O
pai da psicanalise Sigmund Freud (1856-1939), sempre se referiu ao sexo
feminino como um “continente negro”.
Num dos seus ensaios ele conta que uma de suas pacientes, sonha com um arranjo
de flores, misturando violenta com lírios e cravos. Numa abordagem
psicanalítica, os lírios representam a pureza, os cravos o desejo carnal e por
último, não menos importante, as violetas como a necessidade inconsciente da mulher
de ser violentada pelo o homem.
Para
contrapor Freud, vem surgindo um fato novo, que implica na mudança de
comportamento do homem moderno. Para demonstrar essa tese, observa-se que os homens
de modo geral andam fugindo da raia das mulheres. Talvez porque elas estão mais
atualizadas, leiam mais, estudam mais e se interessam por novidades, sem falar
na independência econômica de muitas. Uma parcela significativa de mulheres,
atualmente cuida e administra sozinha uma casa de família. Todavia, os homens
estão cada vez mais encolhidos no seu mundinho, e ainda acham que sabem tudo. Não leem livro, não estudam, não fazem cursos e vivem procurando não sabem bem o que, em whatsapps e redes sociais.
Entretanto,
uma mulher moderna, razoavelmente bem sucedida na vida, independente, bonita e
inteligente, de certo modo assusta os homens, ainda mais aqueles sarados, que
se acham e são metidos a machões. Esses então, não suporta ficar de fora do
centro das atenções. A grande maioria dos homens não tem tanta competência
assim e nem maturidade para tanto. São carentes e frágeis, cai com facilidade
na lábia de certas mulheres aproveitadoras e oportunistas. Sexualmente falando
são extremamente monótonos e primitivos.
O
homem que se acha o gostosão, o machão latino, como tem muitos por aí, não tem
coragem de se propor ou de casar com mulher que ele sente-se inferior a ela.
Ainda hoje em pleno século XXI, conheço mulher com grande potencial intelectual
que se casou, não digo com homem incompetente, mas, com homem comum e com pouca
formação escolar e muito autoritário. É bom que se diga, ao contrario também
existe. Há mulheres que atazana a vida do homem. Mas, muita dessas mulheres
submete inteiramente, para que o marido ou o namorado não se sinta ferido no
seu amor próprio. Que horror!
Penso
que está aqui o começo de todas as loucuras humanas. Deixar de ser eu mesmo,
para ser o que o outro quer. Vale lembrar sempre, que viver com medo é viver
pela metade. Todos nós aprendemos que o tempo nunca volta atrás e o futuro
inventa novas emoções. É melhor fazer alguma coisa ao invés de não fazer nada.
A nossa primeira obrigação é reconquistar a alegria de estar vivo, assim como a
nossa dignidade. Isto é, seguir os interesses vivos que estão na minha frente.
Ter maior clareza naquilo que realmente esperamos da vida, procurar olhar com o
coração o que nos faz bem. E fazer amigos verdadeiros. O mundo precisa de boas
amizades, para curar-se do egoísmo.
Portanto,
uma abertura maior, mais segura e confiante, com menores possibilidades de
engano a si mesmo e ao outro. A decorrência disso é a nossa capacidade de
encontro conosco mesmo e com o amor que nutrimos pela vida. Passamos a atuar constantemente
em favor do que realmente é a nossa vida, buscando o que nos dá prazer.
Sobretudo, depois de tantos anos de repressão, agora chegou o momento das
mulheres declarar independência ao machismo sádico. Somente pessoas sensíveis e
gentis, tanto homem como mulher, irão herdar este espaço que constituímos para
ser feliz com quem amamos. Contudo, agradeço a todos os dias da minha vida,
dizendo: “que maravilha estar aqui, como
é bom viver, como é bom ser eu mesmo”. Da vida nada se leva a não ser a
vida que se leva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário