprofundando e diversificando sua vida amorosa e afetiva, vai ganhando coragem para fazer mais coisas. Começa a viver com mais vontade, alegria, esperança e decisão. Começa a ter pelo que viver. Pode até começar a ficar perigoso.

O amor da mais coragem e como a doença de todos é o “medo”, o amor é o remédio. Não deve ser à toa nem por acaso que as forças repressoras de todas as épocas se voltaram tão sistemática e precisamente contra o amor e a sexualidade humana.

Para as ciências humanas, se o ser humano não for castrado na origem ele não se socializa. Os sistemas sociais, até o presente, têm sido quase sempre por demais coercitivos, restritos e estreitos nas ideias. Isto é, aquilo que cada sociedade aceita como realidade, tem muito pouco de realidade.

Porém, aquilo que toda sociedade exclui como não real, como impróprio, como perigoso, inadequado ou pecaminoso, é quase sempre muito bom para o desenvolver humano nas suas relações. Seja afetivas, amorosas ou de aptidões. Uma compreensão abrangente do mundo contemporâneo.

A sexualidade está próxima do centro da humanidade em geral e de cada homem e de cada mulher em particular. Sobretudo, próxima da coragem e da covardia civil, da decisão e do se deixar levar, do assumir a própria vida ou do vegetar anonimamente.

O costume social nos obriga aos poucos a ver os poderosos, desde o pai autoritário que são muitos, até ao Presidente da República, como pessoas mais ou menos impecáveis. A visão tradicional nos apresenta a mãe, por exemplo; como verdadeira Deusa, quando sabemos bem quão humanas e fracas são.

Por conseguinte, falo dessa conexão do mito com as pessoas, certamente bastante limitadas e cheias de defeitos. Só podem expressar com liberdade os estímulos sociais, os estímulos naturais, de impulsos instintivos de sobrevivência são reprimidos. Não podemos falar e contudo, fingimos uma felicidade que não existe. E com isso nos afundamos nas “neuroses de angustias”, por reprimir impulsos tão naturais e importantes para a nossa saúde mental, por conta dessa vigilância, chamado Superego.

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