Sempre
há um momento na vida em que percebemos que certo tipo de discussão não vale a pena. Quando tal coisa
acontece, é melhor ficar em silêncio ou se afastar por um tempo. Há ocasiões em
que a gente compreende o quanto é inútil tentar explicar as coisas, para quem
as enxerga como inexplicáveis e não quer ouvir. O explicável torna-se apenas do
seu ponto de vista. O outro não imagina que pode estar equivocado.
Mark
Halperin (1965) é um escritor e jornalista especialista em discussões de
resolução de conflitos na política, cujas teorias podem ser aplicada
perfeitamente ao que acontece no dia a dia na vida privada das pessoas. Ele
explica que as discussões mais complexas e aquecidas têm componente psicológico
como se fosse uma “ameaça”, com a
previsível sensação de que alguém quer minar os nossos princípios ou a nossa
essência.
Muitas
vezes a discussão é uma arte que dança à nossa frente com a leveza de pés de
bailarina. Outras furiosa como uma dança grega. Poucos definem uma raiz lógica
quando a conversa descamba para a grosseria. Julgar o outro sem base produz
discórdia. As discussões, às
vezes, são como a música desafinada ou uma rádio que está fora de sintonia.
E nem sempre o diálogo é harmonioso. E aí a discussão é cansativa e estressante.
Existem
discussões que são batalhas perdidas. Você pode permanecer em silêncio, mas há
coisas que deseja argumentar que nem necessita a gente dizer. Tem pessoas
que são empedernidas, não são abertas ao diálogo. Há um grupo considerado da psicanálise e da filosofia que nos ensinam
certas estratégias para enfrentar com sucesso qualquer discussão. Bons
argumentos, usando a “heurística” ou “gestão emocional” adequada, seria
definitivamente positivo para algumas pessoas que fazem o uso da razão.
A maturidade emocional não depende de idade.
Mas chegar a esse estágio é uma tarefa árdua para aplicar a maturidade no ponto
onde é imprescindível, que é o equilíbrio ao escolher a palavra e
o tom de voz no momento certo. Respeitar o que o outro diz e racionalizar o que
ouvimos. Muitas vezes é mais sensato o silêncio; virtude que vale ouro. Daí podemos avaliar os aspectos que merecem nossa atenção ou o distanciamento
definitivo.
É possível, por exemplo: que o nosso relacionamento com alguém da
família seja complicado pelos anos de convivência. Portanto,
uma simples conversa é como cair sem paraquedas para o abismo do
estresse. No entanto, tudo pode mudar se aceitar as diferenças ou um
comportamento peculiar à aquela pessoa. Optamos pelo silêncio não é pelo receio
de ser superado, mas de ser respeitado em nossa opinião, mesmo que silente.
Portanto,
amadurecer é também uma forma que transmite confiança interna, adequada para
compreender que certas pessoas e os seus argumentos não se constituem ameaça
para nós. Não devemos nos
assustar ou nos fazer irritados quanto alguém, diante de nós, grita com gestos
nervosos. Com calma e serenidade é possível atenuar o conflito e evitar a discussão.
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