Vivemos
numa era baseada em ciência e tecnologia com formidáveis poderes tecnológicos,
são os nossos propulsores que nos levam adiante a velocidades aceleradas. A
questão é se não entendemos e não acompanhamos essa nova era, ficamos para traz,
ou seja, as pessoas de modo geral, não querem pensar sobre os avanços da
ciência usando um discurso comum: “não
sou bom nisso, não sei nada sobre”. No entanto, quem está tomando todas as
decisões sobre ciência e tecnologia, que determinarão em que tipo de futuro
nossos filhos viverão, são apenas alguns membros do Congresso Federativo. Uma
minoria de parlamentares que tem realmente, algum conhecimento de ciência e
sabe debater sobre o assunto. A maioria não quer saber ou não acha a discussão
relevante, para debater com o povo.
Qual
é o perigo de tudo isso? Vejo dois tipos de perigos. Um é criarmos uma
sociedade baseada em ciência e tecnologia, onde ninguém diz absolutamente nada
sobre ciência e nem quer saber sobre quais os rumos que ela vai tomar. Esta
mistura combustiva de ignorância e poder, na certa, cedo ou tarde vão explodir
nas nossas caras. Quem está comandando a ciência e a tecnologia, numa
democracia aonde o povo não sabe nada sobre isto? A segunda razão pela qual nos
preocupa, é que a ciência mais do que um corpo de conhecimento, é uma forma de
pensar diferente. Uma forma cética de interrogar o universo, com pleno
entendimento da limitação humana. Se nós não estamos aptos a fazer perguntas
céticas, para interrogar aqueles que nos dizem que algo é verdade e sermos
céticos quanto àqueles que são autoridades, vamos ter problemas. Porque,
estamos sempre à mercê do próximo charlatão político ou religioso que aparecer.
Para
fundamentar minhas razões cito Thomas Jefferson (1743-1823), ele foi o terceiro
presidente dos Estados Unidos de 1801 a 1809, foi também o principal autor da
Declaração de Independência em 1776, sendo ele o mais influente neste episódio.
Dizia ele: “exaltar certos direitos civis
em uma Constituição ou Declaração de Direitos, o povo tem que ser educado e
praticar seu ceticismo e sua educação, de outra forma nós não controlamos o
governo, pois nesse caso é o governo que nos controla”. O presidente
Jefferson era incrível na sua devoção a ciência. Além de um homem culto, era um
defensor apaixonado da liberdade. Por que será que os Estados Unidos é hoje um
país de ponta em linhas pesquisas? Porque Thomas Jefferson no seu coração era
um filósofo e cientista.
Essa
noção de que ciência não é do nosso interesse, está implícito que de alguma
forma não queremos aprender e muito menos estudar. As pessoas lêem a cotação da
bolsa e as páginas financeiras, tão complexas quanto desenvolver pesquisas, mas
há uma motivação para isso evidentemente. As pessoas conseguem ler estatísticas
sobre o esporte e outros temas, e entender ciência e método de pesquisa, não é
mais difícil do que outros assuntos. Não envolve grandes atividades
intelectuais. Mas a questão sobre a ciência, primeiro de tudo ela está atrás do
que realmente é o universo e não do que nos faz sentir bem. Por outro lado, as
doutrinas opositoras estão interessadas no que nos faz sentir bem e não do que
é verdade. Muitas pessoas acreditam que a ciência não explica os fenômenos que
acontece na religião, porque a religião é baseada na fé e não em ciência.
Vamos
olhar mais profundamente nisto. O que é fé? É a crença na ausência de
evidências, mas acreditar quando não há evidência persuasiva é um erro. Para o cientista, astrônomo, astrofísico e escritor norte-americano Carl Sagan (1934-1996) se o
universo não for de acordo com as nossas predisposições, então temos a
obrigação de aceitar o que o universo realmente é. Religião lida com história,
com poesia, com ótimas literaturas, com a ética e com a moral. No entanto, ela
prega a compaixão aos menos afortunados dentre nós. Onde a religião se mete em
encrenca, é quando ela finge saber algo sobre a ciência. Por exemplo, na bíblia
a ciência foi adquirida pelos judeus babilônios durante o cativeiro no ano 600
a.C. naquela época para eles era a melhor ciência principalmente para o
plantio. Mas, nós aprendemos alguma coisa a mais depois deles. O problema
aparece quando se toma a bíblia literalmente.
