Na
teia da vida somos o resultado do que tecemos no dia a dia, criando armadilhas,
conflitos emocionais, realizações e satisfação pessoal. Para conviver em harmonia
é preciso entrar no mundo do outro e para isso implica em flexibilidade.
Compreendemos a teia da vida como uma conexão cósmica, onde tudo se entrelaça.
A lógica da vida joga conosco, tudo que mandamos para o universo, um dia volta
para nós. Mas se um é a causa do outro, então, por que negamos o amor?
Os
filhos são o resultado cuja causa é o encontro entre os pais. Um dia um entrou
no mundo do outro, sem nenhuma explicação. O escritor francês Antoine de Saint
Exupéry (1900-1944), nos ensina através da sua obra “O Pequeno Príncipe”,
que amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção e
caminhar lado a lado para esta direção.
De
modo que, enquanto não descobrir que flor você é no jardim de Deus, não tem
como ser feliz. Só o amor é capaz de transformar nó em laços, no amor
entrelaçamos um ao outro. Transformar o outro em único para mim entre tantos
outros. No Pequeno Príncipe a raposa disse para o principezinho: “eu não
como arroz, eu não gosto de arroz, mas você tem o cabelo amarelinho, agora cada
vez que eu olhar para um arrozal vou me lembrar de você”. E conclui com uma
linda metáfora, que é dos deuses: “eu amarei o barulho do vento soprando nos
trigais”.
Imagina
o trigal maduro ondulando com o vento, por associação de ideias a raposa lembrará
dos cabelos loiros do principezinho. As pessoas são solitárias porque constroem
muros ao invés de pontes. Penso que é loucura odiar todas as rosas porque uma
te espetou. Olha que lição nos da essa narrativa do Pequeno Príncipe.
De
modo que, descobrir as minhas fraquezas é um sinal de inteligência. Cultivar
boas atitudes é sinal de inteligência. Ser inteligente não é aquele que acha
que pode tudo. Inteligente é o sabe a onde não pode. Sábio é aquele que sabe
onde está sua fraqueza. Somos um ser informado de um corpo e uma alma, duas
substâncias que se fundi. O corpo é o templo da alma. Cultivar atitudes que
transforma é amar sem nada exigir. Amar é quando um ajuda o outro a melhorar de
vida e não quando o coloca para baixo. Quando não gostamos de uma pessoa, tudo
que ela fizer não presta, mesmo que seja bom.
Portanto,
precisamos aprender a ver através do outro as nossas fraquezas. Com essa
semente de compaixão, esse senso de abertura, essa suavidade e de calor humano,
é com isso que vamos nos conectar na teia da vida. Contudo, quanto mais
genuínos somos, quanto mais honestos somos frente a nós mesmos, e sem
pretensões ou maquinações frente aos outros, mais conscientes nos tornamos de
toda a potencialidade que existe ao nosso redor. Cultivar boas atitudes, é
colher amizades sinceras e duradouras.
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