Como
seres humanos, nossas raízes estão mergulhadas na natureza, não apenas pelo
fato de que a química do nosso corpo ser constituída, essencialmente, dos
mesmos elementos que o ar, o pó ou a grama. Participamos da natureza de outras
tantas maneiras, como: através da mudança de estação, do dia ou da noite, que
refletem no ritmo de nossos corpos, como; na fome, na satisfação de trabalhar,
no sono e no despertar, assim como também, no prazer sexual e na sua
gratificação.
Embora
de forma metafórica, a Bíblia apresenta a harmonia inicial da criação da
natureza e do homem. Após criar os animais, Deus disse: “Façamos emergir um
novo tipo de criatura, o ser humano, à nossa imagem e semelhança. Moldemos uma
criatura que, em certos aspectos, seja igual ao animal, precisando comer,
dormir e acasalar-se. E igual a mim em outros pontos, elevando-se acima do
nível animal. Os animais contribuirão com sua dimensão física e a essa outra
criatura lhe soprarei uma alma racional”.
E
assim, coroando a criação, são feitos os seres humanos, em parte animais, em
parte divinos. Todos os seres em harmonia, tudo em perfeito equilíbrio com a
natureza. Acontece que o homem acabou por afastar-se do plano harmonioso e
sereno do mundo natural. Segundo os relatos em Gêneses; não foi Deus que criou
o homem deste jeito, mas foi ele que abusou da sua liberdade e matou o seu
próprio irmão. Em nome do progresso envenenou-se os rios e mataram os peixes;
poluíram-se o céu, o ar, e morreram os pássaros que havia sido criado para o
homem conviver em harmonia. Com a guerra, o ódio, a inveja, a ganância, o homem
seguiu perturbando o mundo e a natureza, foi desequilibrando tudo: o ar, as
águas, as plantas, a própria consciência envenenada por pensamentos de egoísmo,
de injustiça e destruição. Por conseguinte, o desequilíbrio emocional é fruto
desse manicômio que ousamos chamar de sociedade, um ambiente frustrante criado
pelo próprio homem.
Portanto, o homem profundamente frustrado perdeu
seu referencial e mergulhou numa busca desenfreada de algo sobrenatural, nas
crenças religiosas e no ocultismo. Os egípcios
investigaram os mistérios dos astros. Os gregos
e os romanos procuraram tutela em deuses criados por eles mesmos; e os maias, no seu calendário, com um deus
tutelar para cada dia do mês. Ao longo dos tempos, todos os povos
experimentaram a atração do mistério, com suas lendas, feitiços, casas
mal-assombradas, lobisomem, saci-pererê, demônios, alastrando-se até nossos
dias com surtos das seitas mais diversas. Apesar do imenso progresso científico
alcançado através dos séculos, o homem constitui ainda hoje, para si mesmo, um
mistério. Os erros se multiplicam, pois os caminhos apontados são tantos que
acabam levando o homem desprevenido a uma nova Torre de Babel.
Com a guerra, o ódio, a inveja, a ganância, o homem seguiu perturbando o mundo e a natureza, foi desequilibrando tudo: o ar, as águas, as plantas, a própria consciência envenenada por pensamentos de egoísmo, de injustiça e destruição. Por conseguinte, o desequilíbrio emocional é fruto desse manicômio que ousamos chamar de sociedade, um ambiente frustrante criado pelo próprio homem..O ser humano ainda está o perdido diante de tudo que tem
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