Há
mais de dois mil anos nascia um homem, chamado Jesus de Nazaré, que iria
revolucionar o mundo. Trazia ideias profundamente renovadoras para a
Humanidade, que seriam discutidas até hoje com profundidades. Mas ele pouco
conseguiu. A não ser aumentar ainda mais o ódio daqueles que comeram do pão e
do peixe. Sua mensagem era de amor entre as pessoas e paz na terra as pessoas
de boa vontade.
Mas
esse homem não foi feliz no seu gesto de apaixonado pelo seu semelhante. Na
letra da música “Todos Estão Surdos” de Roberto Carlos, diz o seguinte: “Tanta
gente se esqueceu que a verdade não mudou. Quando a paz foi ensinada pouca
gente escutou”. A letra continua dizendo: “Meu amigo volte logo, venha ensinar
o meu povo, o amor é importante vem dizer tudo de novo”. “Que o amor só traz o
bem”, não se discute, todos sabem. “Que a covardia é surda e só ouve o que
convém”, nós estamos cansados de saber, como muito bem diz a letra: Agora,
voltar a ensinar tudo de novo?
Aqui
já é um caso para se pensar. Se Jesus Cristo voltar, na certa vão te crucificar
de novo e com requintes de crueldades. Não vão querer saber se sua filosofia
fala de amor. Todos querem ser amados. Mas quem quer amar o seu próximo, que
sou eu um deles? Se tivesse Jesus pregado o respeito entre as pessoas, talvez o
efeito fosse outro. Respeitar é mais fácil que amar? Será?
Será
que um dia as pessoas vão criar juízo e parar de espalhar o ódio e a tirania em
torno de um sentimento tão lindo como o estado amoroso, os raros momentos de
êxtases que temos na vida. Ou esse ódio é intrínseco na raça humana? Para o
historiador Leandro Karnal, nós somos cordiais, que significa dizer: que em
primeiro lugar nós agimos com o coração, inclusive quando odiamos. Nosso ódio
também é cordial, passional. Historicamente o nosso mundo foi e continua sendo
cercado por um ódio espantoso, implacável quando se trata de perseguição contra
alguém.
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