Gosto de registrar boas histórias, assim como também sou um
contador de história. Trago para a nossa reflexão deste final de ano, duas
grandes histórias de amor. Porém, são diferentes na perspectiva de cada
narrativa, mas, ambas convergem para o mesmo protagonista: “o Amor”. O
amor é à base das duas histórias que fundamenta a nossa vida no sentido
existencial. Uma conta a história da “Arca do Noé” e a outra conta a
história de uma “Ilha e seus habitantes” que estava preste a afundar.
A história sobre a Arca de Noé, as pessoas não entende muito bem
essa história, pensa que fala da ira e da fúria de Deus. Como argumenta no
documentário o ator americano Morgan Freeman (1937): “as pessoas adoram
quando Deus fica zangado. Não imaginam que a história da Arca é uma história de
amor, de acreditarem uns nos outros. Sabe por que os animais apareceram em paz?
Porque ficaram juntos lado a lado enquanto construía a Arca, assim como
Noé e sua família. Todos entraram na Arca lado a lado. Se Deus ordenou
que assim fosse como lidamos com isso? Parece uma
oportunidade. Deixa lhe fazer uma pergunta: se alguém rezar pedindo paciência
achará que Deus dará paciência, ou dará a oportunidade de ser paciente? Se pedirmos
coragem Deus nos da coragem ou nos da a oportunidade de sermos corajosos? Se alguém pede que
a família seja mais unida, acha que Deus unirá a família com amor e alegria ou
da a eles a oportunidade de se amarem?
Nesse sentido, vou dividir com meus leitores a segunda história de
Amor, porque ela tem muito do que vivi nesses últimos anos e mais precisamente
nos últimos meses. Até acho que continuo vivendo, embora não quero acreditar na
dor que sinto nesse momento aqui escrevendo. Um dia a nossa Ilha também irá
naufragar, e vamos ter que sair para não afundarmos, assim como o fizeram esses
habitantes tão ilustres.
Conta-se uma linda história sobre uma Ilha, que por lá moravam todos os sentimentos: “a alegria, a tristeza, a sabedoria, a serenidade, a coragem e tantos outros. E por fim o Amor”. Mas um dia foi avisado aos moradores que aquela Ilha iria afundar. Todos os sentimentos se apressaram para sair da Ilha. Pegaram seus barcos e partiram, porém o Amor ficou, pois queria permanecer mais um pouco com a Ilha, antes que ela afundasse. O amor tinha um compromisso de fidelidade com a Ilha, por isso permaneceu até o seu ultimo suspiro.
Quando por fim estava quase se afogando, o Amor começou a pedir
ajuda. Nesse momento passava a riqueza, em um lindo barco. O Amor disse:
Riqueza leva-me com você! - Não posso, respondeu a riqueza. Há muito ouro
no meu barco. Não há lugar para você. Então, ele pediu ajuda a vaidade que
também vinha passando: - Vaidade, por favor, me ajude! Não posso te ajudar
Amor, disse a vaidade. Você está todo molhado e vai estragar meu barco novo.
Então o Amor pediu ajuda à tristeza: Tristeza leve-me com você! Ah! Amor estou
tão triste que prefiro ir sozinha!
Também passava por ali alegria, mas ela estava tão alegre que nem
viu o Amor chamá-la. Já desesperado, o Amor começou a chorar. Foi quando uma
voz o chamou: - Vem Amor eu levo você! Era um velhinho. O Amor ficou tão feliz
que se esqueceu de perguntar o nome dele.
Chegando do outro lado da praia, ele perguntou a sabedoria:
Sabedoria, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui? A sabedoria respondeu:
- Era o tempo. O tempo? Mas, por que só o tempo me trouxe aqui? – Porque
somente o “Tempo” é capaz de entender o “Amor”.
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