Quando
daqui algum tempo, espero que muito distante de hoje, chegastes aos confins do
azul do céu, guardastes justamente nos teus olhos toda cor deste planeta, que
enfeitou este amor. Que alegrou a beleza dos rios e dos verdes campos por onde
pisou. E as canções de amor que ouvia no silêncio da noite, venham tecidas no
seu jeito de ser mulher. Nutrindo as lembranças de quem prover.
Hoje
veio uma música a seguir teus passos e pude ver teu brilho, com cauda de um
cometa alado que refulgisse os nossos preocupados corações. No balanço da
música, brincava com o nosso espaço, renovando os anos passados. No dizer do
cantor Arnaldo Antunes (1960): “não quero
morrer, pois quero ver como será que deve ser envelhecer”.
Velug
construiu em nossa morada um universo novo, em nosso mundo pobre uma riqueza,
que o tempo transformou em sinfonias. Com essa musicalidade do seu corpo, é que
renovo a gratidão de haurir tuas levezas, minha razão se incendeia. Teus olhos
é uma janela acesa de vida, que tritura as ansiedades e acolhe gente que chora
neste simples proseador.
Deixa
o rio andar ou empurra um rio abstrato, mantendo as vidas da vida. Rasga-me por
dentro uma dor alexandrina, em espessidão de cores, cortes de metal, em
vagalhões de mar e luz, misturando o céu e a terra. Vinda de outras vidas
sangra-me o espírito que a espera. Sentimos uma dor que não dói, mas pode ser
fatal. “O Poema de Velug, uma deusa grega,
foi consagrada pelo filósofo que escreveu o Poema”.
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