Democracia
com educação se faz com escolas decentes, professores capacitados e
qualificados para dar o melhor de si. Educar com democracia é um processo, cujo
principio básico dessa convivência entre as pessoas é instaurar uma “paz perpétua”. O ser humano por natureza
é egoísta. Somos capazes de destruir o outro porque não temos responsabilidade
de cuidar do nosso semelhante. Usando aqui de uma metáfora canibal. Come-se o
outro para se tornar o outro. No amor essa metáfora está presente através do
Eros. Mistura-se com o corpo do outro, comendo o outro. Está no pressuposto
cristão: transformar o outro em vinho e pão, isto é, beber e comer o outro. Há
aqui uma comunhão absoluta. Seria a Metamorfose de Fraz Kafka (1883-1924), onde
o outro acorda como um animal. Na verdade, ele não se tornou literalmente um
inseto, tem uma sutileza aí que não é nada sutil. Isto que leva Jean-Paul Sartre
(1905-1980), afirmar que o outro é o seu “inferno”.
Por conseguinte, nós somos o momento negativo para afirmar o espírito absoluto
que nos habita.
A
escola tem um papel fundamental nesse processo, pois é o lugar do conhecimento
e do aprendizado. O ambiente escolar deve ser pautado numa visão democrática
que se inicia, primeiro a partir da hospitalidade e da delimitação da gestão do
ambiente onde se desenvolve a educação. Sendo de suma importância que os
educadores estimulem seus alunos a participarem do desenvolvimento da escola,
criando sempre assembleias, grêmios e outros mecanismos de participação, que
oportunizem aos educadores e alunos a tão sonhada cumplicidade, eivada de ações
que colaborem para uma educação sempre motivada e incisiva no rumo da
qualidade. O fator informação é cada vez mais importante na formação dos
adolescentes. O interessante é filtrar essa informação e fazer dela algo a mais
no processo de aprendizado crítico e questionador. Não podemos cair no
relativismo de dizer, que os jovens ignoram a política e que estão
completamente alienados.
Portanto,
se queremos democracia com educação, é preciso compreender que o pressuposto da
virtude da hospitalidade bebe dessas duas fórmulas simples e inesgotáveis,
divisas de nossa modernidade. Torna-te aquilo que tu és. Formam um apelo a uma
hospitalidade permanente, sem reservas e sem limites, de nossas casas, nossa
pátria, de nossas almas e de nossos corpos. No mundo contemporâneo, a relação
com o outro é uma relação de poder. Uma relação mecanicista. Não percebo o
outro como meu semelhante, mas, como meu inimigo. Vivemos a mecanização do
homem e a espiritualização da máquina. Será isso que nos constitui como
humanos?
Falou bem, a escola tem um papel fundamental na educação de nossos filhos, mas infelizmente os nossos governantes, pagam as escolas de seus filhos não sabem o que é estar em uma sala de aula, nos falta cumplicidade e estímulos para podermos ajudar nossas crianças.Bjão...adorei
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