Na
medida em que o individuo vai ampliando, aprofundando e diversificando sua vida
amorosa e afetiva, vai ganhando coragem para fazer mais coisas. Começa a viver
com mais vontade, alegria, esperança e decisão. Começa a ter pelo que viver.
Pode até começar a ficar perigoso.
O
amor da mais coragem e como a doença de todos é o “medo”, o amor é o remédio. Não deve ser à toa nem por acaso que as
forças repressoras de todas as épocas se voltaram tão sistemática e
precisamente contra o amor e a sexualidade humana.
Para
as ciências humanas, se o ser humano não for castrado na origem ele não se
socializa. Os sistemas sociais, até o presente, têm sido quase sempre por
demais coercitivos, restritos e estreitos nas ideias. Isto é, aquilo que cada
sociedade aceita como realidade, tem muito pouco de realidade.
Porém,
aquilo que toda sociedade exclui como não real, como impróprio, como perigoso,
inadequado ou pecaminoso, é quase sempre muito bom para o desenvolver humano
nas suas relações. Seja afetivas, amorosas ou de aptidões. Uma compreensão
abrangente do mundo contemporâneo.
A
sexualidade está próxima do centro da humanidade em geral e de cada homem e de
cada mulher em particular. Sobretudo, próxima da coragem e da covardia civil,
da decisão e do se deixar levar, do assumir a própria vida ou do vegetar
anonimamente.
O
costume social nos obriga aos poucos a ver os poderosos, desde o pai
autoritário que são muitos, até ao Presidente da República, como pessoas mais
ou menos impecáveis. A visão tradicional nos apresenta a mãe, por exemplo; como
verdadeira Deusa, quando sabemos bem quão humanas e fracas são.
Por
conseguinte, falo dessa conexão do mito com as pessoas, certamente bastante
limitadas e cheias de defeitos. Só podem expressar com liberdade os estímulos
sociais, os estímulos naturais, de impulsos instintivos de sobrevivência são
reprimidos. Não podemos falar e contudo, fingimos uma felicidade que não
existe. E com isso nos afundamos nas “neuroses
de angustias”, por reprimir impulsos tão naturais e importantes para a
nossa saúde mental, por conta dessa vigilância, chamado Superego.
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