Quem
é mais humilde? O cientista que olha para o universo com a mente aberta e
aceita as suas leis que o rege ou alguém que diga que a bíblia tem que ser
aceita como verdade absoluta? Pensar assim é não aceitar a falibilidade dos
seres humanos envolvidos na escrita deste livro. Pode-se ver essa crendice em
todas as partes do mundo. Na Índia existe uma loucura ao redor da astrologia.
Na Inglaterra são os fantasmas. Na Alemanha são as coisas saindo da terra que
só podem ser detectadas por Radiestesia. No Brasil as pessoas são fascinadas
pelos OVNIs, ou seja, disco voador. Algumas até acreditam que já foram
abduzidas por um Etê. Na verdade, todos os países têm suas próprias superstições.
Ninguém está preocupado em usar corretamente o método científico ao aproximar
desses temas.
Há
evidências adequadas para certos momentos na vida que nos balança
emocionalmente. Perdi minha mãe a cerca de seis anos atrás. Tinha um ótimo
relacionamento com ela, realmente sinto muito a sua falta. Adoraria acreditar
que ela virou espírito e anda por aí em algum lugar. Daria qualquer coisa para
ter pelo menos cinco minutos por ano ao seu lado, só para ouvir a sua voz e
abrandar a saudade. Para atenuar essa dor que me consome, costumo visitar ou
ligar para uma senhorinha muito especial e querida, que está entre nós. Gosto
de ouvir a sua voz e seus conselhos. Ela nem imagina o bem que me faz. É como
se fosse uma segunda mãe. A questão é que não sabemos se há vida fora da nossa ou
não. Mas antes vamos checar as evidências. Seria uma arrogância para qualquer
um acreditar que não há nenhuma vida fora da nossa. Excluir essa possibilidade
é uma arrogância do nosso intelecto que não deveríamos cometer. A vida após a
morte não é impossível, e sim improvável. Não se pode negar e nem afirmar. Contudo,
não queremos dizer que toda afirmação fraudulenta tenha que ser aceita. Se um
médium me disser, posso lhe colocar em contato com sua saudosa mãe, porque ele
percebeu que quero tanto acredita nisso. É o momento de buscar todas minhas reservas
de ceticismo, porque estou disposto a ser enganado e ter meu dinheiro tomado.
Portanto,
neste olhar diferente da ciência, coloco mais uma questão em evidência, que
nesses últimos quatro anos me fez pensar muito. Descobri que através do amor resgatamos
coisas que perdemos pela vida. Acredito que a vida sempre nos da uma nova
chance para resolver alguma coisa que deixamos para traz. Podemos reencontrar
aquela pessoa que fizemos algum mal no passado e reparar o nosso erro agora.
Porque só o amor faz as pessoas evoluírem espiritualmente. A capacidade de
sentir amor faz a pessoa melhorar como ser humano. Às vezes surgem certas
situações que atravanca a nossa vida. Uma relação mal resolvida seja lá com
quem for só vamos superar o desencontro e o mal entendido se houver amor entre
ambos. Para um bom relacionamento humano é preciso que cada um se abra para
receber o calor da vida que está sendo oferecida no olhar do outro. É a
descoberta do potencial um do outro e assim travar uma nova relação de amor. Em
outras palavras, é um caso de amor que temos com a vida. O que se constrói com
amor, não se perde nunca e viverá para sempre na lembrança de quem fica.
Contudo, uma pessoa só morre quando o ultimo que a conheceu morrer. Enquanto isso
ela está viva na lembrança de alguém.
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