As
pessoas são seres em relação. Não sobrevivemos sem relacionar-nos, porque somos
fruto de uma relação. Desta relação e desta doação percebemos não só uma carga
genética, com características físicas, mas trazemos também características
psíquicas e espirituais, ou seja, sentimentos, emoções, valores, que nos tornam
diferentes e individuais. Somos únicos, mas só temos sentido quando estamos em
relação. Relacionar-se não é difícil, o difícil é separar as pessoas de suas
limitações. Normalmente julgamos as pessoas pelos atos e não pelas intenções.
O que acontece nos desentendimentos do casal é que normalmente se olha a limitação e se esquece da pessoa. Queremos que o outro seja do nosso modo. Não podemos falar de relacionamento entre pais e filhos se não falarmos da missão de “ser pai, ser mãe e ser filho”. Filhos não se fazem, se geram. Pais também. Esta condição, este título, ninguém mais pode tirá-lo, nem apagá-lo, seja qual for à condição social ou econômica, ou até mesmo, estado de vida.
O terapeuta Robert Hoffman (1921-1997), conhecido pela sua capacidade intuitiva incomum, ele era um homem talentoso e generoso, dedicado a despertar as pessoas para o poder magnífico e brilhante do amor que habita cada um de nós. Ele acreditava que o amor incondicional era um direito de nascença de todos os seres humanos. Diz ele que a criança, o adolescente e o próprio jovem precisam sentir o peso da autoridade dos pais para que recebam a orientação adequada e adquiram segurança para enfrentar a vida. Se não houver isto, criarão amorfos, sem fibra, egoístas e prepotentes indisciplinados e incapazes de um ato de renúncia ou desprendimento. A grande arte de educar está no saber equilibrar a autoridade com a liberdade, sem confundi-las com autoritarismo nem liberalismo.
O que acontece nos desentendimentos do casal é que normalmente se olha a limitação e se esquece da pessoa. Queremos que o outro seja do nosso modo. Não podemos falar de relacionamento entre pais e filhos se não falarmos da missão de “ser pai, ser mãe e ser filho”. Filhos não se fazem, se geram. Pais também. Esta condição, este título, ninguém mais pode tirá-lo, nem apagá-lo, seja qual for à condição social ou econômica, ou até mesmo, estado de vida.
Isto implica em deveres e direitos. Se
couber aos pais mostrar aos filhos os valores da vida, cabe aos filhos ajudar
os pais a se unirem sempre mais. Enquanto os pais ensinam na vida a missão de
ser filho, os filhos ajudam os pais a entenderem e viverem a missão de ser pai
e mãe. Para isto, temos à nossa disposição um grande valor que se chama
diálogo. Ele é indispensável para o conhecimento e o convívio.
Outros valores indispensáveis para o bom
desenvolvimento e o equilíbrio da personalidade dos filhos são a bondade e a
firmeza. A bondade gera confiança, a firmeza gera segurança. Pais que pensam em
ser bons, mas não usam de firmeza, são dominados pelo egocentrismo dos filhos.
E pais que só usam de firmeza sem o uso da bondade, são autoritários, geram
medo, mentira e desconfiança. Outro valor que considero indispensável para o
bom relacionamento é o respeito. Respeito para consigo e para com o outro. Quando
os filhos perdem o respeito pelos pais é porque os pais já o perderam por si
próprio, ou seja, não se fazem respeitar e não respeitam. Respeito é um valor,
mas todo o valor só da frutos se for cultivado.
Imagino que desde a concepção, os filhos se
comunicam e, além de copiar valores e contra valores dos pais e até de outras
gerações passadas, aprendem a captar e emitir relações, fazendo disto conceitos
que podem ser positivos ou negativos e que depois, durante a vida, são
traduzidos em gestos e atitudes. Considero também importante à questão dos
limites nos filhos. O escritor, médico e sacerdote João Mohana (1925-1995)
expressa bem isto. Ele diz num de seus escritos: “o pai e a mãe que têm medo de causar complexo, recalque, frustração, e
sob tais pretextos deixam os impulsos fazerem tudo o que querem precisamente
estes é que ficam com a casa cheia de complexados, recalcados e frustrados. A
vida é quem se encarrega dessa operação”.
O terapeuta Robert Hoffman (1921-1997), conhecido pela sua capacidade intuitiva incomum, ele era um homem talentoso e generoso, dedicado a despertar as pessoas para o poder magnífico e brilhante do amor que habita cada um de nós. Ele acreditava que o amor incondicional era um direito de nascença de todos os seres humanos. Diz ele que a criança, o adolescente e o próprio jovem precisam sentir o peso da autoridade dos pais para que recebam a orientação adequada e adquiram segurança para enfrentar a vida. Se não houver isto, criarão amorfos, sem fibra, egoístas e prepotentes indisciplinados e incapazes de um ato de renúncia ou desprendimento. A grande arte de educar está no saber equilibrar a autoridade com a liberdade, sem confundi-las com autoritarismo nem liberalismo.
Portanto, a liberdade educa, mas a
liberdade conquistada, não a liberdade dada. O filho deve conquistá-la e os
pais devem da-la aos poucos, em prestações, deve ser concedida à medida que
este responde com responsabilidade a confiança depositada nele. Assim sendo, a
relação se torna mútua. Contudo, falar de relacionamento entre pais e filhos é
algo muito bonito, porém, muito difícil, porque é uma arte. Não é simplesmente
falar de um fazer, mas é falar de uma vivência. Não se faz uma relação, mas se
vive uma relação.
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