A nossa esperança está no meio de uma multidão
de pessoas por aí perambulando, sem destino a vaguear, independentemente do seu
lugar social ou econômico, que vivem possuídos pelo sonho da vida, da beleza e
da bondade. Talvez a mesma esperança de Camus, a qual foi amplamente debatida
no século XX. Albert Camus (1913-1960) foi um escritor, jornalista,
romancista, dramaturgo e filósofo argelino. Recebeu o Prêmio Nobre de
Literatura em 1957 por sua importante produção literária.
Ele
defendia a seguinte ideia: “Já se disse que as grandes ideias vêm ao mundo
mansamente, como pombas. Talvez, então, se ouvimos com atenção, escutaremos, em
meio ao estrépito de impérios, e nações, um discreto bater de asas, o suave
acordar da vida e da esperança. Alguns dirão que a tal esperança jaz numa
nação; outros, num homem. Eu creio, ao contrário, que ela é despertada,
revivificada, alimentada por milhões de indivíduos solitários, cujo atos e
trabalho, diariamente, negam as fronteiras e as implicações mais cruas da
história. Como resultado, brilha por um breve momento a verdade, sempre
ameaçada de cada e todo homem, sobre a base de seus próprios sofrimentos e
alegrias, que é construido para todos”.
Portanto,
como bem argumenta Rubem Alves (1933-2014) no seu livro: “Pimentas”. E aqui também me incluo. Sabemos muito bem onde está a
nossa esperança. Não está nas elites, sejam ricos ou doutores, intelectuais ou
empresários. Não está nos partidos políticos, seja eles de direita ou de
esquerda. E muito menos nos poderes legislativo, executivo e judiciário. Assim
como também não está nas igrejas e nem nos movimentos religiosos.
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