Este
texto é tão bom que poderia ser meu, pena o autor ser desconhecido. Vou adaptar
alguns trechos sem comprometer a essência do texto. Parto do pressuposto, que
quando temos bons professores em sala de aula o resultado só pode ser esse, cuja
história vou contar. É uma lição para toda a vida. Desde estudante até
tornar-me professor sempre vi na leitura e na escrita, grandes possibilidades
de comunicação com o mundo e com o universo humano. Por sua vez o estudante do
ensino médio tem por obrigação dominar mecanismos de leitura e expressão
escrita. Quando o professor pede esse tipo de tarefa para seus alunos, o
objetivo deve ser aprofundar e dominar determinados assuntos e conhecimentos
que o aluno ainda não tem. Propor ao aluno que crie uma espécie de diálogo com
o texto estudado e não mera opinião isolada, sem relação alguma com a leitura.
Sendo assim, cada um terá consciência de que o saber é para ser partilhado, ele
não está fechado e acabado em cada texto que se produz. Todo ensaio literário
sempre tem algo a acrescentar.
Pois
bem, tenho grande apreço para com os bons professores de filosofia. Tendo em
vista, que a gênese da filosofia é antes de tudo discutir a vida. Certa vez um
professor de filosofia pediu aos seus alunos para escrever os nomes de cada
colega da sala em dois pedaços de papel, deixando um espaço entre cada nome.
Então, ele propôs para que eles pensassem na melhor coisa que eles poderiam
dizer sobre cada um de seus colegas de sala e escrevessem nos papéis. Esta
atividade levou quase a aula toda para ser terminada e, quando os estudantes
saíram, cada um entregou seu papel ao professor filósofo.
Na
semana seguinte o professor escreveu o nome de cada estudante em pedaços de
papel separados e, abaixo de cada um deles, escreveu o que todos os colegas
pensavam sobre ele. Quando chegou no dia da aula de filosofia, o professor deu
para cada aluno sua lista. Depois de alguns minutos a classe toda estava
sorrindo, com uma pergunta implícita: “Mesmo?” Ele escutou alguém sussurrar:
“Eu nunca soube que significava alguma coisa para alguém!” Outro aluno
comentou: “Eu não sabia que os outros gostavam tanto de mim!” Era um comentário
só na sala de aula. Parecia a Praça de Ágora de Atenas, um local na Grécia
Antiga, por excelência um lugar de manifestações das opiniões públicas. Esta
era a ideia do professor de filosofia, cria espaço de espanto e admiração no
grupo de alunos.
O
tempo passou, e ninguém nunca mais falou sobre o papel escrito na sala de aula.
O professor nunca soube se discutiam sobre o papel escrito depois da aula ou
com seus pais, mas não era nenhum problema para se preocupar. No exercício da
sua profissão como educador tinha cumprido com seu objetivo. Os alunos gostavam
da sua aula e estavam felizes com eles mesmos e uns com os outros. Depois de
algum tempo, aquele grupo de alunos se dispersou. Muitos anos depois, um dos
alunos foi morto na guerra do Vietnã e o professor ficou sabendo e foi ao
funeral. Esse aluno ainda era lembrado pelo mestre. Pois o professor nunca
tinha visto um patriota num esquife militar antes. No caixão parecia tão sereno
e tão maduro, pensou o professor.
A
igreja estava lotada de amigos. Um por um que o amava deu sua última caminhada
até o esquife. O professor foi o último a abençoar o esquife. Enquanto o
professor ainda estava por ali, um dos soldados que levava o esquife veio até
ele e perguntou: “Você era o professor de filosofia do Mario?”. Ele balançou a
cabeça e murmurou: “Sim! Ele era um dos meus alunos”. Então, disse o soldado:
“Mario falava muito sobre você!” Naquele clima de tristeza, era preciso
descontrair um pouco. Para atenuar aquela tensão e atualizar a conversa, muitos
dos ex-colegas de Mario, após o funeral foram todos para uma lanchonete ali
próxima. A mãe e o pai de Mario também foram a tal lanchonete, na expectativa
de falar com ex-professor de Mario. Não aguentaram e foram direto ao ponto,
disse o pai: “Nós queremos lhe mostrar uma coisa”. Tirou uma carteira do bolso
e disse ao professor: “Eles acharam isso com o Mario quando ele foi morto. Nós
achamos que você poderia reconhecer isso”.
Abrindo
a parte do dinheiro, o professor cuidadosamente removeu dois pedaços de folha
de caderno que foram dobrados varias vezes. O professor sabia, sem olhar, que
aquele papel era o que ele tinha anotado todas as coisas boas que os colegas de
Mario falaram sobre ele. Foi aí que a mãe de Mario disse: “Muito obrigado por
ter feito isso!” O professor continuo firme ouvindo a mãe de Mario dizer:
“Mario tinha isso como um tesouro!”. Naquele momento todos os colegas de Mario
se reuniram em torno da mesa. Carlos sorriu e disse: “Eu ainda tenho a minha
lista, está na primeira gaveta da minha escrivaninha em casa”. A mulher de
Silvio disse: “Silvio pediu-me para colocar a lista dele no nosso álbum de
casamento”. A ex-aluna Miriam disse: “Também tenho a minha, está no meu diário”.
Outro colega de Mario, o Vitor, colocou a mão na sua bolsa e tirou sua carteira
mostrando a lista para o grupo. Disse ele: “Carrego isto comigo o tempo todo”.
E sem olhar em volta, ele continuou: “Acho que todos nós guardamos nossas
listas”.
Entretanto,
foi nesta hora que o professor emocionado, sentou-se e com os olhos cheios de
lagrimas e a voz embargada. Ele estava triste por Mario e por todos os seus
amigos que nunca mais poderão vê-lo. Apesar da tristeza, o professor soube
naquele momento, a diferença que fez na vida de todas aquelas pessoas ao seu
redor. Lembre-se: “você só colhe o que
planta”. Todavia, o professor estava colhendo o que plantou na vida
daqueles jovens: “Amor e Amizade”.
Tudo que colocar na vida de alguém, volta para a sua, através da lei da atração.
Então, espalhe bondade, seja generoso com as pessoas, propague sorrisos e faça
alguém muito feliz.
Portanto,
a vida é feita de oportunidades que nos é dado a todos os momentos. Aproveito desta
lição de vida, por ser oportuno, formulo aqui algumas perguntas ao leitor: “Se alguém rezar pedindo paciência acha que
Deus dará paciência? Ou Deus dará a
oportunidade de ser paciente? Se
pedirmos coragem, Deus nos dará coragem ou nos dará oportunidades de sermos
corajosos? Se alguém pede que a
família seja mais unida, acha que Deus une a família com amor e alegria? Ou da a eles a oportunidade de se amarem?”.
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