O
que caracteriza uma pessoa emocionalmente imatura? O problema da maturidade ou
imaturidade traz consigo muitos mitos. Ninguém admite ser rotulado por um único
aspecto. Cada um de nós é um recipiente no qual se misturam diferentes formas
de consciência: “somos ignorantes e
sábios”. Crianças e idosos, maduros e imaturos. Somos uma mistura, embora
dependendo do momento algumas características se destaquem mais do que outras.
Essa imaturidade pode ser definida como uma condição onde as pessoas ainda não
renunciaram aos seus desejos ou fantasias da infância. Acreditam que o mundo
gira ao seu redor e que a realidade está aí para se ajustar ao que elas
desejam.
Como
dizia o físico alemão Albert Einstein (1879-1955): “A maturidade começa a se manifestar quando sentimos que nos preocupamos
mais com os outros do que com nós mesmos”. Mais do que uma definição
abstrata, a maturidade ou imaturidade se mostra através de características de
comportamento. Pessoas que agem mais pela emoção que pela razão. Entender que o
mundo não gira ao seu redor é um processo doloroso para o imaturo. Aos pouco
aprende a reconhecer que nem sempre consegue tudo o que quer, que as outras
pessoas e o seu mundo também têm as suas necessidades. Até porque no limiar do
amadurecimento, envolve o sair da prisão de si mesmo e perder a ilusão que nos
rodeia durante a vida.
Enquanto
estamos perdendo gradualmente essa fantasia, também estamos nos tornando
consciente de uma bela possibilidade: “a
aventura de explorar o universo simbólico do outro”. Aprenderemos a
preservar o “Eu” e com isso,
chegaremos até “Outro”. Porém,
compreendemos que os sacrifícios e as restrições são necessários para
alcançarmos o sucesso. Comprometer-se com uma meta ou com uma pessoa não é uma
limitação da liberdade, mas uma condição para se projetar melhor a longo prazo.
Crescer é abandonar esse doce estado de irresponsabilidade. Amadurecer é
compreender que somos os únicos responsáveis pelo que fazemos ou deixamos de
fazer. Reconheça os seus erros e aprenda com eles. Saiba reparar os danos que
causou e aprenda a pedir perdão. Todavia, para as pessoas imaturas, os outros
são um meio e não um fim em si mesmo. Não precisam dos outros porque os amam,
mas os amam porque precisam deles. Dessa forma, eles costumam construir laços
através da dependência.
Para
estabelecer ligações com base na liberdade, somos obrigados a ter autonomia. No
entanto, as pessoas emocionalmente imaturas não têm uma noção clara do que seja
autonomia. Muitas vezes elas acreditam que satisfazer as suas vontades é um
comportamento autônomo, mas para assumir as consequências dos seus atos, elas
precisam dos outros para amortecer, esconder ou aliviar a sua responsabilidade.
Agir pelo impulso é uma das características mais marcantes das pessoas
imaturas. Por exemplo; nas relações amorosas, a fim de satisfazer os seus
desejos imediatamente, essas pessoas imaturas não medem esforços para machucar
o outro, com o dinheiro é um pouco pior, compram o que não precisam com uma
grana que não têm. Às vezes elas embarcam em aventuras fantasiosas bizarras.
Não analisam objetivamente os sentimentos afetivos e não consegue avaliar as
consequências a médio e longo prazo. Estão sempre deprimidas, pelo simples fato
de satisfazer os seus caprichos.
Portanto,
é bom que se diga as pessoas não decidem ser imaturas. Essas características de
imaturidade não surgem ou permanecem com a decisão consciente dos indivíduos.
Quase sempre resultam das lacunas ou vazios sofridos na infância ou podem ser
consequência de experiências infelizes que o impediram de evoluir. Contudo, se
você é assim ou conhece alguém assim, não o julgue. Na verdade, o importante é
perceber que impulsionar o seu próprio crescimento emocional pode leva-lo a uma
vida melhor.
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